sexta-feira, 30 de julho de 2010

Marina Silva quer diálogo sobre a maconha

Marina defende plebiscito sobre legalização da maconha

Em agenda de campanha em Natal, a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, dividirá as atenções dos potiguares com a Marcha pela Maconha, prevista para as 16 horas de hoje. Pela manhã, Marina deu entrevistas a duas emissoras de rádio e defendeu um plebiscito para discutir a legalização da maconha. "Não podemos resolver isso (legalização da droga) sem um grande debate", argumentou.

A candidata disse que respeita as opiniões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que são favoráveis à legalização, mas assim como na questão do casamento gay, ela é contra. No entanto ela espera que o assunto seja levado à sociedade. "Eu nunca tive nenhuma atitude de discriminação", afirmou.

Durante entrevista de 25 minutos à Rádio 95 FM, Marina disse que sua candidatura conseguiu se impor no cenário eleitoral e que "acabou o plebiscito" entre PT e PSDB. No entanto, para a candidata o desafio agora é "acabar com a baixaria" de acusações entre seus adversários. "Eu não estou me deixando pautar pelo jogo do vale-tudo."

A presidenciável voltou a criticar as acusações do vice do presidenciável José Serra, deputado Indio da Costa (DEM-RJ), que levantou recentemente a questão da suposta relação entre PT e as Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (Farc). Marina disse que falta a Indio maturidade e"quilometragem política". "O vice do Serra às vezes extrapola. Não vale tudo para se ganhar as eleições", criticou.

Marina disse esperar de seus adversários uma postura de respeito à legislação e que, após as multas da Justiça Eleitoral, que não haja mais infrações. Para ela, Dilma Rousseff (PT) e Serra colecionam multas porque suas candidaturas têm estrutura financeira para pagar as punições. "Eu ia lavar prato pelo resto da vida se fosse multada toda semana", disse.

Governos

Se eleita, ela afirmou que não discriminará governos de oposição ao seu partido por acreditar que isso representa um "pensamento mesquinho". "Essa é a política pequena." Num discurso voltado para os nordestinos, Marina defendeu mais investimento em educação (principalmente no combate ao analfabetismo), saúde (com foco na luta contra a mortalidade infantil), segurança (destacou a violência doméstica) e manutenção do Bolsa Família, rechaçando a ideia de programa assistencialista. "Só chama de assistencialista quem não sabe o que é passar fome", rebateu ela durante entrevista à Rádio 96 FM.

Marina também abordou durante as entrevistas o investimento em obras de infraestrutura, uma vez que o Estado receberá jogos da Copa do Mundo de 2014. A candidata afirmou que quer ir além do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o qual chamou de sistema de gerenciamento de obras. "No governo do Fernando Henrique Cardoso nem tinha isso", cutucou.

A candidata aproveitou o assunto para rebater os críticos que afirmam que um governo verde não investirá em obras. "A gente pode fazer os investimentos sem destruir a natureza. O que não dá é fazer de qualquer jeito", disse.

Marina defendeu ainda o corte de gastos e o fim do "festival de cargos comissionados". "O servidor concursado deve ser mantido. O que nós temos de acabar é com o desperdício", propôs. A candidata disse se espelhar no modelo de transparência na divulgação dos gastos implementada pelo presidente norte-americano Barack Obama. "Quero fazer como o presidente Obama, colocar tudo na internet."

Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa

Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa: anacronias de nossos tempos
Da análise de casos concretos descritos por Venício Lima em seu livro “Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa” não há outra conclusão possível: no Brasil, o princípio jurídico da liberdade de expressão foi capturado pelos proprietários dos meios de comunicação, que impõe uma interpretação deturpada de seu significado original.
Por Diogo Moyses
[29 de julho de 2010 - 15h48]
“Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa - Direito à Comunicação e Democracia”, coletânea de artigos do professor Venício A. de Lima lançada recentemente pela Editora Publisher Brasil, é a síntese mais bem acabada do debate vigente no Brasil neste início de século quando o assunto é regulação e políticas de comunicação.

Os artigos reunidos no livro foram originalmente publicados pelo site Observatório de Imprensa, projeto voltado para o acompanhamento e a discussão da atividade da mídia no país. Fogem, portanto, do formato tradicional das contribuições teóricas sobre o tema, evitando o “hermetismo” típico do gênero e contribuindo de forma bastante generosa com a abertura deste tema ao debate realmente público. Embora academicamente densos, os textos apresentam um panorama bastante claro – e por isso acessível aos não-especialistas – da forma como os proprietários dos grandes meios de comunicação nacionais recorrem ao princípio jurídico da liberdade de expressão para evitar qualquer forma de incidência da sociedade sobre suas atividades, garantindo um ambiente altamente desregulado cuja marca essencial é a ausência de instrumentos de controle público.

Tal discurso se apóia, entre outros aspectos, na confusão estabelecida entre liberdade de expressão e liberdade de imprensa – com variáveis como liberdade de expressão artística, liberdade de criação, liberdade de anúncio, liberdade jornalística, entre outros. Como aponta o autor de forma inequívoca, é rotineiro encontrar não só a utilização das duas expressões – liberdade de expressão e liberdade de imprensa – como equivalentes, mas também o deslocamento da liberdade de expressão do indivíduo para a "sociedade" e, desta, implicitamente, para os "jornais", sejam eles impressos ou audiovisuais.

Esta lógica da confusão resume-se a confundir o direito fundamental à expressão com o direito das empresas privadas que atuam no setor das comunicações e sua radicalização materializa-se na tentativa de forjar a aceitação – como se costume jurídico fosse – da liberdade de expressão comercial como um direito humano. Mas, como aponta Lima, a liberdade de expressão comercial, ao transformar em equivalentes dois tipos totalmente distintos de informação – a publicitária e a jornalística – “apropriou-se, sem mais, da idéia de liberdade de expressão como se a mídia, anunciantes e agências de publicidade fossem os legítimos representantes do direito individual e coletivo contra a `censura` e a `sanha regulatória` exercidas pelo o Estado”.

Mas não há confusão que resista à boa-fé intelectual, especialmente após a leitura de “Liberdade de Expressão X liberdade de Imprensa”.

Lima vai inclusive à origem política e filosófica da liberdade de expressão, jogando por terra a afirmação de que os autores geralmente invocados pelos grandes empresários de mídia do país – como John Stuart Mill e John Milton – referendariam a tese da “sanha regulatória” do Estado brasileiro neste início de século. Pelo contrário: nos alerta Venício Lima que em Sobre a Liberdade (On Liberty), ensaio rotineiramente invocado como um dos pilares da defesa da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa, Mill aponta o perigo da “tirania da maioria”, na qual a sociedade – e não o governo – poderia passar a fazer as vezes do tirano. Mill já sinalizava os riscos para a representação e o respeito à diversidade social, por meio da apropriação privilegiada – e, portanto, desigual – dos meios de comunicação de massa (no caso, os jornais).

Da análise de casos concretos descritos e comentados em “Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa” não há outra conclusão possível: no Brasil, o princípio jurídico da liberdade de expressão foi capturado pelos proprietários dos meios de comunicação, que impõe uma interpretação deturpada de seu significado original. Os donos da mídia ressignificam este direito humano fundamental de forma a esvaziá-lo e tentam a todo custo, estabelecer como hegemônica a visão de que sua efetivação só se dará com a ausência absoluta de instrumentos que regulem a atividade midiática e imponham restrições a seus interesses econômicos. Assim, a ameaça à liberdade – em particular à liberdade de expressão e à liberdade de imprensa – tem sido identificada no espaço público como vinda exclusivamente do Estado, mesmo que estejamos vivendo em um Estado de Direito, no (pleno) funcionamento das instituições democráticas.

