Blog para apresentar, discutir e comentar sobre as diferentes manifestações de preconceito na fala.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Estimados colegas, colaboradores y amigos:
Montevideo, 18 de diciembre de 2010
Estimados colegas, colaboradores y amigos:
Queremos invitarlos a que visiten nuestro sitio web www.historiadelaslenguasenuruguay.edu.uy. Es el trabajo de varias generaciones de investigadores en Lingüística Histórica de la Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación, Universidad de la República, y tiene como objetivo difundir manuscritos, trabajos y publicaciones en torno a los estudios sobre la historia de las lenguas en Uruguay.
En esta web, que inaugura hoy su primera etapa, encontrarán parte del corpus de manuscritos en español en el que venimos trabajando desde la década del 90. Cada manuscrito figura con su correspondiente foto digital (archivo.jpg) y también con su transcripción paleográfica (archivo.pdf). Los manuscritos están procesados de forma tal que se pueden realizar búsquedas de vocablos y fragmentos de palabras, habilitando así una herramienta de trabajo útil y fácil para estudiantes e investigadores interesados en temas lingüístico-históricos.
También podrán acceder a una serie de publicaciones académicas vinculadas a temas diacrónicos del español y del portugués del Uruguay y podrán consultar diversas monografías realizadas por estudiantes de la Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación o por estudiantes de universidades extranjeras, sobre temas afines.
Todo el material ha podido ser incluido gracias a la generosa cesión de derechos por parte de autores, revistas y archivos.
Hemos comenzado divulgando los manuscritos en español del siglo XVIII oriental pero en breve incluiremos documentos del siglo XIX y también manuscritos en portugués. En un futuro, desearíamos también presentar aquí corpus que permitan el estudio histórico de (la presencia de) lenguas africanas y lenguas indígenas en el Uruguay.
Este sitio web es un esfuerzo colectivo que, lentamente, va dando sus resultados y que queremos compartir con todos Uds. No dejen de escribirnos con sugerencias, dudas o comentarios. Sus aportes, sin duda, mejorarán nuestro sitio.
Aprovechamos además para contarles que este año también hemos publicado, en formato papel, Documentos para la historia del español en el Uruguay. Vol. 1. Cartas personales y documentos oficiales y privados del siglo XVIII. Es un volumen realizado por Virginia Bertolotti, Magdalena Coll y Ana Clara Polakof, quienes estamos asimismo trabajando en un segundo libro que saldrá en el 2011.
Reciban todos ustedes un cordial saludo y nuestros mejores deseos para el año 2011.
Virginia Bertolotti y Magdalena Coll
Estimados colegas, colaboradores y amigos:
Queremos invitarlos a que visiten nuestro sitio web www.historiadelaslenguasenuruguay.edu.uy. Es el trabajo de varias generaciones de investigadores en Lingüística Histórica de la Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación, Universidad de la República, y tiene como objetivo difundir manuscritos, trabajos y publicaciones en torno a los estudios sobre la historia de las lenguas en Uruguay.
En esta web, que inaugura hoy su primera etapa, encontrarán parte del corpus de manuscritos en español en el que venimos trabajando desde la década del 90. Cada manuscrito figura con su correspondiente foto digital (archivo.jpg) y también con su transcripción paleográfica (archivo.pdf). Los manuscritos están procesados de forma tal que se pueden realizar búsquedas de vocablos y fragmentos de palabras, habilitando así una herramienta de trabajo útil y fácil para estudiantes e investigadores interesados en temas lingüístico-históricos.
También podrán acceder a una serie de publicaciones académicas vinculadas a temas diacrónicos del español y del portugués del Uruguay y podrán consultar diversas monografías realizadas por estudiantes de la Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación o por estudiantes de universidades extranjeras, sobre temas afines.
Todo el material ha podido ser incluido gracias a la generosa cesión de derechos por parte de autores, revistas y archivos.
Hemos comenzado divulgando los manuscritos en español del siglo XVIII oriental pero en breve incluiremos documentos del siglo XIX y también manuscritos en portugués. En un futuro, desearíamos también presentar aquí corpus que permitan el estudio histórico de (la presencia de) lenguas africanas y lenguas indígenas en el Uruguay.
Este sitio web es un esfuerzo colectivo que, lentamente, va dando sus resultados y que queremos compartir con todos Uds. No dejen de escribirnos con sugerencias, dudas o comentarios. Sus aportes, sin duda, mejorarán nuestro sitio.
Aprovechamos además para contarles que este año también hemos publicado, en formato papel, Documentos para la historia del español en el Uruguay. Vol. 1. Cartas personales y documentos oficiales y privados del siglo XVIII. Es un volumen realizado por Virginia Bertolotti, Magdalena Coll y Ana Clara Polakof, quienes estamos asimismo trabajando en un segundo libro que saldrá en el 2011.
Reciban todos ustedes un cordial saludo y nuestros mejores deseos para el año 2011.
Virginia Bertolotti y Magdalena Coll
sábado, 18 de dezembro de 2010
DECRETO Nº 7.387, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2010
Institui o Inventário Nacional da Diversidade Linguística e dá outras
providências.
*O* *PRESIDENTE DA REPÚBLICA*, no uso da atribuição que lhe confere o art.
84, inciso VI, alínea "a", da Constituição,
*DECRETA:*
Art. 1*o* Fica instituído o Inventário Nacional da Diversidade
Linguística,
sob gestão do Ministério da Cultura, como instrumento de identificação,
documentação, reconhecimento e valorização das línguas portadoras de
referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos
formadores
da sociedade brasileira.
Parágrafo único. O Inventário Nacional da Diversidade Linguística será
dotado de sistema informatizado de documentação e informação gerenciado,
mantido e atualizado pelo Ministério da Cultura, de acordo com as regras
por ele disciplinadas.
