Blog para apresentar, discutir e comentar sobre as diferentes manifestações de preconceito na fala.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Um lado negro da Santa Casa de Misericórdia na Bahia - Antonia da Silva Santos
Esse é mais um trabalho desenvolvido pela pesquisadora, apresentado na V Semana de Filologia da USP, no período de 26 a 30 de abril de 2010. Neste trabalho, são apresentadas as diversas nações encontradas na Casa de Misericórdia na Bahia, no século XIX. É discutida a "nomeação" dada a um dos irmãos e a seu filho, sendo que é o fundador do Convento da Lapa, material também desenvolvido pela pesquisadora em sua Dissertação de Mestrado, defendida na Universidade Federal da Bahia. Atualmente, o interesse de Santos está voltado aos escravizados no século XIX.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Encerramento das inscrições para apresentação de trabalhos
Lembramos aos interessados em participar do III Seminário Preconceito na Fala, Preconceito na Cor, que as inscrições para apresentação de comunicações orais, oficinas e mini cursos estão encerradas. Aqueles que, porventura não conseguiram efetuar o pagamento, são aceitos hoje, dia 26 de abril, segunda-feira.
A partir de hoje, dia 26 de abril de 2010, aceitaremos as inscrições para ouvintes. É necessário o preenchimento da ficha de inscrição e o envio do comprovante bancário.
A partir de hoje, dia 26 de abril de 2010, aceitaremos as inscrições para ouvintes. É necessário o preenchimento da ficha de inscrição e o envio do comprovante bancário.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Encerramento das inscrições para comunicações
Lembramos que as inscrições para apresentação de trabalhos será encerrada em 25.04.2010.
Fineza acompanhar a divulgação da programação e orientações.
Estamos chegando ao III Seminário Preconceito na Fala, Preconceito na Cor!
Desta vez,ainda na Bahia, ouviremos grandes profissionais, especialistas relacionados à temática e presenciaremos trabalhos da melhor qualidade.
A expectativa é a melhor possível e, certamente, o público-alvo atenderá ao nosso chamado.
Até lá!
Fineza acompanhar a divulgação da programação e orientações.
Estamos chegando ao III Seminário Preconceito na Fala, Preconceito na Cor!
Desta vez,ainda na Bahia, ouviremos grandes profissionais, especialistas relacionados à temática e presenciaremos trabalhos da melhor qualidade.
A expectativa é a melhor possível e, certamente, o público-alvo atenderá ao nosso chamado.
Até lá!
sexta-feira, 16 de abril de 2010
V SEMANA DE FILOLOGIA NA USP
Nos dias 26 a 30 de abril de 2010 terá lugar no Anfiteatro de História da USP a V Semana de Filologia, na qual participarão professores e alunos, e para a qual estão convidados os interessados em conhecer o teor de algumas pesquisas recentes desenvolvidas por especialistas e estudiosos das humanidades.
O programa, o horário e demais informações sobre o evento constam abaixo.
A todos, os nossos cumprimentos.
Os Organizadores.