Foi apoiada nessa pretensa confusão conceitual que se moveram, nos últimos anos, as disputas políticas sobre os modelos regulatórios no campo das comunicações, nos quais os coronéis da mídia brasileira têm obtido amplo sucesso. O resultado dessa hegemonia é claro: no Brasil, a estratégia discursiva empresarial – simultaneamente política e jurídica – prevaleceu e o marco regulatório nacional se moveu historicamente à mercê de interesses privados, ora nacionais, ora internacionais. Como comprovam de forma categórica os diversos relatos da história regulatória dos serviços de comunicação, a circulação de informação, à exceção de períodos episódicos, sempre foi controlada por monopólios e oligopólios privados. Seus proprietários mantiveram, e ainda mantêm, influência decisiva na vida política nacional, perpetuando, no plano normativo, um ambiente altamente favorável à maximização de seus lucros e a defesa de interesses políticos determinados.

A sanha antirregulação do empresariado brasileiro é tamanha que as reformas que combatem não são, nem ao menos, radicais. Em geral, são medidas tímidas, que pouco alterariam o status quo e que há muito foram implementadas em democracias liberais, sempre ancoradas no direito à liberdade de expressão. No Brasil, inversamente, tais diretrizes regulatórias não prosperam apoiadas justamente na idéia de que tal liberdade, para que seja garantida em sua plenitude, deve ser compreendida como a abstenção absoluta do Estado na dinâmica econômica do setor. É, por certo, uma das anacronias dos nossos tempos.

“Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa” desnuda a hipocrisia discursiva dos coronéis da mídia brasileira. E, afirmo sem medo de errar, tratar-se da melhor síntese do debate político-jurídico vigente no campo das comunicações neste início de século XXI.

Publicado por Observatório do Direito à Comunicação.

Chomsky: a única coisa que mudou com Obama foi a retórica

Chomsky: A única coisa que mudou com Obama foi a retórica.

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O intelectual estadunidense, pai da linguística e polêmico ativista por suas posturas contra o intervencionismo militar dos Estados Unidos, visitou a Colômbia para ser homenageado pelas comunidades indígenas do Departamento de Cauca. Confira a entrevista dada a Luis Angel Murcia, do jornal Semana.com.

[30 de julho de 2010 - 12h57]
O morro El Bosque, um pedaço de vida natural ameaçado pela riqueza aurífera que se esconde em suas entranhas, desde a semana passada tem uma importância de ordem internacional. Essa reserva, localizada no centro da cidade de Cauca, muito próxima ao Maciço colombiano, é o cordão umbilical que hoje mantêm aos indígenas da região conectados com um dos intelectuais e ativistas da esquerda democrática mais prestigiados do planeta.

Noam Chomsky. Quem o conhece assegura que é o ser humano vivo cujas obras, livros ou reflexões, são as mais lidas depois da Bíblia. Sem dúvida, Chomsky, com 81 anos de idade, é uma autoridade em geopolítica e Direitos Humanos.

Sua condição de cidadão estadunidense lhe dá autoridade moral para ser considerado um dos mais recalcitrantes críticos da política expansionista e militar que os EUA aplica no hemisfério. No seu país e na Europa é ouvido e lido com muito respeito, já ganhou todos os prêmios e reconhecimentos como ativista político e suas obras, tanto em linguística como em análise política, foram premiadas.

Sua passagem discreta pela Colômbia não era para proferir as laureadas palestras, mas para receber uma homenagem especial da comunidade indígena que vive no Departamento de Cauca. O morro El Bosque foi rebatizado como Carolina, que é o mesmo nome de sua esposa, a mulher que durante quase toda sua vida o acompanhou. Ela faleceu em dezembro de 2008.

Em sua agenda, coordenada pela CUT e pela Defensoria do Povo do Vale, o Senhor Chomsky dedicou alguns minutos para responder exclusivamente a Semana.com e conversar sobre tudo.

Que significado tem para o senhor esta homenagem?

Estou muito emocionado; principalmente por ver que pessoas pobres que não possuem riquezas se prestem a fazer esse tipo de elogios, enquanto que pessoas mais ricas não dão atenção para esse tipo de coisa.

Seus três filhos sabem da homenagem?

Todos sabem disso e de El Bosque. Uma filha que trabalha na Colômbia contra as companhias internacionais de mineração também está sabendo.

Nesta etapa da sua vida o que o apaixona mais: a linguística ou seu ativismo político?

Tenho estado completamente esquizofrênico desde que eu era jovem e continuo assim. É por isso que temos dois hemisférios no cérebro.

Por conta desse ativismo teve problemas com alguns governos, um deles e o mais recente foi com Israel, que o impediu de entrar nas terras da palestina para dar uma palestra.

É verdade, não pude viajar, apesar de ter sido convidado por uma universidade palestina, mas me deparei com um bloqueio em toda a fronteira. Se a palestra fosse para Israel, teriam me deixado passar.

Essa censura tem a ver com um de seus livros intitulado "Guerra ou Paz no Oriente Médio"?

É por causa dos meus 60 anos de trabalho pela paz entre Israel e a Palestina. Na verdade, eu vivi em Israel.

Como qualifica o que se passa no Oriente Médio?

Desde 1967, o território palestino foi ocupado e isso fez da Faixa de Gaza a maior prisão ao ar livre do mundo, onde a única coisa que resta a fazer é morrer.

Chegou a se iludir com as novas posturas do presidente Barack Obama?

Eu já tinha escrito que é muito semelhante a George Bush. Ele fez mais do que esperávamos em termos de expansionismo militar. A única coisa que mudou com Obama foi a retórica.

Quando Obama foi galardoado com o prêmio Nobel de Paz, o quê o senhor pensou?

Meia hora após a nomeação, a imprensa norueguesa me perguntou o que eu pensava do assunto e respondi: “Levando em conta o seu recorde, este não foi a pior nomeação”. O Nobel da Paz é uma piada.

Os EUA continuam a repetir seus erros de intervencionismo?

Eles tem tido muito êxito. Por exemplo, a Colômbia tem o pior histórico de violação dos Direitos Humanos desde o intervencionismo militar dos EUA.

Qual é a sua opinião sobre o conceito de guerra preventiva que os Estados Unidos apregoam?

Não existe esse conceito, é simplesmente uma forma de agressão. A guerra no Iraque foi tão agressiva e terrível que se assemelha ao que os nazistas fizeram. Se aplicarmos essa mesma regra, Bush, Blair e Aznar teriam de ser enforcados, mas a força é aplicada aos mais fracos.

O que acontecerá com o Irã?

Hoje existe uma grande força naval e aérea ameaçando o Irã e, somente a Europa e os EUA pensam que isso está certo. O resto do mundo acredita que o Irã tem o direito de enriquecer urânio. No Oriente Médio três países (Israel, Paquistão e Índia) desenvolveram armas nucleares com a ajuda dos EUA e não assinaram nenhum tratado.

O senhor acredita na guerra contra o terrorismo?

Os EUA são os maiores terroristas do mundo. Não consigo pensar em qualquer país que tenha feito mais mal do que eles. Para os EUA, terrorismo é o que você faz contra nós e não o que nós fazemos a você.

Há alguma guerra justa dos Estados Unidos?

A participação na Segunda Guerra Mundial foi legítima, entretanto eles entraram na guerra muito tarde.

Essa guerra por recursos naturais no Oriente Médio pode vir a se repetir na América Latina?

É diferente. O que os EUA tem feito na América Latina é, tradicionalmente, impor brutais ditaduras militares que não são contestados pelo poder da propaganda.

A América Latina é realmente importante para os Estados Unidos?

Nixon afirmou: “Se não podemos controlar a América Latina, como poderemos controlar o mundo”.

A Colômbia tem algum papel nessa geopolítica ianque?

Parte da Colômbia foi roubada por Theodore Roosevelt com o Canal do Panamá. A partir de 1990, este país tem sido o principal destinatário da ajuda militar estadunidense e, desde essa mesma data tem os maiores registros de violação dos Direitos Humanos no hemisfério. Antes o recorde pertencia a El Salvador que, curiosamente também recebia ajuda militar.

O senhor sugere que essas violações têm alguma relação com os Estados Unidos?

No mundo acadêmico, concluiu-se que existe uma correlação entre a ajuda militar dada pelos EUA e violência nos países que a recebem.

