O Estado de S. Paulo, estadao.com.br,  20/2/2011 21:28
Ministério Público quer pena máxima para matador de índio
O  Ministério Público Federal vai pedir pena máxima para os acusados do  assassinato do líder indígena guarani-kaiowa Marcos Veron. 'O Ministério  Público vai com toda a sua força (contra os réus) porque matar alguém a  coronhadas é muito grave, especialmente quando a vítima tem 72 anos de  idade e está indefesa e quando os acusados não respeitam nem crianças e  nem mulheres grávidas', assevera o procurador regional da República em  São Paulo, Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, que vai fazer a acusação  perante júri popular.
O  julgamento terá início hoje, às 11 horas, e deve se prolongar até a  próxima semana, sob a presidência da juíza Paula Mantovani, da 1.ª Vara  Criminal Federal. O crime ocorreu em janeiro de 2003 no município de  Juti, região de Dourados, Mato Grosso do Sul. O júri foi transferido  para a Justiça Federal em São Paulo para evitar pressões de fazendeiros  que não toleram a ação das comunidades indígenas.
Estevão  Romero, Carlos Roberto dos Santos e Jorge Cristaldo Insabralde são os  réus. Eles trabalhavam na fazenda Brasília do Sul, reivindicada pelos  índios. A procuradoria os acusa de tentativa de homicídio qualificado,  por seis vezes, e homicídio qualificado - motivo torpe e meio cruel.  Também foram denunciados por tortura, sequestro e formação de quadrilha.
'Vamos  pedir a pena máxima em razão da crueldade do crime, o que significa  mais de 30 anos de prisão', disse o procurador, há 15 anos na carreira.  Gonçalves também foi procurador regional eleitoral. Atuará com ele o  procurador da República Marco Delfino de Almeida. Em julgamento, na sua  avaliação, não estão apen
 