V Semana de Filologia na USP
Anfiteatro de História, FFLCH, USP
26 de abril
FILOLOGIA: DO CLÁSSICO
AO CONTEMPORÂNEO
9h30h
Abertura
10h00 às 10h45
Tradução de texto da antiguidade
greco-romana
José Rodrigues Seabra Filho (USP)
10h45 às 11h30
A linguagem dos cantos corais
senequianos como fator de caracteriza o
de personagens
Zelia de Almeida Cardoso (USP)
11h30 às 11h45
Questões
14h30 às 15h15
A questão da figura no ambito da filologia
Lineide Salvador Mosca (USP)
15h15 às 16h00
As linguas na toponímia portuguesa:
variantes lexicais
Patricia de Jesus Carvalhinhos (USP)
16h00 às 16h45
Língua e sujeito no século XIX: da
constituição desaparecida elocutória
Annie Gisele Fernandes (USP)
16h45 às 17h00
Questões
27 de abril
FILOLOGIA: DO CLÁSSICO
AO CONTEMPORÂNEO
10h00 às 10h45
Reflexões sobre a história dos conceitos
Sara Albieri (USP)
10h45 às 11h30
Os sistemas de acentuação gráfica
nas línguas românicas
Bruno Fregni Bassetto (USP)
11h30 às 12h15
Aspectos filológicos e linguísticos da obra
Peregrinatio Aetheriae ou Itinerarium
Egeriae
Cristina Martins (UFRS)
12h15 às 12h30
Questões
14h30 às 15h15
O tupi na literatura brasileira
Eduardo de Almeida Navarro (USP)
15h15 às 16h00
Uma aplicação do estudo diacrônico
compreensão das formas na língua latina
France Murachco
16h00 às 16h45
Apocalipse
Luiz Antonio Lindo (USP)
16h45 às 17h00
Questões
ASPECTOS DA TRADUÇÃO POÉTICA
28 de abril
10h00
A publicação da tradução de poesia
no Brasil
John Milton (USP)
Traduzindo poesia infantil
Telma Franco
O Corvo de Ted Hughes e questões
de tradução poética
Marina della Vale
Álvaro Faleiros:
Augusto de Campos e Paulo Henriques
Britto: políticas cruzadas do traduzir
12h15 às 12h30
Questões
LINGUÍSTICA DE CORPUS
14h30 às 16h45
Mesa-redonda: Linguistica de corpus e
léxico: quanta coisa uma pode revelar
sobre o outro!
Coordenadora: Stella Tagnin (USP)
O que é a culinária brasileira aos olhos do
americano: um levantamento lexical sob o
enfoque da Linguística de Corpus
Rozane Rebechi
Como se diz ?cavar uma falta? em inglês?
Fraseologia do futebol
Sabrina Matuda
Abstracts em ingl s escritos por p sgraduandos
brasileiros: como diferem de abstracts publicados
Carmen Dayrell
16h45 às 17h00
Questões
COMUNICAÇÕES
17h00 às 18h00
Comunicações
25 29 de abril
VOZES DO SÉCULO DE OURO
10h00 às 10h45
Dom Quixote: sociedade de corte
e códigos de conduta
Maria Augusta da Costa Vieira (USP)
10h45 às 11h30
A teatraliza o retórica dos autos
sacramentais de Calderina de la Barca
Claudio Bazzoni
11h30 às 12h15
?Para las Indias he escrito?: Teresa de Jesus
descobre a América
Maria de la Concepcion Piero Valverde (USP)
12h15 às 12h30
Questões
LÍNGUA E DIALETOS DA ITÁLIA
14h30 às 15h15
O problema da língua dos poetas sicilianos
Cecília Casini
15h15 às 17h00
Mesa-redonda: Língua, dialetos e
identidade no Brasil e na Itália
Giliola Maggio, Olga Mordente, Roberta Ferroni
17h00 Às 17h15
Influências fonológicas do italiano no
português falado na cidade de São Paulo
MarcÍlio Vieira (Apresentação: Giliola Maggio)
17h15 às 17h30
Questões
30 de abril
REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA
POESIA DO SÉCULO XVI AO XVIII
10h00 às 10h45
Sobre o uso do exemplo na poesia
laudateria
Marcello Moreira (UESB)
10h45 às 11h30
Sobre modos de abordagem e ensino da
poesia quinhentista
Marcia Arruda Franco (USP)
11h30 às 12h15
Sobre o ensino da poesia anterior
ao século XVIII
Jo o Adolfo Hansen (USP)
12h15 às 12h30
Questões
COMUNICAÇÕES
14h00 às 18h00
Comunicações
Local: Anfiteatro de História - Av. Prof. Lineu Prestes, 338
Data: 26 a 30 de abril de 2010, a partir das 9h30.
Apoio: Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas
Contato: Serviço de Cultura e Extensão
Telefone: 3091-4645
Organizadores: Luiz Antonio Lindo, José R. Seabra Filho
O programa, o horário e demais informações sobre o evento constam abaixo.
A todos, os nossos cumprimentos.
Os Organizadores.