Qual é sua opinião sobre as bases militares gringas que há na Colômbia?

Não são nenhuma surpresa. Depois de El Salvador, é o único país da região disposto a permitir a sua instalação. Enquanto a Colômbia continuar fazendo o que os EUA pedir que faça, eles nunca vão derrubar o governo.

Está dizendo que os EUA derruba governos na América Latina?

Nesta década, eles apoiaram dois golpes. No fracassado golpe militar da Venezuela em 2002 e, em 2004, seqüestraram o presidente eleito do Haiti e o enviaram para a África. Mas agora é mais difícil fazê-lo porque o mundo mudou. A Colômbia é o único país latinoamericano que apoiou o golpe em Honduras.

Tem algo a dizer sobre as tensões atuais entre Colômbia, Venezuela e Equador?

A Colômbia invadiu o Equador e não conheço nenhum país que tenha apoiado isso, salvo os EUA. E sobre as relações com a Venezuela, são muito complicadas, mas espero que melhorem.

A América Latina continua sendo uma região de caudilhos?

Tem sido uma tradição muito ruim, mas, nesse sentido, a América Latina progrediu e, pela primeira vez, o cone sul do continente está a avançando rumo a uma integração para superar seus paradoxos, como, por exemplo, ser uma região muito rica, mas com uma grande pobreza.

O narcotráfico é um problema exclusivo da Colômbia?

É um problema dos Estados Unidos. Imagine que a Colômbia decida fumigar a Carolina do Norte e o Kentucky, onde se cultiva tabaco, o qual provoca mais mortes do que a cocaína.

Fonte: Agência de Notícias Nova Colômbia. Original em http://www.semana.com/noticias-mundo/parte-colombia-robada-roosevelt/142043.aspx. Publicado por Vermelho.

Foto de http://www.flickr.com/photos/thelastminute/.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

GRITO AOS SURDOS - CIMI

OCUPAÇÃO DA USINA DARDANELOS: GRITO AOS SURDOS





Para entendermos o que levou um grupo de indígenas de onze povos a ocupar as instalações da UHE Dardanelos, município de Aripuanã (MT) é necessário um olhar sobre o processo que culminou na efetivação da obra após vários questionamentos, inclusive dos ministérios Público Estadual e Federal através de ações julgadas em tempo recorde que favoreceram os grupos ditos empreendedores.



Então vejamos: em agosto de 2003, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) atribui a então Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fema) a responsabilidade de elaborar o licenciamento da hidrelétrica. Em dezembro do mesmo ano a Fema emite o termo de referência para os estudos ambientais. Em abril de 2004 os grupos Odebrecht e Eletronorte firmam a parceria e este consórcio entrega em dezembro o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental, EIA/RIMA. A mesma Fema convoca para o dia 20 de maio de 2005 uma audiência pública que é cancelada por uma ação do Ministério Público Federal em que se questiona a competência da Fema e Ibama de licenciar a obra.



Uma informação importante sobre a Fema, hoje extinta, é que o órgão estadual foi seriamente abalado quando seu então presidente foi preso na conhecida Operação Curupira, desencadeada pela Polícia Federal, que investigou a emissão de falsos licenciamentos para ‘legalizar’ madeiras. Alguns funcionários do Ibama também estavam envolvidos e foram igualmente presos. A relação promiscua, portanto, não se restringia aos licenciamentos para a construção de hidrelétricas. Bem se faz lembrar que a frente do governo estadual estava Blairo Maggi, motosserra de ouro ‘convertido’ ao neoambientalismo verde e que além do agronegócio se envereda pelo mercado de geração de energia.



Extinta a Fema, foi criada a Sema, Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Esta secretaria em agosto de 2005 convoca nova audiência pública sobre Dardanelos. O Ministério Público Estadual entra com uma ação para o cancelamento da mesma, questionando o estudo realizado e apontando falhas na divulgação da audiência. Com o indeferimento da ação a audiência se realiza. O Ministério Público Estadual entra com outra ação pedindo a invalidação da audiência e questionando o EIA/RIMA. É concedida uma liminar e a Sema paralisa a análise técnica que estava realizando para conceder a licença prévia. Com a rapidez esperada por muitos em processos que adormecem há anos, a liminar é derrubada em outubro e já em 7 de dezembro a Sema concede a licença prévia. Através de ação conjunta, os ministério Público Estadual e Federal pedem o cancelamento do leilão previsto e, mais uma vez, questionam o EIA/RIMA, além de apontarem para a precariedade do processo de licenciamento prévio. Dardanelos não foi a leilão naquele momento, mas a Sema prosseguiu seu trabalho para “equacionar” os condicionantes da licença prévia e a Assembléia Legislativa de Mato Grosso, desconsiderando as ações e todos os questionamentos à obra, aprovou o licenciamento concedido pela secretaria.



Estes fatos já seriam suficientes para comprovar o quanto Dardanelos está sendo efetivada ‘a toque de caixa’ das empresas em conjunto com o governo estadual, que sobre todos os direitos querem, a todo custo, impor sua vontade; mas não finda aí. Além da pendente ação impetrada pelo Ministério Público Federal outras questões foram escanteadas.



O povo Arara do Rio Branco, que comprovadamente habita há séculos a região e que conseguiu, após muitos anos, demarcar seu território em Aripuanã vem freqüentemente questionando a construção desta hidrelétrica sobre um lugar que lhes é sagrado. Nesta região, que ficou fora da demarcação, localizava-se um antigo cemitério do povo que foi literalmente sendo implodido no processo de construção. A empresa construtora se negou a dar acesso aos indígenas para que tivessem mais informações sobre este local, embora os documentos e questionamentos feitos por estes. Independente dos fatores determinantes para que este lugar tenha ficado fora da demarcação, o fato é que ele é sagrado para os indígenas, significado que a racionalidade economicista dos ditos empreendedores não alcança, pois não considera outra coisa senão a possibilidade de lucros.



Com o desvio do rio para abastecer a geração de energia, saltos como a Cachoeira das Andorinhas e um longo trecho do rio ficará praticamente seco. Os Arara ficarão sem um de seus lugares de referência e outros povos também serão afetados, já que, com toda a tecnologia, ainda não é possível enviar a energia produzida por e-mail, assim, por onde passará as linhas de transmissão que levarão esta energia para outras regiões? Estes impactos não foram levantados no EIA/RIMA. Outro fato de extrema importância é que, nas projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nas bacias do rio Juruena e do rio Aripuanã estão previstas, contando com as já instaladas, mais de cinqüenta unidades geradoras de energia, entre as chamadas pequenas centrais hidrelétricas e outras maiores como Dardanelos. Assim, embora no momento se foque esta hidrelétrica, outras tantas integradas deverão impactar povos indígenas e outras comunidades, de forma ainda não estudada ou realmente prevista.



Como verdadeiros predadores sobre a natureza transformada em mercadoria-energia, os ditos empreendedores se lançam sobre os rios onde só enxergam os ‘potenciais energéticos’. Belo Monte, Tapajós, Jirau, Santo Antônio, Dardanelos, Faxinal, Maggi I ou as inúmeras PCHs, não importa o nome. O importante para este seguimento emergente na exploração dos recursos naturais é como transformar, a partir de recursos públicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), água em energia elétrica, esta em mercadoria e, por fim, em riqueza apropriada por alguns. Os povos indígenas, ribeirinhos, trabalhadores e a natureza são apenas algumas peças na imensa engrenagem que são, quando necessário, descartadas.



As empresas, muitas vezes criadas em consórcio com outras, como acontece com a Águas de Pedra, são o exemplo de como a geração de energia é um ótimo negócio atraindo investidores de várias partes do mundo, como acontece com a espanhola Iberdrola, acionista da Neoenergia, que detém 51% da Águas de Pedra. A Iberdrola obteve em 2009 um lucro líquido de nada menos que 2,9 bilhões de euros. As outras empresas que formam o grupo são a Eletrobrás e a Chesf, que juntas detém 49% da Águas de Pedra – 24,5% cada uma. Em outras palavras, os interesses são muitos sobre este mercado.



