domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aniversário do Rio a Pé

Celebrando de Madrugada o Aniversário do Rio a Pé 
VOCÊ VAI? No primeiro minuto de primeiro de março, 3ª. Feira – roteiro
iniciando os festejos em honra e comemoração aos 446 anos da nossa Olímpica e Maravilhosa Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e de São Jorge Guerreiro  
promoção/apoio: NeghaRIO  – UERJ
Secretaria Municipal de Cultura
Pela primeira vez, em oito anos de Roteiros, contando com Policiamento e a Guarda Municipal
Encontro: Porta principal da Igreja de Nossa Senhora da Candelária. 
Celebrando de Madrugada  o Aniversário do Rio a Pé 
Encontro: 1 de março de 2011 – terça-feira  – primeiro  minuto da madrugada do dia primeiro  de março,   aniversário  da cidade do  Rio  de  Janeiro  junto  à  Porta Principal  da  Igreja da Candelária.     Grátis e a pé    roteirosgeorio@uol.com.br   (21) 8871 7238   Twitter: @roteirosgeorio         www.roteiros.igeog.uerj.br
 Itinerário: Igreja Nossa Senhora da Candelária, Fonte de Luz e de Fé – Os eventos espirituais e políticos em torno do santuário da Candélária – Praça Pio X - Luminoso Centro Cultural Banco do Brasil – Alfândega/Casa França-Brasil do Rio Joanino – O iluminamento do Centro Cultural dos Correios – Rua Primeiro de Março – O foco de luz distante e permanente do Antigo Senado e da Catedral de Benedito e da Senhora do Rosário – O diálogo do Rio Colonial com a Cidade Maravilhosa – O Varandão do Centro Cultural da Justiça Eleitoral – Rua do Ouvidor, logradouro inicial da iluminação a gás e da energia elétrica no espaço coletivo Carioca, de Machado de Assis e Chiquinha Gonzaga, bem como dos primeiros acordes do Carnaval Carioca, das lutas pelo abolicionismo e a República e das Confeitarias e loja s elegantes – O brilho das estrelas Carmen e Aurora Miranda no sobrado da Travessa do Comércio – O  iluminamento da antiga Catedral da Sé/Igreja do Carmo – De volta à claridade do Convento dos Carmelitas – Paço Imperial e da Luminar Isabel de Bourbon e Bragança – Os refletores sobre Tiradentes e ALERJ – Esplanada do Castelo – O brilho e o requinte dos antigos Ministérios da Fazenda, do MEC e a austeridade do Ministério do Trabalho – Luzia dos Santos e Geográficos olhares – A Academia Brasileira de Letras -  As novas Torres da Esplanada do Castelo – O Universo de extrema luminosidade da Cinelândia e seus Majestosos Prédios – A iluminân cia  do toporreabilitado  Theatro Municipal e da Biblioteca Nacional, o Boêmio Amarelinho, a Câmara dos Vereadores/Palácio Pedro Ernesto, o Centro Cultural da Justiça Federal, o eterno e resplandescente Cine Odeon – Metrô, uma sen tinela luminosa a nos conduzir por lunares e ensolaradas Geografias, Avenida Treze de Maio, Esplanada de Santo Antônio, iluminação mutante da Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro .      (21) 8871 7238  www.roteiros.igeog.uerj.br
Encontro: 1 de março de 2011 – terça-feira – 10 horas da manhã, em frente à Igreja de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, na rua Uruguaiana. Grátis e a pé
Itinerário: Igreja das Irmandades Negras de Rosário e Benedito  (abrigou a Catedral de São Sebastião entre 1737 e 1808), templo no qual a Corte Portuguesa agradeceu a viagem bem sucedida em março de 1808 e, mais tarde, tornou-se sede da Câmara – Rua da Vala/Rua Uruguaiana (metrô do Rio de Janeiro) – Rua do Rosário – Igreja de Santa Cruz dos Militares (abrigou a Catedral de São Sebastião de 1734 a 1737) – Rua 1º de Março – Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, da Aclamação de Dom João VI  e do batizado de Isabel de Bourbon e Bragança (abrigou a Catedral de São Sebastião de 1808 a 1976) – Rua Sete de Setembro (antiga Rua do Cano) – a requalificação da Rua da Quitanda – Rua São José – Largo da Carioca – Esplanada de Santo Antônio – Catedral    Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro (sagrada ao final dos anos setenta) – Visitas às referidas Catedrais de São Sebastião do Rio de Janeiro.  www.roteiros.igeog.uerj.br
Encontro: 1 de março de 2011 – terça-feira – 20 horas, no adro da Catedral Presbiteriana (Praça Tiradentes com Rua da Carioca).  Grátis  e  a      (21)  8871 7238
Itinerário: Iluminados prédios da Catedral Evangélica do Rio de Janeiro e Real Gabinete Português de Leitura  – Centro Cultural Carioca – Igreja Nossa Senhora da Lampadosa e da última missa de Tiradentes em vida –Av. Passos – Território da “Daspu” – Praça Tiradentes dos teatros seculares e dos modernos hotéis – Rua da Constituição – Gomes Freire dos hotéis de alta rotatividade – Lavradio dos antiquários e casas de shows de iluminação mutante – Quarteirão Cultural e do Rio Scenarium – Esplanada de Santo Antonio – Largo Braguinha – Mem de Sá dos sobrados exuberantes,  samba de raiz, marchinhas, mambo, funk, rock, travestis  e mitológica malandragem que não mais existe– Seculares e simbólic os Arcos da Lapa – Rua Joaquim Sil va – Escadaria Selaron – Igreja Nossa Senhora do Carmo da Lapa – Sala Cecília Meireles. www.roteiros.igeog.uerj.br (21) 8871 7238 
Encontro: 3 de março de 2011, 5ª. Feira, 9 horas da manhã, na estação do metrô Estácio/ Rio Cidade Nova (em frente à Prefeitura)  www.roteiros.igeog.uerj.br
Itinerário: Metrô Rio - Cidade Nova (os aterros sobre o  mangal de São Diogo, o surgimento da Cidade Nova, o bairro do Mangue e da zona do baixo meretrício, a memória simbólica da prostituição nos logradouros e torres do centro administrativo da Cidade Nova), a monumental Avenida Presidente Vargas, Praça Onze (berço do samba e lugar de diversas manifestações religiosas e culturais dos negros da “Pequena África do Rio de Janeiro”), monumento a Zumbi dos Palmares, Passarela do Samba/ “Sapucaí” /Avenida Darcy Ribeiro (visita),  Terreirão do Samba/palco João da Baiana,  vista para o morro da Favela/Providência,  Escola Tia Ciata,  Igreja de Santana (visita), Casa da Moeda/Arquivo Nacional (visita), Campo de Santana, da Abolição da Escravatura e da Proclamação da República.
Caminhando Entre Luzes no Centro do Rio à Noite
Encontro:  23 de março de  2011 – quarta-feira  – 20 horas  nos degraus da C asa França Brasil.
Itinerário: Luminoso Centro Cultural Banco do Brasil – Alfândega/Casa França-Brasil do Rio Joanino –– Igreja Nossa Senhora da Candelária, Fonte de Luz e de Fé – Oiluminamento do Centro Cultural dos Correios – Rua Primeiro de Março – O foco de luz distante e permanente do Antigo Senado e da Catedral de Benedito e da Senhora do Rosário – O diálogo do Rio Colonial com a Cidade Maravilhosa – O Varandão do Centro Cultural da Justiça Eleitoral – Rua do Ouvidor, logradouro inicial da iluminação a gás e da energia elétrica no espaço coletivo Carioca, de Machado de Assis e Chiquinha Gonzaga, bem como dos primeiros acordes do Carnaval Carioca, das lutas pelo abolicionismo e a República e das Confeitarias e loja s elegantes – O brilho das estr elas Carmen e Aurora Miranda no sobrado da Travessa do Comércio – O iluminamento da antiga Catedral da Sé/Igreja do Carmo – De volta à claridade do Convento dos Carmelitas – Paço Imperial e da Luminar Isabel de Bourbon e Bragança – Os refletores sobre Tiradentes e ALERJ – Esplanada do Castelo – O brilho e o requinte dos antigos Ministérios da Fazenda, do MEC e a austeridade do Ministério do Trabalho – Luzia dos Santos e Geográficos olhares – A Academia Brasileira de Letras -  As novas Torres da Esplanada do Castelo – O Universo de extrema luminosidade da Cinelândia e seus Majestosos Prédios – A iluminância  do toporreabilitado  Theatro Municipal e da Biblioteca Nacional, o Boêmio Amarelinho, a Câmara dos Vereadores/Palácio Pedro Ernesto, o Centro Cultural da Justiça Federal, o eterno e resplandescente Cine Odeon – Metrô, uma sentinela luminosa a nos conduzir por lunares e ensolaradas Geografias.
 (Re)Conhecendo o Centro do Rio a Pé
Encontro: 27 de março de 2011 – domingo – 9 horas e 55 minutos no alto do Morro de São Bento -  Rua Dom Gerardo, 42 5º andar  www.roteiros.igeog.uerj.br   (21) 8871 7238  
Itinerário: Mosteiro de São Bento (assiste-se a cinco minutos da missa com cantos gregorianos), Vista Panorâmica da Praça Mauá, Área Portuária e Baía de Guanabara, Av. Rio Branco, Largo de Santa Rita/ Largo da Sardinha, Rua Teófilo Otoni (e de Lamartine Babo), Av, Presidente Vargas, Igreja Nossa Senhora da Candelária (visita), Centro Cultural Banco do Brasil (intervalo de 15 minutos), Centro Histórico Beira-Mar, Rua Buenos Aires, Beco das Cancelas, Rua do Ouvidor, Travessa do Comércio/ sobrado de Aurora e Carmen Miranda, Praça XV, Paço Imperial e de Isabel de Orleans e Bragança (somente maquete do Centro do Rio e janela da anunciação da assinatura da Lei Áurea), Palácio Tiradentes/ALERJ,  Rua São José, Largo da Carioca, o diálogo do Rio Co lonial com a Cidade Maravilhosa
Roteiros Geográficos do Rio - Projeto da UERJ
NeghaRIO  – UERJ - Secretaria Municipal de Cultura
Projeto de extensão da Universidade do Estado do Rio de Janeiro    - Roteiros a pé e grátis – com tempo chuvoso, roteiros cancelados
(21) 8871 7238  -  grátis
Coordenação:   Prof.  Dr.  João Baptista  Ferreira  de Mello
Bolsistas:  Ruan Rocha,  Ricardo Brenelli,  Renato Carvalho
Mestrandos Colaboradores:  Profs. Ivo Venerotti;    Melissa Anjos e Olga  Maíra  Figueiredo
(integrantes do NeghaRIO  –  IGEOG    UERJ)
NeghaRIO – Núcleo de Estudos sobre Geografia Humanística, Artes e Cidade do Rio de Janeiro
Instituto de Geografia
Apoio Institucional:  SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA
UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Com o apoio institucional da
SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA
————————————————————————————
TV GLOBO - ROTEIRO NOTURNO NO CENTRO DO RIO A PÉ - UERJ - JORNAL DA GLOBO
————————————————————————————
ROTEIRO DAS LUZES NA CAPA DA UOL, EM 10 DE SETEMBRO DE 2009
O “Roteiro das Luzes”, iniciativa do Departamento de Geografia da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), conduz turistas e moradores da cidade para um passeio histórico pela região central. Monumentos, igrejas e prédios históricos estão no passeio gratuito que dura cerca de duas horas. Reportagem: André Naddeo.
————————————————————————————
ROTEIRO NOTURNO NO CENTRO DO RIO A PÉ – TV BRASIL
————————————————————————————
TV GLOBO - ROTEIRO NOTURNO NO CENTRO DO RIO A PÉ - UERJ - JORNAL DA GLOBO - 19/05/2009
————————————————————————————
JORNAL DA GLOBO – REDE GLOBO DE TELEVISÃO 19/05/2009
————————————————————————————
NEGRAS GEOGRAFIAS 13.05.2008 TV BRASIL
————————————————————————————
JORNAL O GLOBO - 25 DE AGOSTO DE 2009 - Caminhada conta a história da cidade a partir de suas luzes
————————————————————————————
————————————————————————————
TV BRASIL
ROTEIROS GEOGRÁFICOS PREPARA MARATONA 28.02.2007
————————————————————————————
JORNAL DO BRASIL - CENTRO BRILHA À NOITE - PROJETO DA UERJ PERCORRE do CENTRO DO RIO
————————————————————————————
445 anos de RIO – PORTAL DO GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
————————————————————————————
Matéria realizada pela TV UERJ On-line, da Faculdade de Comunicação Social (FCS), 15 de novembro de 2009. Roteiro “Celebrando os 120 Anos de República – a Ordem e o Progresso na Geografia do Rio”.
————————————————————————————
————————————————————————————
————————————————————————————
Bandnews:
————————————————————————————
RADIO MEC - ROTEIROS NO VIRADÃO CARIOCA
————————————————————————————
Rádio MEC - ROTEIROS GEOGRÁFICOS NO VIRADÃO CARIOCA
————————————————————————————
————————————————————————————
————————————————————————————
————————————————————————————
http://visaocarioca.com.br/?p=9989 SITE VISÃO CARIOCA 2010
————————————————————————————
————————————————————————————
————————————————————————————
————————————————————————————
————————————————————————————