V Semana de Filologia na USP
Anfiteatro de História, FFLCH, USP
26 de abril
FILOLOGIA: DO CLÁSSICO
AO CONTEMPORÂNEO
9h30h
Abertura
10h00 às 10h45
Tradução de texto da antiguidade
greco-romana
José Rodrigues Seabra Filho (USP)
10h45 às 11h30
A linguagem dos cantos corais
senequianos como fator de caracteriza o
de personagens
Zelia de Almeida Cardoso (USP)
11h30 às 11h45
Questões
14h30 às 15h15
A questão da figura no ambito da filologia
Lineide Salvador Mosca (USP)
15h15 às 16h00
As linguas na toponímia portuguesa:
variantes lexicais
Patricia de Jesus Carvalhinhos (USP)
16h00 às 16h45
Língua e sujeito no século XIX: da
constituição desaparecida elocutória
Annie Gisele Fernandes (USP)
16h45 às 17h00
Questões
27 de abril
FILOLOGIA: DO CLÁSSICO
AO CONTEMPORÂNEO
10h00 às 10h45
Reflexões sobre a história dos conceitos
Sara Albieri (USP)
10h45 às 11h30
Os sistemas de acentuação gráfica
nas línguas românicas
Bruno Fregni Bassetto (USP)
11h30 às 12h15
Aspectos filológicos e linguísticos da obra
Peregrinatio Aetheriae ou Itinerarium
Egeriae
Cristina Martins (UFRS)
12h15 às 12h30
Questões
14h30 às 15h15
O tupi na literatura brasileira
Eduardo de Almeida Navarro (USP)
15h15 às 16h00
Uma aplicação do estudo diacrônico
compreensão das formas na língua latina
France Murachco
16h00 às 16h45
Apocalipse
Luiz Antonio Lindo (USP)
16h45 às 17h00
Questões
ASPECTOS DA TRADUÇÃO POÉTICA
28 de abril
10h00
A publicação da tradução de poesia
no Brasil
John Milton (USP)
Traduzindo poesia infantil
Telma Franco
O Corvo de Ted Hughes e questões
de tradução poética
Marina della Vale
Álvaro Faleiros:
Augusto de Campos e Paulo Henriques
Britto: políticas cruzadas do traduzir
12h15 às 12h30
Questões
LINGUÍSTICA DE CORPUS
14h30 às 16h45
Mesa-redonda: Linguistica de corpus e
léxico: quanta coisa uma pode revelar
sobre o outro!
Coordenadora: Stella Tagnin (USP)
O que é a culinária brasileira aos olhos do
americano: um levantamento lexical sob o
enfoque da Linguística de Corpus
Rozane Rebechi
Como se diz ?cavar uma falta? em inglês?
Fraseologia do futebol
Sabrina Matuda
Abstracts em ingl s escritos por p sgraduandos
brasileiros: como diferem de abstracts publicados
Carmen Dayrell
16h45 às 17h00
Questões
COMUNICAÇÕES
17h00 às 18h00
Comunicações
25 29 de abril
VOZES DO SÉCULO DE OURO
10h00 às 10h45
Dom Quixote: sociedade de corte
e códigos de conduta
Maria Augusta da Costa Vieira (USP)
10h45 às 11h30
A teatraliza o retórica dos autos
sacramentais de Calderina de la Barca
Claudio Bazzoni
11h30 às 12h15
?Para las Indias he escrito?: Teresa de Jesus
descobre a América
Maria de la Concepcion Piero Valverde (USP)
12h15 às 12h30
Questões
LÍNGUA E DIALETOS DA ITÁLIA
14h30 às 15h15
O problema da língua dos poetas sicilianos
Cecília Casini
15h15 às 17h00
Mesa-redonda: Língua, dialetos e
identidade no Brasil e na Itália
Giliola Maggio, Olga Mordente, Roberta Ferroni
17h00 Às 17h15
Influências fonológicas do italiano no
português falado na cidade de São Paulo
MarcÍlio Vieira (Apresentação: Giliola Maggio)
17h15 às 17h30
Questões
30 de abril
REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA
POESIA DO SÉCULO XVI AO XVIII
10h00 às 10h45
Sobre o uso do exemplo na poesia
laudateria
Marcello Moreira (UESB)
10h45 às 11h30
Sobre modos de abordagem e ensino da
poesia quinhentista
Marcia Arruda Franco (USP)
11h30 às 12h15
Sobre o ensino da poesia anterior
ao século XVIII
Jo o Adolfo Hansen (USP)
12h15 às 12h30
Questões
COMUNICAÇÕES
14h00 às 18h00
Comunicações
Local: Anfiteatro de História - Av. Prof. Lineu Prestes, 338
Data: 26 a 30 de abril de 2010, a partir das 9h30.