Quando povos indígenas se juntam, portanto, além do exemplo de solidariedade que dão ao se unirem aos ‘parentes’ com os quais outrora tiveram conflitos, configuram uma das mais belas lições de resistência ao modelo de desenvolvimento que só tem favorecido a acumulação do capital por alguns grupos enquanto aos demais seguimentos sobram as migalhas das pseudo compensações. Este capítulo da história, aliás, é um dos mais terríveis, pois enquanto os povos indígenas diziam não aos empreendimentos, as empresas, por vezes acompanhadas por funcionários do órgão indigenista federal, só argumentavam a partir das ditas compensações. Talvez continuem com a mesma estratégia, chamando grupos indígenas para reuniões em hotéis nas cidades, como fizeram recentemente em Primavera do Leste, não esclarecendo os reais prejuízos que os povos e comunidades terão e ‘pagando’, com recursos públicos, o impagável.



Em outros momentos poderão oferecer o que já é de direito, como assistência à saúde, educação, melhorias em escolas, estradas ou outras ações que são de competência e obrigação do poder público. Como grupos privados podem ‘compensar’ os danos causados por seus atos com ações do Estado? Sabe-se que a saúde, a educação e outros direitos dos povos indígenas estão longe de serem efetivamente respeitados. Contudo, cabe ao poder público respeitar as leis que já vigoram efetivando estes direitos.



Permanece, inclusive nos meios de comunicação, a divulgação de parte da história pintando uma imagem distorcida em que os indígenas só aparecem como um grupo que está atrás de dinheiro enquanto o principal não se enxerga ou se faz questão de não ver.



Somamos nossa voz ao grito dos povos indígenas e com eles gritaremos “até que as pedras erguidas em muros de falsas notícias desmoronem e surja, brilhante e límpida, a verdade nua e clara como as águas dos rios não cativos”.





Gilberto Vieira dos Santos

Conselho Indigenista Missionário – Regional Mato Grosso

XVI SIMPÓSIO BAIANO DE PESQUISADORAS (ES) SOBRE MULHER E RELAÇÕES DE GÊNERO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

NÚCLEO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES SOBRE A MULHER

OBSERVE – OBSERVATÓRIO DE MONITORAMENTO DA APLICAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA

CHAMADA DE TRABALHOS


I SEMINÁRIO INTERNACIONAL: POLÌTICAS DE ENFRENTAMENTO Á VIOLÊNCIA DE GÊNERO CONTRA AS MULHERES
XVI SIMPÓSIO BAIANO DE PESQUISADORAS (ES) SOBRE MULHER E RELAÇÕES DE GÊNERO

Violência de Gênero: suas várias faces



08 a 11 de novembro de 2010
Salvador – Bahia


O Simpósio Baiano de Pesquisadoras( es) Sobre Mulher e Relações de Gênero é um evento que faz parte das atividade anuais do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher – NEIM/UFBA – e este ano chega a sua décima sexta edição com o tema Violência de Gênero: suas várias faces. Este ano, junto ao simpósio, teremos também I Seminário Internacional: Políticas de Enfrentamento à Violência de Gênero Contra As Mulheres também realizado pelo NEIM, em parceria com OBSERVE-Observató rio de Monitoramento da Aplicação da Lei Maria da Penha.

O objetivo dos encontros é debater as diferentes manifestações da violência de gênero, como também iniciativas e experiências voltadas para coibir a violência de gênero, abrangendo tanto o plano teórico como práticas desenvolvidas no âmbito acadêmico, das políticas públicas, seu monitoramento e nos demais processos educativos, organizacionais e políticos em curso na nossa sociedade. Buscamos dar visibilidade às diversas formas de agressão possíveis, não apenas os abusos físicos, mas também a violência moral e psicológica, os abusos patrimoniais, a violência ocorrida dentro das relações familiares ou institucionais.
Enquanto o simpósio será um espaço mais voltado para pesquisas e discussões acadêmicas, o seminário internacional focará em reflexões e construção de parcerias, nacionais e internacionais, voltadas para o monitoramento das políticas de enfrentamento à violência de gênero contra a mulher, contando inclusive com representantes de observatórios de violência existentes na Ásia, Europa e América Latina.

As propostas de trabalho deverão se voltar para o debate acerca das diferentes manifestações de violência de gênero contra as mulheres e iniciativas e experiências voltadas para coibir a violência de gênero, abrangendo tanto o plano teórico como práticas desenvolvidas no âmbito acadêmico, das políticas públicas, seu monitoramento e nos demais processos educativos, organizacionais e políticos em curso na nossa sociedade. Em especial, com o I Seminário Internacional: Políticas de Enfrentamento á Violência de Gênero contra as Mulheres, pretende-se abrir um espaço para reflexões e a construção de parcerias, nacionais e internacionais, voltadas para o monitoramento dessas políticas.



Inscrições de trabalhos até dia 15 de agosto.

Cartas de aceite enviadas até 03 de setembro.



Site do evento: www.simposioneim. ufba.br
Informações: neim@ufba.br

Apoio ao IV Seminário Internacional de Estudos e Pesquisa Qualitativos - IV SIPEQ.

A Sociedade de Estudos e Pesquisas Qualitativos - SE&PQ - vem agradecer o apoio dado ao IV Seminário Internacional de Estudos e Pesquisa Qualitativos - IV SIPEQ.

O logotipo de sua instituição ou grupo de pesquisa já se encontra no site www.sepq.org.br/IVsipeq/default.asp .



Agradecemos a todos que atenderam à nossa solicitação de apoio!



A fim de realizar uma ampla divulgação do evento e de obtermos a maior participação possível, solicitamos que nos auxiliem:

1) divulgando o evento em sua página.

Basta repassar ao responsável pela página o link que enviamos em anexo e a URL do evento: http://www.sepq.org.br/IVsipeq/default.asp



2) Estimulando o envio de trabalhos por seus membros.

Comunicamos que a data para submissão de trabalhos foi prorrogada para 15/08/2010. As instruções para o envio podem ser obtidas em http://www.sepq.org.br/IVsipeq/default.asp



3) realizando a inscrição no evento.

As inscrições podem ser efetuadas no endereço: http://www.sepq.org.br/IVsipeq/default.asp



O IV SIPEQ propõe-se a debater os fundamentos e métodos das práticas investigativas em suas diferentes modalidades e seus desdobramentos, frente à obtenção de dados, às leituras possíveis e outros aspectos que complementam a abrangência do tema e provocam reflexão no sentido de explicitar o “Rigor” presente na realização da pesquisa, em seus fundamentos e métodos.


A participação do seu grupo ou instituição é muito importante para o sucesso deste evento!



IV Seminário Internacional de Estudos e Pesquisa Qualitativos

IV SIPEQ

Tema: Pesquisa Qualitativa: Rigor em questão

Fundamentos – Métodos – Desdobramentos

Data: 9 a 11 de outubro de 2010

Local: UNESP /Campus de Rio Claro



Estamos ao seu dispor para qualquer esclarecimento.



Atenciosamente





Comissão Central

Antônio Carlos Carrera de Souza – UNESP; Heloisa da Silva – UNESP; João Pedro Pezzato – UNESP; Luiz Normanha –UNESP; Marco Antonio Escher – UNESP; Maria Bernadete Sarti da Silva Carvalho – UNESP; Marília Josefina Marino – SE&PQ/PUCSP; Maristela Ross de Castro Gasonato –SE&PQ; Marli Regina dos Santos – UFV; Tadeu dos Santos – SE&PQ; Verilda Speridião Kluth – SE&PQ/UNIFESP.