http://odia.terra.com.br/portal/opiniao/html/2011/1/olga_figueiredo_200_anos_de_historia_135613.html     JORNAL O DIA CEMITÉRIO DOS INGLESES (OLGA FIGUEIREDO - do NeghaRIO - mestranda do Instituto de Geografia - UERJ )

 http://odia.terra.com.br/portal/opiniao/html/2011/1/joao_baptista_ferreira_de_mello_sao_sebastiao_do_rio_de_janeiro_138469.html    Jornal O DiaOnline   e   Jornal O Dia (impresso) 19.01.2011 p. 20 - de João Baptista Ferreira de Mello - coordenador do NeghaRIO e dos Roteiros Geográficos do Rio - IGEOG – UERJ
 http://www.youtube.com/watch?v=vuyWRIvSmCc Roteiro Noturno 25.01.2011 (registrado por um participante)
Rio Best City – honraria conferida pela revista inglesa Wallpaper (fevereiro 2011) ao Rio de Janeiro – melhor cidade do mundo
A Outra Margem do Rio 22.02.2011 de João Baptista Ferreira de Mello – jornal O Dia impresso e online http://odia.terra.com.br/portal/opiniao/html/2011/2/joao_baptista_ferreira_de_mello_a_outra_margem_do_rio_145913.html
 Projeto ROTEIROS GEOGRÁFICOS DO RIO (a pé e grátis)
empenhado em reverenciar  a nossa
OLÍMPICA E MARAVILHOSA CIDADE DE  SÃO  SEBASTIÃO  DO  RIO  DE JANEIRO E DE SÃO JORGE GUERREIRO
Menção Honrosa categoria Educação e Cultura
Prêmio Mobilidade Urbana da FETRANSPOR
### ROTEIROS GEOGRÁFICOS DO RIO
procurando contribuir para a auto-estima do carioca e participando das campanhas
. Conserve  sua cidade limpa. Não jogue nada no chão do nosso lar / lugar, o Rio de São Sebastião. 
. pela realização do certame Miss Universo 2012 no Maracanãzinho. O concurso é assistido por um bilhão de pessoas em todo  Planeta.
. pela mudança do nome da estação do metrô Presidente Vargas para estação São Jorge Guerreiro
Cel. (21) 8871 7238            roteirosgeorio@uol.com.br         
Twitter: @roteirosgeorio          www.roteiros.igeog.uerj.br


--
Equipe Mil Anos de MPB na UERJ

Que país é este?