Apoio: Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas
Contato: Serviço de Cultura e Extensão
Telefone: 3091-4645
Organizadores: Luiz Antonio Lindo, José R. Seabra Filho
IV SEMANA DA ÁFRICA - SALVADOR
Estudantes africanos e afro-brasileiros estão recebendo inscrições para a IV Semana da África. Participe, também.
Acesse http://semanadaafrica.blogspot.com
Acesse http://semanadaafrica.blogspot.com
sábado, 10 de abril de 2010
As inscrições para apresentação de comunicações, mini-cursos e oficinas encerrar-se-ão em 25 de abril de 2010
Lembramos aos interessados em participar do III Seminário Preconceito na Fala, Preconceito na Cor, que as inscrições encerrar-se-ão, impreterivelmente, no dia 25 de abril de 2010.
As informações estão postadas neste endereço e as dúvidas podem ser retiradas através do e-mail preconceitonafalaenacor@bol.com.br.
Agradecemos aos que já estão inscritos, avisando que a programação sairá em breve, bem como outras instruções que se façam necessárias serão enviadas por e-mail.
Aguardamos o seu trabalho, de seus amigos e colegas!
As informações estão postadas neste endereço e as dúvidas podem ser retiradas através do e-mail preconceitonafalaenacor@bol.com.br.
Agradecemos aos que já estão inscritos, avisando que a programação sairá em breve, bem como outras instruções que se façam necessárias serão enviadas por e-mail.
Aguardamos o seu trabalho, de seus amigos e colegas!
Sobre preconceito e intolerância - Trechos da comunicação apresentada por Antonia da Silva Santos, em 25 de março de 2010, no ENCONTRO EM SÃO LÁZARO - FFCH/UFBa
O comportamento, as figuras discursivas e as determinações sócio-históricas manifestam-se nos diferentes tipos de intolerância, seja racista, purista, separatista, religiosa, etc. Há, contudo, um tema de que os “maus”, entendidos como aqueles que são diferentes e que não cumprem, dessa forma, certos compromissos sociais, merecem e devem ser de alguma maneira, física ou simbolicamente, punidos.
É nesse jogo entre o querer fazer bem aos “iguais”, aos que cumpriram seus compromissos sociais, que caracteriza, passionalmente, o sujeito. Assim, pode se observar a sanção negativa ao Ser que, por não cumprir o desejo de Outrem, a observar, o branqueamento da sociedade ou de pureza lingüística, pode ser reconhecido como mau cumpridor dos acordos sociais, ou seja, pretos ignorantes, usuários de língua incorreta, índios bárbaros, judeus exploradores, árabes fanáticos e, punidos com a perda de direitos, de emprego, com a morte e outros tipos de sanção. Neste sentido, como uma penalização aos considerados “maus”, a intolerância e o preconceito encontram justificativa, o que provoca uma retomada dos estudos africanos, numa luta contra o racismo, permitindo uma visibilidade do negro através do seu passado.
A fim de levantar o problema, é necessário, contudo, fazer uma possível distinção daquilo que se pode fazer quanto aos sentidos das palavras preconceito e intolerância. Vê-se que as palavras estão equiparadas numa relação de sinonímia.
Durante mais de três séculos, o Brasil recebeu milhões de africanos que, permeados à miséria, sofrimento e dores da extração da convivência com suas famílias, suas aldeias, seu continente, foram deportados e, no século XIX, o Brasil Imperial apareceu como a única nação independente que praticava o tráfico negreiro em larga escala, ilegalmente.