Realização: SE&PQ e UNESP

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Prorrogação da inscrição para trabalhos - IV SIPEQ

Prezado Membro SE&PQ

Comunicamos que, por solicitação de alguns pesquisadores, a data de inscrição de trabalhos no IV Seminário Internacional de Pesquisa e Estudos Qualitativos - IV SIPEQ foi prorrogada até 15/08/2010.
Aproveite esta chance para mandar seu trabalho.
Maiores informações www.sepq.org.br (clicar no selo amarelo)
Cordialmente,
Verilda Speridião Kluth
p/ comissão central

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Ilustre Colega:

Gostaria de indicar-lhe nossos livros, caso precise de estudar FILOLOGIA ROMÂNICA, CRÍTICA TEXTUAL, LINGUÍSTICA e LÍNGUA LATINA ou A NOVA ORTOGRAFIA, GRAMÁTICA HISTÓRICA, FRASEOLOGIA, MORFOLOGIA (da língua portuguesa) etc.

Nossos livros estão disponibilizados e à venda através da página LIVRARIA do Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos, que pode ser acessada em
http://www.filologia.org.br/livraria

A maioria dos livros e revistas disponibilizados nessa livraria virtual tem acesso livre e gratuito.

Aproveite e prepare sua bibliografia do semestre letivo que começa, economizando tempo e dinheiro.

Milhares de outros artigos são encontrados e podem ser baixados gratuitamente através da página http://www.filologia.org.br/buscainterna.html


Atenciosamente,
José Pereira da Silva
Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

ATIRE EM SOFIA - LDM, em 31 de julho de 2010 às 10h

A Livraria LDM, Editora 7 Letras e Sonia Coutinho



convidam para o lançamento da obra:





ATIRE EM SOFIA



De Sonia Coutinho





Sábado, 31 de julho de 2010, a partir das 10h, na Livraria LDM.

(Rua Direita da Piedade, nº22, Piedade. Próximo à Secretaria de Segurança Pública e ao Banco do Brasil.).



Mais informações:

71 2101-8007/ 8000

eventos@livrariamulticampi.com.br

HTTP://ldmcultural.blogspot.com/







A obra:



Trecho:



Numa cidade cujo nome jamais é dito, mas tudo indica tratar-se de Salvador. Três tiros ecoam entre os atabaques do candomblé, dezenas de mãos apertam o gatilho. É um verão esquisito; calor febril intercalado por tempestades furiosas como lágrimas de Iansã, na cidade mestiça magnetizada por superstições, paixões, fatalidades...]



Uma morte misteriosa fere a cálida estação: a vítima, Sofia do Rosário, retorna para a cidade natal depois de 20 anos no rio de Janeiro. Ela é uma mulher divorciada e emancipada; uma mulher madura e sensual, que inspira temor e fascínio nos homens.



A autora:



Sonia Coutinho Licenciou-se em Inglês pela Universidade Santa Úrsula e obteve o grau de Mestre em Teoria da Comunicação na Escola de Comunicação da UFRJ. Jornalista profissional trabalhou em várias redações, entre elas as do “Correio da Manhã”, “Última Hora” e “O Globo”. Neste último, permaneceu 15 anos e exerceu diversas funções, entre elas a de editora da então página de livros.

Como escritora, publicou 11 livros de ficção e ganhou dois prêmios Jabuti, um de conto e outro de romance. Participou do Internacional Writing Program, Integrou júris de concursos literários, como o Guimarães Rosa, em Minas, e o concurso de contos do Paraná.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Kabengele Munanga em Salvador

Hoje, dia 23 de julho, está programada a participação do querido Prof. Dr. Kabengelê Munanga, nosso amigo, na abertura do II Congresso Baiano de Educadores Negros. Por motivo de viagem, não estaremos presente. Receba o nosso abraço e felicitações, mais uma vez pela oportunidade!

Local: Câmara Municipal do Salvador, às 19h.

FORO PERMANENTE DE REFLEXÃO SOBRE A AMÉRICA LATINA

FORO PERMANENTE DE REFLEXÃO SOBRE A AMÉRICA LATINA



O Memorial da América Latina, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da Universidade de São Paulo – PROLAM/USP, convidam para o encontro de abertura do projeto Foro Permanente de Reflexão sobre a América Latina.



Nesse primeiro programa a pesquisadora Claudia Forte discutirá os programas de concessão de microcrédito nas cidades de Bogotá e de Recife e sobre como eles impactaram o cotidiano de mulheres que vivem nessas cidades , tese que tem gerado um grande impacto na atualização das políticas públicas de microcrédito na América Latina, uma demanda crescente das sociedades contemporâneas.



Conferencista : Profa. Dra. Claudia Forte (Assessora para assuntos internacionais e interinstitucionais da Universidade Presbiteriana Mackenzie; Professora na área de negócios na graduação e lato sensu)

Coordenador da mesa : Prof. Dr. Márcio Bobik (PROLAM/USP) Debatedor : Prof. Dr. Ladislau Dowbor (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP)



2 de agosto de 2010 (segunda-feira), 19h

Biblioteca Latino-Americana Victor Civita (portão 6)

Fundação Memorial da América Latina

Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Metrô Barra Funda

São Paulo / SP

Entrada franca



Informações

www.memorial.sp.gov.br

cursos@memorial.sp.gov.br

Tel.: (11) 3823-4780



O Foro Permanente de Reflexão sobre a América Latina é um projeto da Cátedra UNESCO Memorial da América Latina, que será coordenado por Cremilda Medina e Renato Seixas. O objetivo é tornar acessível ao público em geral as informações e reflexões presentes em teses, dissertações e pesquisas produzidas nas universidades brasileiras que tenham como foco temas relacionados com a América Latina, divulgando, dessa forma, conteúdos científicos que apresentem significativas contribuições sócio-econômicas, culturais e artísticas para os países latino-americanos e oferecendo, concomitantemente, oportunidades de debate sobre esses trabalhos.

Funai se manifesta frente às acusações feitas pela Revista Época

Funai se manifesta frente às acusações feitas pela Revista Época

No último sábado (17), a Revista Época, em sua edição nº 635, publicou nota falando sobre os processos de demarcação e de reconhecimento dos indígenas Tupinambá do Sul da Bahia. De acordo com o texto, a Fundação Nacional do Índio (Funai) estaria elaborando um decreto que anularia a demarcação da terra indígena Tupinambá na zona rural de três municípios do sul da Bahia: Ilhéus, Buerarema e Una. A Funai nega a informação.



A revista busca ainda descacterizar a luta pela posse da terra tradicional dos Tupinambá, quando explicita inverdades e acusações contra Rosilvado Ferreira da Silva, o cacique Babau, grande liderança daquele povo. Segundo a revista, o indígena perderia inclusive sua carteira de identidade indígena.



No final do dia de ontem, 19, a Funai divulgou nota sobre o assunto. Segue o texto:



Nota oficial sobre identificação de terras no sul da Bahia



Em atenção ao comentário publicado na Revista Época, edição nº 635, de 17.07.2010, na coluna "Vamos Combinar", de responsabilidade do jornalista Paulo Moreira Leite, a Funai esclarece que dará continuidade ao procedimento administrativo de identificação e delimitação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, situada nos municípios de Ilhéus, Buerarema e Una (sul da Bahia), conforme previsto no Decreto 1775/96. O relatório circunstanciado de identificação e delimitação da referida Terra Indígena, elaborado por Grupo Técnico formado por profissionais de qualificação reconhecida, condensa dados de natureza etno-histórica, ambiental, cartográfica e fundiária e foi aprovado pelo Presidente da Funai, por meio do Despacho nº 24, de 17.04.2009, publicado no Diário Oficial da União em 20.04.2009. Conforme previsto no Decreto 1775/96, os interessados apresentaram contestações que estão sendo analisadas no âmbito da Funai, para posterior encaminhamento do processo demarcatório ao Ministério da Justiça, com vista à declaração dos limites da Terra Indígena. Neste sentido, cumpre informar que não é prerrogativa da Funai criar ou decretar a extinção de Terra Indígenas, mas sim reconhecer, com base em estudos consistentes, os limites territoriais necessários e suficientes à reprodução física e cultural dos povos indígenas, nos termos do artigo 231 da Constituição Federal de 1998 (sic). De acordo com a Constituição Federal, a Terra Indígena é um bem da União que se destina a posse permanente e ao usufruto exclusivo dos povos indígenas.

terça-feira, 20 de julho de 2010

IMPORTANTÍSSIMO!!!