 
Que país é este?
 
 
 
ABSURDO!!



>
> ________________________________________
> Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou
> recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima.
> Trata- se de um Brasil que a gente não conhece.
>
> As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um
> pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um
> relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.
>
> Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até
> pessoas com um mínimo de instrução.
>
> Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a
> verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem
> razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e
> por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra.
>
> Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária
> pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos
> os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro) ou a
> pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.
>
> Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território
> roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%,
> descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se
> cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.
>
> Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus,
> cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva
> indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00
> da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com
> autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam
> incomodados.
>
> Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos,
> europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90%
> dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.
>
> Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não tem uma
> autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A
> maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a
> maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas
> reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum
> se encontrar por aqui americano tipo nerd com cara de quem não quer nada,
> que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas,
> pasme, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas
> típicas como cupuaçu, açaí. camu-camu etc., medicinais ou componentes
> naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar
> 'royalties' para empresas
> japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da
> Amazônia...
>
> Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os
> americanos vão acabar tomando a Amazônia. E em todas elas ouvi a mesma
> resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora
> simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
>
> 'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam
> tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar
> essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando
> determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser
> a mesma coisa'.
>
> A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é
> um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena.
> O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos
> indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande
> base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa
> parceria com o governo colombiano com o pseudo
> objetivo de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota
> de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas
> e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de
> estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou
> japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). .. Dizem que tem muito
> colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil
> comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.
>
> Pergunto inocentemente às pessoas: porque os americanos querem tanto
> proteger os índios ? A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras
> indígenas além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são
> extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas
> em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte
> de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO..
>
> Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a
> alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma
> autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.
>
> É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá
> diminuir de tamanho.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

'Prefeito de Manaus diz a moradora 'Minha filha, então, morra, morra'

Informação do seu jeito
Instituto Míd…
Conferir o vídeo 'Prefeito de Manaus diz a moradora 'Minha filha, então, morra, morra'.'

Prefeito de Manaus diz a moradora 'Minha filha, então, morra, morra'.
Prefeito de Manaus diz a moradora 'Minha filha, então, morra, morra'.
O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, discutiu com uma moradora de uma área de risco na manhã desta segunda-feira (21). Ele foi ao local...
Link do vídeo:
Prefeito de Manaus diz a moradora 'Minha filha, então, morra, morra'.

Sobre Correio Nagô
A oralidade ancestral africana foi um dos elementos inspiradores para a criação do nosso portal.
Correio Nagô 4069 membros
7931 fotos
592 videos
100 tópicos
270 eventos
1180 postagens no blog
 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Indígenas Pataxó expõem situação caótica na saúde indígena na Bahia


  24/02/2011 - 14:58 - Informe nº952: Indígenas Pataxó expõem situação caótica na saúde indígena na Bahia
Segundo eles, terras indígenas na região não têm nenhum posto de saúde ou atendimento médico. O grupo exige atuação urgente da Sesai

Por Maíra Heinen
Assessoria de Comunicação -  Cimi

Crianças morrendo por verminoses, idosos por hipertensão, grávidas perdendo seus bebês ou morrendo em trabalho de parto. Situações como estas foram relatadas pelos pataxó, ontem (23), durante reunião com o secretário Nacional de Saúde Indígena, Antônio Alves, no Ministério da Saúde, em Brasília. A comissão de lideranças indígenas do sul da Bahia veio exigir que o quadro de atendimento à saúde indígena mude o mais rápido possível na região. As consequências do mau atendimento são arrasadoras.

Antônio Alves iniciou a audiência apresentando o quadro situacional que pegou ao se tornar secretário em outubro do ano passado. Segundo ele, a transição do atendimento à saúde indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) acontece até abril e até lá, a Fundação ainda tem obrigações a cumprir para com os indígenas, até pela falta de orçamento da Secretaria neste início de ano. Porém, de acordo com Alves, isso não vem acontecendo. 

Ele ressaltou que o quadro de saúde em áreas indígenas em todo o Brasil é caótico e dramático e que a Funasa, ao invés de ajudar, vem fomentando movimentos contra a nova Secretaria. “Há aldeias que não recebem visitas de equipes de saúde há vários meses, servidores contratados precariamente, sem garantia de continuidade do serviço; faltam médicos, o saneamento está sucateado”. Ele lembrou também as condições dos indígenas Xavante e dos que vivem no Vale do Javari, que estão morrendo por falta de assistência e por precariedade em estruturas de saneamento básico. Para a Bahia, o secretário afirmou que deve construir um plano de intervenção, pois sabe que a falta de ações efetivas e indefinições no governo afetam muito mais os povos indígenas.

Realidades cruéis

Várias lideranças fizeram relatos de suas realidades, citando perdas de parentes por falta de carros e de atendimentos de urgência. Aruã Pataxó lembrou que nenhuma terra indígena no Sul da Bahia tem atendimento médico ou posto de saúde. Também informou que dos 16 carros destinados a atendimento, 14 estavam quebrados e os dois que sobraram são para atender cerca de 15 mil índios. “Queremos que o senhor dê encaminhamento às ações de saúde o mais urgente possível. O senhor explicou o quadro caótico, mas nós na base é que sentimos na pele as consequências. A doença não espera que o medicamento chegue ou que o governo tome decisões”, afirmou o cacique.

Na maioria dos depoimentos indígenas, falou-se na exoneração do responsável pelo Dsei da Bahia, Jorge Araújo. “Isso já foi muito discutido. Nós não queremos esse homem no Dsei, porque ele porque ele não faz uma boa gestão”, disse Aruã. Valmir Pataxó, que é conselheiro local de saúde, também pediu a saída do superintendente. "A Sesai precisa tomar providências urgentes. Até quando vamos esperar?".

Aratikum Pataxó afirmou que o governo só não toma providências porque seus integrantes têm, juntamente com suas famílias, atendimento diferenciado na saúde. “Se algum governante passasse 24 horas numa aldeia ia perceber o que a gente passa. O Brasil está se desenvolvendo apenas para alguns: é avançado para grandes empresários e políticos, mas nós não passamos de pobres, miseráveis!”, ressaltou.

Muitos indígenas lembraram que são 511 anos de história vergonhosa e que a história vem se repetindo em pleno século XXI. “Será que o diretor da Funasa teria coragem de tomar a água contaminada que a gente bebe?” questionou Aratikum. “Nós queremos uma mudança real na saúde, pois o governo não criou a secretaria só para criar cargos, mas para apresentar serviços de qualidade”, finalizou.

Encaminhamentos

Muitas ações que deverão ser tomadas ainda dependem do decreto de orçamento da União, que deve ser publicado até o final da próxima semana, como ressaltou o secretário de saúde. O montante para a saúde indígena deverá ser de 640 milhões. Segundo Alves, a partir desta aprovação orçamentária, poderá ser criado o pólo base de Itamaraju, mas até a sexta-feira (25) será definida uma data para que um representante da secretaria vá à Bahia, veja um imóvel na região que possa ser a sede do pólo. A secretaria também deverá mapear a região e definir, juntamente com os indígenas, o melhor local para se construir uma Casa de Saúde Indígena (Casai).

Sobre a falta de veículos, a Sesai explicou que existem oito veículos parados esperando emplacamento no pátio da Funasa, em Salvador. O secretário se prontificou a ligar para o governador da Bahia para liberar os emplacamentos o mais rápido possível. Além dos oito, ainda há quatro veículos para serem entregues ao Dsei da Bahia e também veículos a serem consertados para voltarem a trabalhar, o que deverá acontecer após a liberação do orçamento.

Na reunião foi solicitado que Luzia Pataxó, indígena técnica de enfermagem que acompanhava a reunião, fosse cedida da prefeitura de Porto Seguro (onde é servidora), para a Sesai, a fim de que ajude no atendimento de seus parentes indígenas. Antônio Alves assegurou que o pedido será feito à prefeitura de Porto Seguro ainda nesta quinta-feira.