Num exame um pouco mais detido, contudo, pode mostrar que preconceito é a idéia, a opinião ou o sentimento que pode conduzir o indivíduo à intolerância, à atitude de não admitir opinião divergente da sua. Isso indica uma primeira diferença: o traço semântico mais forte registrado no sentido de intolerância é ser um comportamento, uma reação a uma idéia contra a qual se podem fazer objeções e, portanto, não se constitui, simplesmente, como uma discordância tácita. Um preconceito, ao contrário, pode jamais se revelar e, por isso, existe antes da crítica.
É importante destacar que o preconceito é a discriminação silenciosa e sorrateira que o indivíduo pode ter em relação ao outro, seja quanto à linguagem do outro, à cor da pele, às características físicas e sociais, a um não gostar, um achar feio ou errado um uso ou uma língua, sem que se tenha a configuração do que poderia vir a ser bonito ou correto. A intolerância, ao contrário, é ruidosa, explícita, porque necessariamente, se manifesta por um discurso metalingüístico, calcado em dicotomias, em contrários, como tradição X modernidade, conhecimento X ignorância, saber X não saber e outras congêneres. (SANTOS, Antonia da Silva. Memórias e sentimentos das nações da Santa Casa de Misericórdia na Bahia,março.2010)
É nesse jogo entre o querer fazer bem aos “iguais”, aos que cumpriram seus compromissos sociais, que caracteriza, passionalmente, o sujeito. Assim, pode se observar a sanção negativa ao Ser que, por não cumprir o desejo de Outrem, a observar, o branqueamento da sociedade ou de pureza lingüística, pode ser reconhecido como mau cumpridor dos acordos sociais, ou seja, pretos ignorantes, usuários de língua incorreta, índios bárbaros, judeus exploradores, árabes fanáticos e, punidos com a perda de direitos, de emprego, com a morte e outros tipos de sanção. Neste sentido, como uma penalização aos considerados “maus”, a intolerância e o preconceito encontram justificativa, o que provoca uma retomada dos estudos africanos, numa luta contra o racismo, permitindo uma visibilidade do negro através do seu passado.
A fim de levantar o problema, é necessário, contudo, fazer uma possível distinção daquilo que se pode fazer quanto aos sentidos das palavras preconceito e intolerância. Vê-se que as palavras estão equiparadas numa relação de sinonímia.
Durante mais de três séculos, o Brasil recebeu milhões de africanos que, permeados à miséria, sofrimento e dores da extração da convivência com suas famílias, suas aldeias, seu continente, foram deportados e, no século XIX, o Brasil Imperial apareceu como a única nação independente que praticava o tráfico negreiro em larga escala, ilegalmente.
Num exame um pouco mais detido, contudo, pode mostrar que preconceito é a idéia, a opinião ou o sentimento que pode conduzir o indivíduo à intolerância, à atitude de não admitir opinião divergente da sua. Isso indica uma primeira diferença: o traço semântico mais forte registrado no sentido de intolerância é ser um comportamento, uma reação a uma idéia contra a qual se podem fazer objeções e, portanto, não se constitui, simplesmente, como uma discordância tácita. Um preconceito, ao contrário, pode jamais se revelar e, por isso, existe antes da crítica.
É importante destacar que o preconceito é a discriminação silenciosa e sorrateira que o indivíduo pode ter em relação ao outro, seja quanto à linguagem do outro, à cor da pele, às características físicas e sociais, a um não gostar, um achar feio ou errado um uso ou uma língua, sem que se tenha a configuração do que poderia vir a ser bonito ou correto. A intolerância, ao contrário, é ruidosa, explícita, porque necessariamente, se manifesta por um discurso metalingüístico, calcado em dicotomias, em contrários, como tradição X modernidade, conhecimento X ignorância, saber X não saber e outras congêneres. (SANTOS, Antonia da Silva. Memórias e sentimentos das nações da Santa Casa de Misericórdia na Bahia,março.2010)
sábado, 3 de abril de 2010
Indios Online
Relação do Governo Jaques Wagner com os Indígenas da Bahia em fim de mandato.
Acesse:www.indiosonline.org.br
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