Capes e CNPq decidem autorizar atividade remunerada a bolsistas
Decisão foi publicada nesta sexta-feira (16) no Diário Oficial da União.
Acumulação de bolsas está vedada.
Os Presidentes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) assinaram na quinta-feira (15) documento que autoriza bolsistas de pós-graduação das agências a receber complementação financeira, de outras fontes, desde que se dediquem a atividades relacionadas à sua área de atuação e de interesse acadêmico, científico e tecnológico.


A decisão foi publicada nesta sexta-feira (16) no Diário Oficial da União. De acordo com o site da Capes, em 2009, havia 47.153 bolsistas na agência. O CNPq concedeu 62.979 bolsas no mesmo ano, segundo o site do conselho.
Segundo a portaria, é vedada a acumulação de bolsas provenientes de agências públicas de fomento. Os bolsistas poderão exercer atividade remunerada, especialmente quando se tratar de docência como professores nos ensinos de qualquer grau.
De acordo com o texto, para receber complementação financeira ou atuar como docente, o bolsista deverá obter autorização, concedida pelo orientador, devidamente informada à coordenação do curso ou programa de pós-graduação em que estiver matriculado e registrada no Cadastro Discente da Capes.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Presença Latino AmeFricana: ArteReflexão, em São Paulo

Programa do curso: 31/07 - “Literatura argentina frente às suas novas vozes", com Lucía Tennina (Professora de Literatura Brasileira e Portuguesa na Universidade de Buenos Aires. É pesquisadora visitante em Cultura Contemporânea, da Universidade Federal de Rio de Janeiro. Colabora em revistas acadêmicas e independentes, de Brasil e Argentina.) & "Cultura que brota da terra: povos indígenas no Brasil e suas lutas pelo território no século XXI", com Spensy Pimentel (Jornalista e antropólogo, hoje pesquisador na USP. Há 12 anos pesquisa os índios Guarani-Kaiowa, de Mato Grosso do Sul, estado onde nasceu). 07/08 - “Fotografia e 'o outro México rebelde': questões de olhar sobre novos movimentos sociais”, com Waldo Lao Fuentes Sánchez (Formado em Antropologia pela Escuela Nacional de Antropologia e Historia do México- ENAH, pós-graduando pelo PROLAM-USP. Atualmente é fotógrafo e colaborador de diversas meios independentes de comunicação) & "Salve, Hermanos!!! Hip Hop e(m) Cuba", com Mateus Subverso ( B. Boy e grafiteiro da Posse ‘Suatitude’ e integrante das Edições Toró. Também atua como designer gráfico e digital destes dois coletivos) 14/08 – “Cuba e Haiti: Atlântico Negro, culturas e interpretações”, com Amaílton Azevedo (Professor de História da África da PUC/SP) & “No chão da Martinica, a palavra de noite", com Luana Antunes Costa (Professora, pesquisadora em Literaturas Africanas e Afro-brasileira, escritora e tradutora. Doutoranda em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, pela USP). 21/08 - “A mátria das cordilheiras, mar, pampa, sierra, selva e sertão: arte & re-existência” , com Marcos Ferreira Santos (Músico e Arte-educador. Professor da Faculdade de Educação da USP) 28/08 - “Teatro, Negro, no Brasil: do TEN ao Bando Olodum", com Evani Tavares (Atriz, angoleira, doutora em Artes pela UNICAMP e autora do livro “Capoeira Angola como treinamento para o ator” & “Cinemas afro-sulamericanos” , com Lilian Solá Santiago (Cineasta, pesquisadora e curadora de mostras de cinema. Historiadora e professora de cinema) 04/09 – “Revolução? Movimento Zapatista e Literatura das Margens Mexicanas", com Alejandro Reyes (Mexicano de nascença, escritor, jornalista e tradutor. Coordena a coleção"Imarginália' da Editora Sur + , é integrante da rádio zapatista e pesquisador atuante em cultura e literatura latino-americana) & Avaliação Coletiva. Articulação Pedagógica: Allan da Rosa. Concepção e Diagramação de Cartaz e Apostilas: Mateus Subverso. Realização: Edições Toró, Donde Miras e CDHEP.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Revista Brasileira de História das Religiões.

É com imensa satisfação que apresentamos o sétimo número da
Revista Brasileira de História das Religiões.


Acesso: http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/index.html


Com este número inauguramos o terceiro ano da RBHR! A grata notícia que tivemos durante este período é que recebemos
nosso primeiro Qualis Periódicos! O ano base para avaliação foi o de 2008, quando do lançamento da Revista e recebemos avaliações das seguintes áreas: História (B2); Psicologia (B3); Teologia (B3), Educação (B4); Sociologia (B4); Ciências Aplicadas I (B4); Filosofia (B5); Interdisciplinar (C) e, Artes/Música (C). Ainda temos muito a corrigir, a acrescentar para possamos nos
tornar uma Revista de excelência. Desde o início este é nosso objetivo!
Agradecemos as colaborações enviadas esperamos contar sempre com os trabalhos dos pesquisadores que fazem com que a RBHR seja uma referência na área de religiões e religiosidades.


A chamada de artigos e resenhas para o número 08 da RBHR encerra-se no dia 30/08/2009. As normas para publicação encontram-se no site da revista. Os textos devem ser encaminhados ao email gtreligioes@gmail.com


Aproveitamos para informar que o III Encontro do GT Nacional de História das Religiões e Religiosidades - ANPUH,
aceitará inscrições de Comunicações até 30/07/2010.
As inscrições podem ser feitas por meio do site http://www.gthrr.ufsc.br/


Att.
Comissão Editorial

Parmênides e o Sofista de Platão

Parmênides e o Sofista de Platão

O Programa de Pós-Graduação em Filosofia (FFCH-UFBA) promove, de 16 a 20 de agosto, o Curso de Extensão "Parmênides e o Sofista de Platão", ministrado por José Gabriel Trindade Santos (Doutor em Filosofia pela Universidade de Lisboa, professor do Departamento de Filosofia da UFPB, sendo autor de diversos livros sobre Platão e a filosofia antiga, bem como de traduções).

Mais informações em nossa página: www.ffch.ufba.br

A polêmica entre Kant e Eberhard

A polêmica entre Kant e Eberhard
12 de julho de 2010
A FFCH recebe, de 19 a 22 de julho, o Prof. Abel Lassalle Casanave, doutor em filosofia pela UNICAMP, professor do Departamento de Filosofia da UFSM e bolsista do CNPq, que ministrará o mini-curso "A polêmica entre Kant e Eberhard", em uma promoção do PRONEX Filosofia e Ciências.

Mais informações em nossa página: www.ffch.ufba.br

terça-feira, 13 de julho de 2010

Agradecimentos - ABECAN

A Associação Brasileira de Estudos Canadenses vem publicamente pelo presente agradecer à professora Nubia Hanciau e equipe pelo trabalho de editoração da revista Interfaces Brasil/Canadá até a presente data. Graças ao seu empenho e dedicação, a revista oficial da ABECAN conta hoje com o reconhecimento unânime de nossos pares, tendo obtido recentemente o conceito Qualis A1 – área de Letras .