Outras orientações foram tomadas, como a realização de um seminário sobre a saúde indígena na Bahia (ainda sem data provável), a atuação do projeto de saúde bucal “Brasil Sorridente” nas aldeias da Bahia, campanhas sobre saúde mental e contra o uso de drogas, entre outras.

Ao final da reunião, Antônio Alves afirmou que possivelmente até segunda-feira terá um nome para ser interventor no Dsei da Bahia e que Jorge Araújo deverá sair, se esta é a vontade dos povos indígenas da região.

Depois de quatro horas de reunião, os indígenas saíram satisfeitos e declararam: “Secretário, estamos dando a você um voto de confiança porque temos esperança que a situação pode mudar!”. E a saúde não pode aguardar muito.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

XIII Curso de Difusão Cultural CEA/USP “Introdução aos Estudos de África” (Difusão - com nota - 39h)

XIII Curso de Difusão Cultural CEA/USP “Introdução aos Estudos de África”
(Difusão - com nota - 39h)

PERÍODO: de 16 de março a 15 de junho de 2011, às quartas-feiras, das 19 às 22h
(não haverá aula no dia 20.04)

PÚBLICO-ALVO: Professores de Ensino Fundamental e Médio das Redes Pública e Particular e interessados em geral.
VAGAS: 100 (mínimo de 60 pagantes)
SORTEIO DE BOLSAS
INSCRIÇÃO: COMUNIDADE USP: 23 e 24/02/2011 (pela INTERNET)
INSCRIÇÃO: COMUNIDADE EXTERNA 22 a 24/02/2011 (pessoalmente)

RESULTADO PARA AMBOS: 28/02/2011

PÚBLICO-ALVO PARA O SORTEIO: Comunidade USP e 3ª idade
Sendo: 1 docente, 1 discente, 1 funcionário, 3 para 3ª idade e 2 para OUTROS (ver OBSERVAÇÕES 3, 4 e 5)

OBSERVAÇÃO:

1. O sorteio não garante a vaga, devendo a pessoa contemplada (ou seu representante) comparecer no dia de matrícula.

2. Categoria OUTROS: a inscrição somente no CEA/USP, pessoalmente ou por procuração;

3. Documentos necessários para INSCRIÇÃO: pedido fundamentado; currículo atualizado completo com dados pessoais, etc.; cópia da última declaração de rendimentos; e, assinatura de termo de compromisso (caso seja contemplado);

4. CEA: Av. Prof. Luciano Gualberto, 315, sala 1087 - das 14 às 19h - 2ª à 6ª feira - tel. 3091-3744 - cea@usp.br).


MATRÍCULA
DATA: 28.2 a 04.03.2011
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA MATRÍCULA:
- apresentar carteirinha USP ou holerite (no caso de comunidade USP e Professores);
- RG (data de expedição) e CPF; - endereço e telefone.
- Categoria OUTROS direto com o CEA/USP (cea@usp.br/3091.3744): pedido fundamentado; currículo atualizado com dados pessoais, etc.; cópia da última declaração de rendimentos; termo de compromisso.

LOCAL: Serviço de Cultura e Extensão Universitária
Prédio da Diretoria e Administração da FFLCH, sala 126
Rua do Lago nº 717 - em frente a Faculdade de Arquitetura - FAU
Atendimento: de 2ª a 6ª feira, das 9 às 11h30 e das 13 às 16h30
Contato: Site: www.sce.fflch.usp.br – e-mail: agenda@usp.br – (11) 3091-4645

OBSERVAÇÕES:
2. Não efetuaremos matrículas fora do prazo estipulado;
3. Não efetuaremos matrícula por telefone e e-mail;
4. As matrículas serão feitas por ordem de chegada;
5. O sorteio para vagas gratuitas não garante a vaga, devendo a pessoa contemplada (ou seu representante) comparecer no dia de matrícula

VALOR

À VISTA CATEGORIA
180,00 Interessados em geral.
162,00 Graduandos e pós-graduandos da FFLCH.
90,00 Professores Ativos da Rede Pública, maiores de 60 anos, monitores bolsistas e estagiários da FFLCH.
Gratuito Docentes e Funcionários da FFLCH.

MATERIAL DIDÁTICO (não incluso): Será informado pelo professor no 1º dia de aula.
OBSERVAÇÃO:
1. O pagamento será mediante boleto bancário impresso no ato da matrícula;
2. Não haverá devolução da taxa após o início do curso;
3. Os descontos serão concedidos mediante solicitação do interessado e comprovação da categoria a que pertence (apresentação da carteirinha USP ou holerite).

PROGRAMA E OBJETIVO

PROGRAMA:

1ª aula (16/03) – Prof. Kabengele Munanga
Apresentação do curso / objetivos / conteúdo / metodologia / bibliografia / corpo docente / questões práticas (operacionalização e funcionamento do curso)

2ª aula (23/03/2011)
Prof. Dr. Maurício Waldman
Aspectos da Geografia e da Geopolítica Africana

3ª aula (30/03/2011)
Profª Drª Dilma de Melo Silva
Artes e Sociedades Africanas

4ª aula (06/04/2011)
Profª Drª Tânia Macedo
Literatura e Sociedades Africanas

5ª aula (13/04/2011)
Profª Drª Margarida Petter
Línguas Africanas / Características gerais / Diversidade e Famílias Lingüísticas

6ª aula (27/04/2011)
Prof. Dr. Ismael Giroto
Uma visão do Mundo Africano

7ª aula (04/05/2011)
Prof. Dr. Kabengele Munanga
Sociedade, poder e política

8ª aula (11/05/2011)
Prof. Dr. Maurício Waldman
Escravidão e Resistência

9ª aula (18/05/2011)
Prof. Dr. Carlos Subuhana
Ocupação e Situação Colonial

10ª aula (25/05/2011)
Prof. Dr. Carlos Subuhana
Lutas de Libertação

11ª aula (01/06/2011)
Profª Drª Tânia Macedo
Movimentos Culturais e Literários

12ª aula (08/06/2011)
Prof. Dr. Kabengele Munanga
Independência e Construção da Nação
Problemas da África Contemporânea / Construção da Nacionalidade / Etnicidade /
Origens das Violências e dos Conflitos Políticos

13ª aula (15/06/2011)
Avaliação
Prof. Dr. Kabengele Munanga
Palestra de Encerramento


OBJETIVO: Difusão do conhecimento do Continente Africano por meio da capacitação de professores de ensino fundamental e médio das redes pública e particular e interessados em geral, possibilitando o aprendizado de aspectos da história e da cultura africana que serão transmitidos durante as aulas e apreendidos pelos alunos, o que possibilitará discussões mais aprofundadas sobre a temática e a (re)construção da história de África.

OUTRAS INFORMAÇÕES
COORDENAÇÃO: Prof. Dr. Kabengele Munanga, da FFLCH/USP.
VICE-COORDENAÇÃO: Prof. Dr. Carlos Moreira Henriques Serrano, da FFLCH/USP.
PROMOÇÃO: Centro de Estudos Africanos, da FFLCH/USP.

CERTIFICADO: Para fazer jus ao certificado de extensão o aluno precisa alcançar o mínimo de 85% de presença e nota 5,0.