Atenciosamente,



Associação Brasileira de Estudos Canadenses

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O significado dos penteados afro na cultura Yorubá

A ênfase dada à cabeça (orí) na cultura e na arte yorubá vai além da sua importância biológica como lugar do cérebro, que controla o corpo. Também reflete a concepção yorubá de Olodumaré (o Deus Supremo) como fonte do universo e a cabeça das forças cósmicas chamadas de Orixás que atuam como agentes empoderadores do axé.
O curso é uma introdução ao significado da cabeça na arte e na cultura yorubá através do estudo dos diferentes penteados e trançados que mostram o poder da cabeça nessa sociedade e projetam sua importância social, política e espiritual. Será dada ênfase especial à Cosmologia, Arte e Iconografia dos Orixás, permitindo desenvolver habilidades analíticas que facilitarão contextualizar sua reinterpretação no Brasil, onde a influência do povo yorubá tem sido marcante dos tempos coloniais aos nossos dias.
PROF. DR. BABATUNDE LAWAL
Nascido na Nigéria, Babatunde Lawal graduou-se em Artes Plásticas na Universidade de Nsukka, Nigéria. Possui Mestrado e Doutorado em História da Arte pelas Universidades de Indiana (EUA). Ensinou por vários anos na Universidade Obafemi Awolowo, em Ile-Ifé (Nigéria), onde foi fundador e Chefe do Departamento de Belas Artes e Diretor da Faculdade de Artes. Atualmente é Professor de História da Arte no Virginia Commonwealth University, em Richmond, Virginia (EUA). Também foi professor visitante das Universidades de Harvard (Massachusetts) e de Columbia (New York), Dartmouth College (New Hampshire), Michigan State University (East Lansing), Kalamazoo College (Michigan), Harare Polytechnic (Zimbábue), Universidade de São Paulo – USP e Universidade Federal da Bahia – UFBA.
O Professor Lawal tem inúmeras publicações sobre diferentes aspectos da arte na África e sobre a Diáspora Africana. A sua pesquisa sobre a estética e os significados das artes e festivais tradicionais contribuiu significativamente para o seu reconhecimento internacional, servindo de inspiração a artistas negros contemporâneos.
LOCAL:
AUDITÓRIO DO CPDER (Atrás do prédio do mestrado).
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
CAMPUS I
Rua Silveira Martins, 2555 – Cabula INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES:
geaalc@gmail.com
BIBLIOTECA DA PÓS-GRADUAÇÃO
PROFA. HILDETE
TEL: (71) 3117.2448
PROFA ANA PESSOA (71) 88899033

PERÍODO:
DE 27 A 30 DE JULHO DE 2010
HORÁRIO: 13 ÀS 17 h. VALORES:
ESTUDANTES R$ 40,00
OUTROS R$ 60,00

Prorrogado prazo de inscrições para bolsas em Coimbra

Prorrogado prazo de inscrições para bolsas em Coimbra

A UFBA prorrogou o prazo para inscrições de candidatos às 28 bolsas destinadas para estudantes do programa de ações afirmativas para o Programa de Licenciaturas Internacionais Capes/UC. Os candidatos devem ser alunos dos Bacharelados Interdisciplinares ou de graduação das áreas de matemática, química, física, biologia, letras, artes e educação física, integrantes do programa de ações afirmativas da UFBA, ter cursado dois semestres de graduação nas áreas citadas ou em bacharelados interdisciplinares e não ter sido agraciado anteriormente com bolsa de estudos, em nível de graduação, em função de programa ou projeto financiado pela Capes.

Os selecionados receberão bolsa de estudos no valor de 600 euros mensais, passagem de ida e volta e seguro saúde durante dois anos em que estudarão na Universidade de Coimbra. Uma vez concluídos os créditos de seu curso, o que inclui cadeiras cursadas aqui e em Portugal, terão dupla titulação de Licenciatura, UFBA e em Coimbra. Estudantes que não integrem o programa de ações afirmativas poderão participar do intercâmbio, mas não poderão concorrer às bolsas. Inscrições e informações mais detalhadas podem ser obtidas nos colegiados dos respectivos cursos ou através do edital no endereço eletrônico http://www.grupocoimbrasil.org.br/anexos/Edital%20PLI.pdf.

sábado, 10 de julho de 2010

Encontro literário com o escritor, tradutor e editor Ilija Trojanow

O Goethe-Institut/ICBA e o Instituto de Letras da UFBA promoverão um encontro literário com o escritor, tradutor e editor Ilija Trojanow, a realizar-se no dia 10 de agosto, às 10h, no Auditório do PAF I, Rua Barão de Jeremoabo s/n - Campus Universitário de Ondina, com entrada franca. Ilija Trojanow é um dos mais representativos autores da nova geração de escritores alemães e sua obra aborda vários aspectos referentes à questão dos direitos humanos, do exílio e da liberdade na Bulgária, de onde provém sua família. Sua produção literária, vasta e diversificada, reflete as experiências do autor em países como Iugoslávia, Kênia e Índia. Seus livros já foram traduzidos para vários idiomas e no próximo mês a Editora Cia. das Letras publicará a primeira obra traduzida em português, “O colecionador de mundos” (Der Weltensammler).

Ilija Trojanow vem pela primeira vez ao Brasil para palestras em São Paulo, mas fez questão de incluir a Bahia no roteiro por considerar Salvador uma cidade de grande importância cultural. Editor de vários autores africanos em língua alemã, é seu desejo conhecer os locais históricos e a diversidade etnográfica da Bahia. No encontro do Instituto de Letras da UFBA, Trojanow lerá textos traduzidos para o português e falará sobre sua diáspora literária por vários continentes. Segundo a Dra. Marlene Holzhausen, professora do Instituto de Letras e coordenadora do evento, professores, estudantes da UFBA e pessoas interessadas em literatura terão a oportunidade de dialogar com um dos mais interessantes escritores alemaes da atualidade. Haverá tradução para o português.

Escritor premiado, Ilija Trojanow nasceu na Bulgária. Ao completar seis anos de idade, seus pais fugiram para a Alemanha, passando pela Iugoslávia e Itália. Após o exílio de um ano na Alemanha, emigraram para o Quênia, onde seu pai trabalhou como engenheiro. De 1972 a 1984, Ilija Trojanow viveu em Nairobi, com um breve intervalo de três anos em que passou na Alemanha (1977-1981). Após uma longa estada em Paris, estudou Direito e Etnnologia em Munique. Em 1989 fundou a Editora Marino, especializada em obras de autores africanos. No início dos anos 1990, Trojanow viajou por vários países africanos, daí resultando seu primeiro livro: “In Afrika. Mythos und Alltag Ostafrikas“ (Português: Na África. Mito e cotidiano da África Oriental). Em 1986, mudou-se para Bombaim, na Índia, onde exerceu atividade de articulista para jornais alemães. Em 2007/2008 assumiu uma cátedra de literatura poética na Universidade de Tübingen.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Curso analisa significado dos penteados dos cabelos - GEAALC/UNEB

Analisar a importância social e política dos penteados na cultura africana. Este é o principal objetivo do curso O Significado dos Penteados e Trançados na Cultura Iorubá.

Promovido pelo Grupo de Estudos Africanos e Afro Brasileiros em Línguas Culturais (Geaalc), vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UNEB, a iniciativa acontece de 27 a 30 de julho, das 13h às 17h, no auditório do Centro de Pesquisa em Educação e Desenvolvimento Regional (CPEDR), do Campus I, da universidade, em Salvador.

Os interessados podem se inscrever até o dia 23 de julho, presencialmente na biblioteca do Prédio de Pós-Graduação no campus, ou através do e-mail geaalc@gmail.com.

Estão sendo ofertadas 100 vagas para a comunidade acadêmica e o público externo, com investimento de R$ 40 para estudantes e R$ 60 para demais interessados.

A ação visa ainda debater a contribuição da cultura africana na formação da identidade cultural do Brasil, além de identificar a importância e os significados dos penteados no âmbito político, espiritual e social na cultura iorubá.

Para Yeda de Castro, coordenadora do Geaalc, os penteados são um dos fatores relevantes que refletem a resistência da cultura africana.

“Hoje a cabeça se destaca por ser o meio de identificação de um grupo através dos penteados. Nem apontadores históricos como as marcas faciais ou tatuagens exercem tal poder de identificação entre os povos negros africanos. Os penteados se destacam, pois resistem ao impacto da civilização europeia colonizadora”, destaca a coordenadora.

O curso será ministrado pelo pesquisador nigeriano, Babatunde Lawal, da Víginia Commonwealth University (VCU), internacionalmente reconhecido por ser autor de publicações sobre a arte e a diáspora africana.

O Geaalc conta ainda com o apoio do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do campus I da UNEB e da Víginia Commonwealth University.

Informações: Geaalc/Campus I – Tel.: (71) 3117-2417.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Atenção à oportunidade: bolsas de estudos em Coimbra

UFBA abre edital para bolsas na Universidade de Coimbra

A UFBA acaba de abrir edital para seleção de candidatos a 28 bolsas destinadas para estudantes do programa de ações afirmativas para o Programa de Licenciaturas Internacionais CAPES/UC. Os selecionados receberão bolsa de estudos no valor de 600 euros mensais, passagem de ida e volta e seguro saúde durante dois anos em que estudarão na Universidade de Coimbra. Uma vez concluídos os créditos de seu curso, o que inclui cadeiras cursadas aqui e em Portugal, terão dupla titulação de Licenciatura, UFBA e em Coimbra.

Os candidatos devem ser alunos de graduação das áreas de matemática, química, física, biologia, letras, artes e educação física, integrantes do programa de ações afirmativas da UFBA, ter cursado dois semestres de graduação nas áreas citadas ou em bacharelados interdisciplinares e não ter sido agraciado anteriormente com bolsa de estudos, em nível de graduação, em função de programa ou projeto financiado pela CAPES. Estudantes que não integrem o programa de ações afirmativas poderão participar do intercâmbio, mas não poderão concorrer às bolsas.

Inscrições e informações mais detalhadas podem ser obtidas nos colegiados dos respectivos cursos ou através do edital em: http://www.grupocoimbrasil.org.br/anexos/Edital%20PLI.pdf

II Congresso Baiano de Educadores (as) Negros (as) da Bahia

II CONGRESSO BAIANO DE EDUCADORAS(ES) NEGRAS(OS) DA BAHIA

COM KABENGELE MUNANGA

ABERTURA: DIA 23 DE JULHO DE 2010 ás 19.30h

LOCAL; ESPAÇO CULTURAL CÃMARA MUNICIPAL DE SALVADOR

MAIS INFORMAÇÕES PELO E-MAIL - partenegra@gmail.com

REALIZAÇÃO: Coletivo PARTENEGRA

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Bolsa de estudos no Canadá

A ABECAN REPASSA AOS SÓCIOS E SÓCIAS


1º de julho de 2010.


Oportunidades de Bolsas de Estudo no Canadá

Programa Entendendo o Canadá

Processo seletivo 2010-2011

Cinco modalidades de bolsas são oferecidas

A Embaixada do Canadá tem a satisfação de divulgar informações sobre o processo seletivo 2010/2011 para as bolsas de estudo do Programa Entendendo o Canadá: Estudos Canadenses, destinadas às áreas de ciências sociais e humanas, particularmente às disciplinas que favoreçam estudos sobre a sociedade e as instituições canadenses, a política externa canadense e temas das relações bilaterais entre o Canadá e o Brasil.

Há cinco modalidades de bolsas:



1ª) Bolsa de Pesquisa em Estudos Canadenses (Faculty Research Program - FRP / Bourse de Recherche Brésil - BRB) - visa apoiar professores universitários e/ou pesquisadores, com formação mínima de mestrado, que busquem realizar pesquisa de curta duração sobre o Canadá ou sobre aspectos da relação bilateral Brasil-Canadá e publicação em revistas acadêmicas especializadas.



2ª) Bolsa de Especialização em Estudos Canadenses (Faculty Enrichment Program - FEP / Bourse de complément de spécialisation - BCS) - tem por objetivo fortalecer o conhecimento e a compreensão sobre o Canadá por meio do apoio a professores universitários na elaboração de cursos sobre o Canadá, em sua área de especialização, que serão incorporados de forma regular em sua disciplina.



Para ambos os programas, a bolsa consiste em uma contribuição para a aquisição da passagem aérea internacional (máximo de $2.000 dólares canadenses, dependendo da região de destino no Canadá), além de uma subvenção semanal no valor de $900 dólares canadenses para as despesas no Canadá, por um período máximo de quatro semanas.



3ª) Bolsa para Pesquisa de Doutorado (Doctoral Student Research Award - DSRA / Bourses de recherche de doctorat - BRD) - tem por objetivo promover o conhecimento e a compreensão sobre o Canadá e fomentar a pesquisa sobre temas canadenses, através do apoio a estudantes de doutorado, matriculados em uma instituição de ensino superior brasileira, que estejam desenvolvendo teses diretamente relacionadas ao Canadá e desejem realizar sua pesquisa em instituições canadenses. A bolsa consiste em uma contribuição para a aquisição da passagem aérea internacional (máximo de $2.000 dólares canadenses, dependendo da região de destino no Canadá) e uma subvenção mensal de $1.200 dólares canadenses para as despesas de subsistência no Canadá por um período máximo de seis meses, além de um complemento de $300 dólares canadenses, após entrega do relatório de pesquisa à Embaixada do Canadá.



O prazo para apresentação de candidaturas a esses três primeiros programas encerra-se em 14 de novembro de 2010.



4ª) Bolsa Canadá - América Latina - Caribe (Canada - Latin American - Caribbean Awards - CLACA / Bourses Canada - Amérique Latine - Caraïbes - BCALC) - visa apoiar pesquisadores de universidades ou institutos de pesquisas da América Latina e Caribe no desenvolvimento de trabalhos de curta duração, incluindo projetos de pesquisas conjuntos, contribuindo, assim, para a compreensão das relações bilaterais e multilaterais entre o Canadá e a região.



5ª) Redes Internacionais de Pesquisa (International Research Linkages - IRL / Réseaux internationaux de recherche - RIR) - favorece a colaboração internacional e o apoio a equipes de pesquisadores do Canadá e de outros países, com o intuito de organizar seminários ou outras atividades similares que envolvam redes de pesquisa.



O prazo para apresentação de candidaturas a esses dois últimos programas encerra-se em 24 de novembro de 2010.



Instruções comuns a todos os programas:

* os candidatos devem ser fluentes em inglês ou francês, idiomas oficiais do Canadá;
* o dossiê de candidatura deve ser preenchido integralmente em inglês ou francês;
* o dossiê de candidatura deve ser apresentado em cinco vias.

As diretrizes específicas de cada programa, bem como os formulários de inscrição encontram-se disponíveis no sítio www.iccs-ciec.ca.



Só serão consideradas as candidaturas que atenderem aos pré-requisitos dos programas.



Todas as candidaturas deverão ser encaminhadas para o seguinte endereço:



Embaixada do Canadá

Assessoria para Assuntos de Educação

SES - Quadra 803 Lote 16

70410-900 Brasília, DF

Para informações adicionais, favor contatar:



Embaixada do Canadá



Assessoria para Assuntos de Educação

academic.bsb@international.gc.ca ou academique.bsb@international.gc.ca

Tel. (61) 3424-5400 ou 3424-5454 R: 3261



Assessoria de Imprensa

imprensa.bsb@international.gc.ca

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Vídeo 286 15'27" 2010. III Seminário Preconceito na Fala, Preconceito na Cor - Tv UFBA

Vídeo 286
15'27"
2010

Preconceito na Fala, Preconceito na Cor

O III Seminário Preconceito na Fala, Preconceito na cor discutiu questões relacionadas as políticas de identidade no Brasil. O evento contou com a participação do professor da USP, Kabengelê Munanga, que, numa entrevista exclusiva, fez um panorama das políticas de ações afirmativas e falou sobre o preconceito ainda existente na sociedade brasileira.

Parabéns à UFBA

Concerto na Reitoria comemora aniversário da UFBA

A Escola de Música da UFBA (EMUS) promove nesta quinta-feira (1 de julho), às 20h, concerto da Orquestra Sinfônica e do Madrigal da UFBA, apresentando obras duas obras eruditas de John Rutter, "Magnificat" e "Feel the Spirit". Acenísia Azevedo, Lilia Falcão e Vanda Otero participam do concerto como solistas. A apresentação, no Salão Nobre da Reitoria, é parte dos festejos relativos ao Dois de Julho, data em que a UFBA comemora aniversário.