LOCAL DO CURSO: Prédio de Filosofia e Ciências Sociais, Av. Prof. Luciano Gualberto, 315 - sala a confirmar.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

MANIFESTO PELOS DIREITOS DAS MULHERES INDIGENAS BRASILEIRA


MANIFESTO PELOS DIREITOS DAS MULHERES INDIGENAS BRASILEIRAS

 
 
Nós Mulheres Indígenas, Lutamos pela efetivação de construção as políticas públicas voltadas às mulheres indígenas, na demarcação das terras, na educação diferenciada, na saúde de qualidade para a mulher e a criança indígena, Entendemos que devemos ser incluídas nos espaços públicos do qual estamos excluídas há muitos séculos. Acreditamos sermos as verdadeiras agentes de transformação, contribuindo assim para a construção de um mundo mais justo e fraterno. Pela valorização das mulheres indígenas, elencamos 13 diretrizes para contribuir com o novo governo para a realização das ações afirmativas. 13 DIRETRIZES DA MULHER INDÍGENA - EMPODERAMENTO, AUTONOMIA, PROTAGONISMO, EQÜIDADE DE GENERO 1 – Criação da SUBSECRETARIA DA MULHER INDÍGENA no Governo Federal e nomear uma MULHER INDIGENA para essa FUNÇÃO, com AUTONOMIA FINANCEIRA, para desenvolver projetos sociais para os POVOS INDÍGENAS 2 – Assegurar maior REPRESENTAÇÃO da MULHER INDÍGENA no Governo, com a inclusão efetiva da mulher em instancias de poder, como nos Conselhos Consultivos, Ministérios e Secretarias. 3 – Assegurar a PARTICIPAÇÃO da MULHER INDÍGENA nos processos de decisões que afetem seus interesses e demandas. 4 – Garantir 30% de VAGAS à mulher indígena nas FUNÇÕES E CONCURSOS PÚBLICOS. 5 – Criar o PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL da MULHER e da CRIANÇA INDIGENA 6 – Garantir saúde de qualidade com a criação do “PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAUDE da mulher e da criança indígena”. 7 – Demarcação e apoio à GESTÃO TERRITORIAL, POLÍTICA E ECONÔMICA das TERRAS INDIGENAS. 8 – Planejamento, Desenvolvimento e implementação de PROJETOS ESPECÍFICOS E AUTO-SUSTENTÁVEIS para a mulher indígena. 9 – ERRADICAÇÃO do ANALFABETISMO e inclusão de PROGRAMAS EDUCACIONAIS, bem como acesso efetivo à EDUCAÇAO SUPERIOR e CULTURAIS para as MULHERES INDIGENAS. 10 - POLITICAS PÚBLICAS EFETIVAS voltadas para as Mulheres Indígenas, como a QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, CURSOS DE INFORMÁTICA NAS ESCOLAS INDIGENAS. Amplo acesso às UNIVERSIDADES. 11 – Criação de PROGRAMAS DE VALORIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL para a inserção no MERCADO DE TRABALHO COMO PROFISSIONAIS, GERAÇÃO DE RENDA E EMPREGO para as Mulheres Indígenas. 12 - Criação de PROJETOS DE ESPORTE E LAZER nas Comunidades Indígenas para o combate a todo tipo de violência contra a mulher e criança indígena. 13 – Fortalecimentos e estimulo à palavra da Mulher Indígena como fator relevante sobre as questões familiares, comunitárias e culturais da sociedade nacional. “a palavra da mulher é sagrada como a terra” (palavras de um sábio líder indígena) CONAMI - Conselho Nacional de Mulheres Indígenas - Articulação, Promoção, Apoio e Defesa O Conselho Nacional de Mulheres Indígenas - CONAMI, criado em 23 de setembro de 1995, é uma entidade da sociedade civil, atua com equipes itinerantes nas diversas comunidades indígenas, lutando pelo protagonismo, autonomia e pela eqüidade de gênero, com acesso de oportunidades. Missão: Articular, defender, promover e apoiar a luta pelos direitos das mulheres indígenas, instrumentalizando-as no conhecimento das leis para o enfrentamento da violência, do racismo, discriminação e o preconceito, para que as mulheres sejam respeitadas e valorizadas na sua forma de vida tradicional e cultural, para que atuem em espaços de diálogo junto aos gestores públicos, buscando uma melhoria na qualidade de vida. CONAMI - Conselho Nacional de Mulheres Indígenas: Articulação, Promoção, Apoio e Defesa

Sign petition

 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Novo Projeto de Lei quer alterar artigo do Ensino Religioso

Novo Projeto de Lei quer alterar artigo do Ensino Religioso
 
Logo após o reinicio dos trabalhos da Câmara Federal, o Ensino Religioso já é alvo de novo projeto de Lei. A proposição é de autoria do Dep. Marco Feliciano, pastor presidente da Igreja Assembléia de Deus de Orlândia/SP.
O Projeto visa alterar caput do artigo 33 da Lei n.º 9.394/96 e propõe outro artigo que discorre sobre o exercício da docência do Ensino Religioso.
De acordo com a matéria divulgada no site oficial do Dep. Pastor Marco Feliciano (http://www.marcofeliciano2010.com.br/?p=583), o referido projeto é parte de uma “[...] campanha que pretende atingir todas as pessoas que se preocupam com a formação básica da primeira infância e dá o nome a ela de PAPAI DO CÉU NA ESCOLA”. Segundo ele, a “[...] falta do respeito para com os educadores bem como a violência dentro das escolas mostra que a moral,  a ética e o respeito ao próximo são valores ignorados, por isso precisamos resgatar o ensino religioso em nosso país, e isto de maneira sábia, simples e coerente”.
Visualize em anexo, na íntegra, o Projeto de Lei nº 309/2011.
Solicito aos leitores do blog fala neguinho(a), expor suas idéias, e enviar sugestões para o e-mail fmlima10@bol.com.br, a fim de verificar se a proposição é pertinente ou não à trajetória histórica de implementação do Ensino Religioso como componente curricular, que assegure o respeito à diversidade religiosa, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
Fernando Lima – Mestrando em Crítica Cultural da UNEB
Fonte: Câmara dos Deputados

Ministério Público quer pena máxima para matador de índio

O Estado de S. Paulo, estadao.com.br,  20/2/2011 21:28
Ministério Público quer pena máxima para matador de índio
O Ministério Público Federal vai pedir pena máxima para os acusados do assassinato do líder indígena guarani-kaiowa Marcos Veron. 'O Ministério Público vai com toda a sua força (contra os réus) porque matar alguém a coronhadas é muito grave, especialmente quando a vítima tem 72 anos de idade e está indefesa e quando os acusados não respeitam nem crianças e nem mulheres grávidas', assevera o procurador regional da República em São Paulo, Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, que vai fazer a acusação perante júri popular.
O julgamento terá início hoje, às 11 horas, e deve se prolongar até a próxima semana, sob a presidência da juíza Paula Mantovani, da 1.ª Vara Criminal Federal. O crime ocorreu em janeiro de 2003 no município de Juti, região de Dourados, Mato Grosso do Sul. O júri foi transferido para a Justiça Federal em São Paulo para evitar pressões de fazendeiros que não toleram a ação das comunidades indígenas.
Estevão Romero, Carlos Roberto dos Santos e Jorge Cristaldo Insabralde são os réus. Eles trabalhavam na fazenda Brasília do Sul, reivindicada pelos índios. A procuradoria os acusa de tentativa de homicídio qualificado, por seis vezes, e homicídio qualificado - motivo torpe e meio cruel. Também foram denunciados por tortura, sequestro e formação de quadrilha.
'Vamos pedir a pena máxima em razão da crueldade do crime, o que significa mais de 30 anos de prisão', disse o procurador, há 15 anos na carreira. Gonçalves também foi procurador regional eleitoral. Atuará com ele o procurador da República Marco Delfino de Almeida. Em julgamento, na sua avaliação, não estão apen

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Carta ao Ziraldo - O Racismo Explícito de Lobato

http://www.idelberavelar.com/archives/2011/02/carta_aberta_ao_ziraldo_por_ana_maria_goncalves.php


Carta Aberta ao Ziraldo, por Ana Maria Gonçalves

Caro Ziraldo,
Olho a triste figura de Monteiro Lobato abraçado a uma mulata, estampada nas camisetas do bloco carnavalesco carioca "Que merda é essa?" e vejo que foi obra sua. Fiquei curiosa para saber se você conhece a opinião de Lobato sobre os mestiços brasileiros e, de verdade, queria que não. Eu te respeitava, Ziraldo. Esperava que fosse o seu senso de humor falando mais alto do que a ignorância dos fatos, e por breves momentos até me senti vingada. Vingada contra o racismo do eugenista Monteiro Lobato que, em carta ao amigo Godofredo Rangel, desabafou: "(...)Dizem que a mestiçagem liquefaz essa cristalização racial que é o caráter e dá uns produtos instáveis. Isso no moral – e no físico, que feiúra! Num desfile, à tarde, pela horrível Rua Marechal Floriano, da gente que volta para os subúrbios, que perpassam todas as degenerescências, todas as formas e má-formas humanas – todas, menos a normal. Os negros da África, caçados a tiro e trazidos à força para a escravidão, vingaram-se do português de maneira mais terrível – amulatando-o e liquefazendo-o, dando aquela coisa residual que vem dos subúrbios pela manhã e reflui para os subúrbios à tarde. E vão apinhados como sardinhas e há um desastre por dia, metade não tem braço ou não tem perna, ou falta-lhes um dedo, ou mostram uma terrível cicatriz na cara. “Que foi?” “Desastre na Central.” Como consertar essa gente? Como sermos gente, no concerto dos povos? Que problema terríveis o pobre negro da África nos criou aqui, na sua inconsciente vingança!..." (em "A barca de Gleyre". São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1944. p.133).


27_MHG_camisa_do_que_m_e_essa%20%281%29.jpg


Ironia das ironias, Ziraldo, o nome do livro de onde foi tirado o trecho acima é inspirado em um quadro do pintor suíço Charles Gleyre (1808-1874), Ilusões Perdidas. Porque foi isso que aconteceu. Porque lendo uma matéria sobre o bloco e a sua participação, você assim o endossa : "Para acabar com a polêmica, coloquei o Monteiro Lobato sambando com uma mulata. Ele tem um conto sobre uma neguinha que é uma maravilha. Racismo tem ódio. Racismo sem ódio não é racismo. A ideia é acabar com essa brincadeira de achar que a gente é racista". A gente quem, Ziraldo? Para quem você se (auto) justifica? Quem te disse que racismo sem ódio, mesmo aquele com o "humor negro" de unir uma mulata a quem grande ódio teve por ela e pelo que ela representava, não é racismo? Monteiro Lobato, sempre que se referiu a negros e mulatos, foi com ódio, com desprezo, com a certeza absoluta da própria superioridade, fazendo uso do dom que lhe foi dado e pelo qual é admirado e defendido até hoje. Em uma das cartas que iam e vinham na barca de Gleyre (nem todas estão publicadas no livro, pois a seleção foi feita por Lobato, que as censurou, claro) com seu amigo Godofredo Rangel, Lobato confessou que sabia que a escrita "é um processo indireto de fazer eugenia, e os processos indiretos, no Brasil, 'work' muito mais eficientemente".
Lobato estava certo. Certíssimo. Até hoje, muitos dos que o leram não vêem nada de errado em seu processo de chamar negro de burro aqui, de fedorento ali, de macaco acolá, de urubu mais além. Porque os processos indiretos, ou seja, sem ódio, fazendo-se passar por gente boa e amiga das crianças e do Brasil, "work" muito bem. Lobato ficou frustradíssimo quando seu "processo" sem ódio, só na inteligência, não funcionou com os norte-americanos, quando ele tentou em vão encontrar editora que publicasse o que considerava ser sua obra prima em favor da eugenia e da eliminação, via esterilização, de todos os negros. Ele falava do livro "O presidente negro ou O choque das raças" que, ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, país daquele povo que odeia negros, como você diz, Ziraldo, foi publicado no Brasil. Primeiro em capítulos no jornal carioca A Manhã, do qual Lobato era colaborador, e logo em seguida em edição da Editora Companhia Nacional, pertencente a Lobato. Tal livro foi dedicado secretamente ao amigo e médico eugenista Renato Kehl, em meio à vasta e duradoura correspondência trocada pelos dois: “Renato, tu és o pai da eugenia no Brasil e a ti devia eu dedicar meu Choque, grito de guerra pró-eugenia. Vejo que errei não te pondo lá no frontispício, mas perdoai a este estropeado amigo. (...) Precisamos lançar, vulgarizar estas idéias. A humanidade precisa de uma coisa só: póda. É como a vinha".
Impossibilitado de colher os frutos dessa poda nos EUA, Lobato desabafou com Godofredo Rangel: "Meu romance não encontra editor. [...]. Acham-no ofensivo à dignidade americana, visto admitir que depois de tantos séculos de progresso moral possa este povo, coletivamente, cometer a sangue frio o belo crime que sugeri. Errei vindo cá tão verde. Devia ter vindo no tempo em que eles linchavam os negros." Tempos depois, voltou a se animar: "Um escândalo literário equivale no mínimo a 2.000.000 dólares para o autor (...) Esse ovo de escândalo foi recusado por cinco editores conservadores e amigos de obras bem comportadas, mas acaba de encher de entusiasmo um editor judeu que quer que eu o refaça e ponha mais matéria de exasperação. Penso como ele e estou com idéias de enxertar um capítulo no qual conte a guerra donde resultou a conquista pelos Estados Unidos do México e toda essa infecção spanish da América Central. O meu judeu acha que com isso até uma proibição policial obteremos - o que vale um milhão de dólares. Um livro proibido aqui sai na Inglaterra e entra boothegued como o whisky e outras implicâncias dos puritanos". Lobato percebeu, Ziraldo, que talvez devesse apenas exasperar-se mais, ser mais claro em suas ideias, explicar melhor seu ódio e seu racismo, não importando a quem atingiria e nem por quanto tempo perduraria, e nem o quão fundo se instalaria na sociedade brasileira. Importava o dinheiro, não a exasperação dos ofendidos. 2.000.000 de dólares, ele pensava, por um ovo de escândalo. Como também foi por dinheiro que o Jeca Tatu, reabilitado, estampou as propagandas do Biotônico Fontoura.
Você sabe que isso dá dinheiro, Ziraldo, mesmo que o investimento tenha sido a longo prazo, como ironiza Ivan Lessa: "Ziraldo, o guerrilheiro do traço, está de parabéns. Finalmente o governo brasileiro tomou vergonha na cara e acabou de pagar o que devia pelo passe de Jeremias, o Bom, imortal personagem criado por aquele que também é conhecido como “o Lamarca do nanquim”. Depois do imenso sucesso do calunguinha nas páginas de diversas publicações, assim como também na venda de diversos produtos farmacêuticos, principalmente doenças da tireóide, nos idos de 70, Ziraldo, cognominado ainda nos meios esclarecidos como “o subversivo da caneta Pilot”, houve por bem (como Brutus, Ziraldo é um homem de bem; são todos uns homens de bem – e de bens também) vender a imagem de Jeremias para a loteca, ou seja, para a Caixa Econômica Federal (federal como em República Federativa do Brasil) durante o governo Médici ou Geisel (os déspotas esclarecidos em muito se assemelham, sendo por isso mesmo intercambiáveis)".
No tempo em que linchavam negros, disse Lobato, como se o linchamento ainda não fosse desse nosso tempo. Lincham-se negros nas ruas, nas portas dos shoppings e bancos, nas escolas de todos os níveis de ensino, inclusive o superior. O que é até irônico, porque Lobato nunca poderia imaginar que chegariam lá. Lincham-se negros, sem violência física, é claro, sem ódio, nos livros, nos artigos de jornais e revistas, nos cartoons e nas redes sociais, há muitos e muitos carnavais. Racismo não nasce do ódio ou amor, Ziraldo, sendo talvez a causa e não a consequência da presença daquele ou da ausência desse. Racismo nasce da relação de poder. De poder ter influência ou gerência sobre as vidas de quem é considerado inferior. "Em que estado voltaremos, Rangel," se pergunta Lobato, ao se lembrar do quadro para justificar a escolha do nome do livro de cartas trocadas, "desta nossa aventura de arte pelos mares da vida em fora? Como o velho de Gleyre? Cansados, rotos? As ilusões daquele homem eram as velas da barca – e não ficou nenhuma. Nossos dois barquinhos estão hoje cheios de velas novas e arrogantes, atadas ao mastro da nossa petulância. São as nossas ilusões". Ah, Ziraldo, quanta ilusão (ou seria petulância? arrogância; talvez? sensação de poder?) achar que impor à mulata a presença de Lobato nessa festa tipicamente negra, vá acabar com a polêmica e todos poderemos soltar as ancas e cada um que sambe como sabe e pode. Sem censura. Ou com censura, como querem os quemerdenses. Mesmo que nesse do Caçadas de Pedrinho a palavra censura não corresponda à verdade, servindo como mero pretexto para manifestação de discordância política, sem se importar com a carnavalização de um tema tão dolorido e tão caro a milhares de brasileiros. E o que torna tudo ainda mais apelativo é que o bloco aponta censura onde não existe e se submete, calado, ao pedido da prefeitura para que não use o próprio nome no desfile. Não foi assim? Você não teve que escrever "M*" porque a palavra "merda" foi censurada? Como é que se explica isso, Ziraldo? Mente-se e cala-se quando convém? Coerência é uma questão de caráter.
ziraldo_direitos_humanos.jpgO que o MEC solicita não é censura. É respeito aos Direitos Humanos. Ao direito de uma criança negra em uma sala de aula do ensino básico e público, não se ver representada (sim, porque os processos indiretos, como Lobato nos ensinou, "work" muito mais eficientemente) em personagens chamados de macacos, fedidos, burros, feios e outras indiretas mais. Você conhece os direitos humanos, inclusive foi o artista escolhido para ilustrar a Cartilha de Direitos Humanos encomendada pela Presidência da República, pelas secretarias Especial de Direitos Humanos e de Promoção dos Direitos Humanos, pela ONU, a UNESCO, pelo MEC e por vários outros órgãos. Muitos dos quais você agora desrespeita ao querer, com a sua ilustração, acabar de vez com a polêmica causada por gente que estudou e trabalhou com seriedade as questões de educação e desigualdade racial no Brasil. A adoção do Caçadas de Pedrinho vai contra a lei de Igualdade Racial e o Estatuto da Criança e do Adolescente, que você conhece e ilustrou tão bem. Na página 25 da sua Cartilha de Direitos Humanos, está escrito: "O único jeito de uma sociedade melhorar é caprichar nas suas crianças. Por isso, crianças e adolescentes têm prioridade em tudo que a sociedade faz para garantir os direitos humanos. Devem ser colocados a salvo de tudo que é violência e abuso. É como se os direitos humanos formassem um ninho para as crianças crescerem." Está lá, Ziraldo, leia de novo: "crianças e adolescentes têm prioridade". Em tudo. Principalmente em situações nas quais são desrespeitadas, como na leitura de um livro com passagens racistas, escrito por um escritor racista com finalidades racistas. Mas você não vê racismo e chama de patrulhamento do politicamente correto e censura. Você está pensando nas crianças, Ziraldo? Ou com medo de que, se a moda pega, a "censura" chegue ao seu direito de continuar brincando com o assunto? "Acho injusto fazer isso com uma figura da grandeza de Lobato", você disse em uma reportagem. E com as crianças, o público-alvo que você divide com Lobato, você acha justo? Sim, vocês dividem o mesmo público e, inclusive, alguns personagens, como uma boneca e pano e o Saci, da sua Turma do Pererê. Medo de censura, Ziraldo, talvez aos deslizes, chamemos assim, que podem ser cometidos apenas porque se acostuma a eles, a ponto de pensar que não são, de novo chamemos assim, deslizes.
A gente se acostuma, Ziraldo. Como o seu menino marrom se acostumou com as sandálias de dedo: "O menino marrom estava tão acostumado com aquelas sandálias que era capaz de jogar futebol com elas, apostar corridas, saltar obstáculos sem que as sandálias desgrudassem de seus pés. Vai ver, elas já faziam parte dele" (ZIRALDO, 1986,p. 06, em O Menino Marrom). O menino marrom, embora seja a figura simpática e esperta e bonita que você descreve, estava acostumado e fadado a ser pé-de-chinelo, em comparação ao seu amigo menino cor-de-rosa, porque "(...) um já está quase formado e o outro não estuda mais (...). Um já conseguiu um emprego, o outro foi despedido do quinto que conseguiu. Um passa seus dias lendo (...), um não lê coisa alguma, deixa tudo pra depois (...). Um pode ser diplomata ou chofer de caminhão. O outro vai ser poeta ou viver na contramão (...). Um adora um som moderno e o outro – Como é que pode? – se amarra é num pagode. (...) Um é um cara ótimo e o outro, sem qualquer duvida, é um sujeito muito bom. Um já não é mais rosado e o outro está mais marrom" (ZIRALDO, 1986, p.31). O menino marrom, ao crescer, talvez virasse marginal, fado de muito negro, como você nos mostra aqui: "(...) o menino cor-de-rosa resolveu perguntar: por que você vem todo o dia ver a velhinha atravessar a rua? E o menino marrom respondeu: Eu quero ver ela ser atropelada" (ZIRALDO, 1986, p.24), porque a própria professora tinha ensinado para ele a diferença e a (não) mistura das cores. Então ele pensou que "Ficar sozinho, às vezes, é bom: você começa a refletir, a pensar muito e consegue descobrir coisas lindas. Nessa de saber de cor e de luz (...) o menino marrom começou a entender porque é que o branco dava uma idéia de paz, de pureza e de alegria. E porque razão o preto simbolizava a angústia, a solidão, a tristeza. Ele pensava: o preto é a escuridão, o olho fechado; você não vê nada. O branco é o olho aberto, é a luz!" (ZIRALDO, 1986, p.29), e que deveria se conformar com isso e não se revoltar, não ter ódio nenhum ao ser ensinado que, daquela beleza, pureza e alegria que havia na cor branca, ele não tinha nada. O seu texto nos ensina que é assim, sem ódio, que se doma e se educa para que cada um saiba o seu lugar, com docilidade e resignação: "Meu querido amigo: Eu andava muito triste ultimamente, pois estava sentindo muito sua falta. Agora estou mais contente porque acabo de descobrir uma coisa importante: preto é, apenas, a ausência do branco" (ZIRALDO, 1986, p.30).
Olha que interessante, Ziraldo: nós que sabemos do racismo confesso de Lobato e conseguimos vê-lo em sua obra, somos acusados por você de "macaquear" (olha o termo aí) os Estados Unidos, vendo racismo em tudo. "Macaqueando" um pouco mais, será que eu poderia também acusá-lo de estar "macaqueando" Lobato, em trechos como os citados acima? Sem saber, é claro, mas como fruto da introjeção de um "processo" que ele provou que "work" com grande eficiência e ao qual podemos estar todos sujeitos, depois de sermos submetidos a ele na infância e crescermos em uma sociedade na qual não é combatido. Afinal, há quem diga que não somos racistas. Que quem vê o racismo, na maioria os negros, que o sofrem, estão apenas "macaqueando". Deveriam ficar calados e deixar dessa bobagem. Deveriam se inspirar no menino marrom e se resignarem. Como não fazem muitos meninos e meninas pretos e marrons, aqueles que são a ausência do branco, que se chateiam, que se ofendem, que sofrem preconceito nas ruas e nas escolas e ficam doídos, pensando nisso o tempo inteiro, pensando tanto nisso que perdem a vontade de ir à escola, começam a tirar notas baixas porque ficam matutando, ressentindo, a atenção guardadinha lá debaixo da dor. E como chegam à conclusão de que aquilo não vai mudar, que não vão dar em nada mesmo, que serão sempre pés-de-chinelo, saem por aí especializando-se na arte de esperar pelo atropelamento de velhinhas.
Racismo é um dos principais fatores responsáveis pela limitada participação do negro no sistema escolar, Ziraldo, porque desvia o foco, porque baixa a auto-estima, porque desvia o foco das atividades, porque a criança fica o tempo todo tendo que pensar em como não sofrer mais humilhações, e o material didático, em muitos casos, não facilita nada a vida delas. E quando alguma dessas crianças encontra um jeito de fugir a esse destino, mesmo que não tenha sido através da educação, fica insuportável e merece o linchamento público e exemplar, como o sofrido por Wilson Simonal. Como exemplo, temos a sua opinião sobre ele: "Era tolo, se achava o rei da cocada preta, coitado. E era mesmo. Era metido, insuportável". Sabe, Ziraldo, é por causa da perpetuação de estereótipos como esses que às vezes a gente nem percebe que eles estão ali, reproduzidos a partir de preconceitos adquiridos na infância, que a SEPPIR pediu que o MEC reavaliasse a adoção de Caçadas de Pedrinho. Não a censura, mas a reavaliação. Uma nota, talvez, para ser colocada junto com as outras notas que já estão lá para proteger os direitos das onças de não serem caçadas e o da ortografia, de evoluir. Já estão lá no livro essas duas notas e a SEPPIR pede mais uma apenas, para que as crianças e os adolescentes sejam "colocados a salvo de tudo que é violência e abuso", como está na cartilha que você ilustrou. Isso é um direito delas, como seres humanos. É por isso que tem gente lutando, como você também já lutou por direitos humanos e por reparação. É isso que a SEPPIR pede: reparação pelos danos causados pela escravidão e pelo racismo.
Assim você se defendeu de quem o atacou na época em que conseguiu fazer valer os seus direitos: "(…) Espero apenas que os leitores (que o criticam) não tenham sua casa invadida e, diante de seus filhos, sejam seqüestrados por componentes do exército brasileiro pelo fato de exercerem o direito de emitir sua corajosa opinião a meu respeito, eu, uma figura tão poderosa”. Ziraldo, você tem noção do que aconteceu com os, citando Lobato, "negros da África, caçados a tiro e trazidos à força para a escravidão", e do que acontece todos os dias com seus descendentes em um país que naturalizou e, paradoxalmente, nega o seu racismo? De quantos já morreram e ainda morrem todos os dias porque tem gente que não os leva a sério? Por causa do racismo é bem difícil que essa gente fadada a ser pé-de-chinelo a vida inteira, essas pessoas dos subúrbios, que perpassam todas as degenerescências, todas as formas e má-formas humanas – todas, menos a normal, - porque nelas está a ausência do branco, esse povo todo representado pela mulata dócil que você faz sorrir nos braços de um dos escritores mais racistas e perversos e interesseiros que o Brasil já teve, aquele que soube como ninguém que um país (racista) também de faz de homens e livros (racistas), por causa disso tudo, Ziraldo, é que eu ia dizendo ser quase impossível para essa gente marrom, herdeira dessa gente de cor que simboliza a angústia, a solidão, a tristeza, gerar pessoas tão importantes quanto você, dignas da reparação (que nem é financeira, no caso) que o Brasil também lhes deve: respeito. Respeito que precisou ser ancorado em lei para que tivesse validade, e cuja aplicação você chama de censura.menino-lendo.jpg
Junto com outros grandes nomes da literatura infantil brasileira, como Ana Maria Machado e Ruth Rocha, você assinou uma carta que, em defesa de Lobato e contra a censura inventada pela imprensa, diz: "Suas criações têm formado, ao longo dos anos, gerações e gerações dos melhores escritores deste país que, a partir da leitura de suas obras, viram despertar sua vocação e sentiram-se destinados, cada um a seu modo, a repetir seu destino. (...) A maravilhosa obra de Monteiro Lobato faz parte do patrimônio cultural de todos nós – crianças, adultos, alunos, professores – brasileiros de todos os credos e raças. Nenhum de nós, nem os mais vividos, têm conhecimento de que os livros de Lobato nos tenham tornado pessoas desagregadas, intolerantes ou racistas. Pelo contrário: com ele aprendemos a amar imensamente este país e a alimentar esperança em seu futuro. Ela inaugura, nos albores do século passado, nossa confiança nos destinos do Brasil e é um dos pilares das nossas melhores conquistas culturais e sociais." É isso. Nos livros de Lobato está o racismo do racista, que ninguém vê, que vocês acham que não é problema, que é alicerce, que é necessário à formação das nossas futuras gerações, do nosso futuro. E é exatamente isso. Alicerce de uma sociedade que traz o racismo tão arraigado em sua formação que não consegue manter a necessária distância do foco, a necessário distância para enxergá-lo. Perpetuar isso parece ser patriótico, esse racismo que "faz parte do patrimônio cultural de todos nós – crianças, adultos, alunos, professores – brasileiros de todos os credos e raças." Sabe o que Lobato disse em carta ao seu amigo Poti, nos albores do século passado, em 1905? Ele chamava de patriota o brasileiro que se casasse com uma italiana ou alemã, para apurar esse povo, para acabar com essa raça degenerada que você, em sua ilustração, lhe entrega de braços abertos e sorridente. Perpetuar isso parece alimentar posições de pessoas que, mesmo não sendo ou mesmo não se achando racistas, não se percebem cometendo a atitude racista que você ilustrou tão bem: entregar essas crianças negras nos braços de quem nem queria que elas nascessem. Cada um a seu modo, a repetir seu destino. Quem é poderoso, que cobre, muito bem cobrado, seus direitos; quem não é, que sorria, entre na roda e aprenda a sambar.
Peguei-o para bode expiatório, Ziraldo? Sim, sempre tem que ter algum. E, sem ódio, espero que você não queira que eu morra por te criticar. Como faziam os racistas nos tempos em quem ainda linchavam negros. Esses abusados que não mais se calam e apelam para a lei ao serem chamados de "macaco", "carvão", "fedorento", "ladrão", "vagabundo", "coisa", "burro", e que agora querem ser tratados como gente, no concerto dos povos. Esses que, ao denunciarem e quererem se livrar do que lhes dói, tantos problemas criam aqui, nesse país do futuro. Em uma matéria do Correio Braziliense você disse que "Os americanos odeiam os negros, mas aqui nunca houve uma organização como a Ku Klux Klan. No Brasil, onde branco rico entra, preto rico também entra. Pelé nunca foi alvo de uma manifestação de ódio racial. O racismo brasileiro é de outra natureza. Nós somos afetuosos”. Se dependesse de Monteiro Lobato, o Brasil teria tido sua Ku-Klux-Klan, Ziraldo. Leia só o que ele disse em carta ao amigo Arthur Neiva, enviada de Nova Iorque em 1928, querendo macaquear os brancos norte-americanos: "Diversos amigos me dizem: Por que não escreve suas impressões? E eu respondo: Porque é inútil e seria cair no ridículo. Escrever é aparecer no tablado de um circo muito mambembe, chamado imprensa, e exibir-se diante de uma assistência de moleques feeble-minded e despidos da menos noção de seriedade. Mulatada, em suma. País de mestiços onde o branco não tem força para organizar uma Kux-Klan é país perdido para altos destinos. André Siegfred resume numa frase as duas atitudes. "Nós defendemos o front da raça branca - diz o sul - e é graças a nós que os Estados Unidos não se tornaram um segundo Brasil". Um dia se fará justiça ao Kux-Klan; tivéssemos aí uma defesa dessa ordem, que mantém o negro no seu lugar, e estaríamos hoje livres da peste da imprensa carioca - mulatinho fazendo o jogo do galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro destroem (sic) a capacidade construtiva." Fosse feita a vontade de Lobato, Ziraldo, talvez não tivéssemos a imprensa carioca, talvez não tivéssemos você. Mas temos, porque, como você também diz, "o racismo brasileiro é de outra natureza. Nós somos afetuosos." Como, para acabar com a polêmica, você nos ilustra com o desenho para o bloco quemerdense. Olho para o rosto sorridente da mulata nos braços de Monteiro Lobato e quase posso ouvi-la dizer: "Só dói quando eu rio".
Com pesar, e em retribuição ao seu afeto,
Ana Maria Gonçalves
Negra, escritora, autora de Um defeito de cor.