Art. 2*o* As línguas inventariadas deverão ter relevância para a memória, a
história e a identidade dos grupos que compõem a sociedade brasileira.
Art. 3*o** *A língua incluída no Inventário Nacional da Diversidade
Linguística receberá o título de "Referência Cultural Brasileira", expedido
pelo Ministério da Cultura.
Art. 4*o* O Inventário Nacional da Diversidade Linguística deverá mapear,
caracterizar e diagnosticar as diferentes situações relacionadas à
pluralidade linguística brasileira, sistematizando esses dados em
formulário específico.
Art. 5*o** *As línguas inventariadas farão jus a ações de valorização e
promoção por parte do poder público.
Art. 6*o** *Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios serão
informados pelo Ministério da Cultura, em caso de inventário de alguma língua em seu
território, para que possam promover políticas públicas de reconhecimento e
valorização.
Art. 7*o** *O Ministério da Cultura instituirá comissão técnica com a
finalidade de examinar as propostas de inclusão de línguas no Inventário
Nacional da Diversidade Linguística, integrada por representantes dos
Ministérios da Cultura, da Educação, da Justiça, da Ciência e Tecnologia e
do Planejamento, Orçamento e Gestão.
§ 1*o* Os membros da comissão técnica serão indicados pelos titulares dos
órgãos que o integram e designados pelo Ministro de Estado da Cultura.
§ 2*o** *A comissão técnica poderá convidar representantes dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios que possuam línguas cuja inclusão no
Inventário Nacional da Diversidade Lingüística tenha sido indicada, bem
como especialistas para participarem de suas discussões e atividades.
§ 3*o* A comissão técnica poderá contratar consultores, de acordo com a
legislação aplicável, para a discussão e exame de questões específicas.
§ 4*o* A coordenação da comissão técnica será exercida pelo Ministério da
Cultura, que prestará o apoio administrativo e os meios necessários à
execução das atividades do colegiado.
§ 5*o* A participação na comissão técnica será considerada prestação de
serviço público relevante, não remunerada.
Art. 8*o** *Poderão propor a inclusão de línguas no Inventário Nacional da
Diversidade Linguística à comissão técnica, órgãos e instituições públicas
federais, estaduais, distritais e municipais, entidades da sociedade civil e
de representações de falantes, conforme normas a serem expedidas pelo
Ministério da Cultura.
Art. 9*o** *Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 9 de dezembro de 2010; 189*o* da Independência e 122*o* da
República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
*Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
Fernando Haddad
Paulo Bernardo Silva
João Luiz Silva Ferreira
Sergio Machado Rezende*
Este texto não substitui o publicado no DOU de 10.12.2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
COLEÇÃO HISTÓRIA GERAL DA ÁFRICA - UNESCO
COLEÇÃO HISTÓRIA GERAL DA ÁFRICA
UNESCO
Download gratuito
Publicada em oito volumes, a edição completa da coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção está publicada também em árabe, inglês e francês, sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili.
Site onde estão disponíveis os livros para download:
http://www.unesco.org/pt/brasilia/dynamic-content-single-view/news/general_history_of_africa_collection_in_portuguese/back/20527/cHash/fa3a677a3d/
UNESCO
Download gratuito
Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e suas relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.
Publicada em oito volumes, a edição completa da coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção está publicada também em árabe, inglês e francês, sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili.
Site onde estão disponíveis os livros para download:
http://www.unesco.org/pt/brasilia/dynamic-content-single-view/news/general_history_of_africa_collection_in_portuguese/back/20527/cHash/fa3a677a3d/
Cuba cria enciclopédia online com ponto de vista descolonizador
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=143724&id_secao=10
Cuba cria enciclopédia online com ponto de vista descolonizador
O site em espanhol da recém-criada enciclopédia colaborativa cubana se chama ecured.cu, e já possui 20 mil verbetes. O objetivo, segundo os organizadores, é propagar conhecimento e difundir informações sob o ponto de vista descolonizador: “preencher o vazio de informação para os cubanos, que têm acesso restrito devido ao bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba”, diz mensagem de boas vindas do site.
O artigo que se refere aos Estados Unidos, por exemplo, descreve o país como o "império de nosso tempo, que historicamente vem tomando por meio da força territórios e recursos naturais de outras nações para colocá-los a serviço de suas empresas e monopólios”.
O verbete diz também que Washington sempre quis assumir o controle de Cuba e que, há muito tempo, os líderes norte-americanos veem a ilha como "aqueles que admiram uma charmosa fruta que terminará por cair em suas mãos".
A EcuRed possui uma extensa biografia do ex-presidente cubano Fidel Castro, incluindo sua participação na política após a doença que lhe tirou do poder em 2006. "Hoje escreve e participa da luta de ideias a nível mundial. Por sua autoridade moral, influi em importantes e estratégicas decisões da Revolução", descreve o artigo.
Também há um artigo sobre o presidente, Raúl Castro, definido como combatente revolucionário, dirigente político, estadista e chefe militar. "Contribuiu com relevantes aportes às lutas do povo cubano em defesa de sua soberania e independência."
As atualizações devem ser autorizadas mediante aprovação de um moderador, que não está identificado no Ecured. A maior parte de suas páginas se divide entre artigos de história e biografias de personalidades, mas há também textos sobre geografia e divulgação científica.
O nome da enciclopédia é originado da palavra 'ecúmene' (ecúmeno, em português), e é usado no sentido de designar um conjunto de locais habitados por povos de várias culturas conhecidas.
Embora já esteja disponível na rede e tenha registrado 270 mil acessos até o momento, o site será lançado oficialmente nesta terça-feira (14) pelo Jovem Clube de Computação e Eletrônica, uma organização cubana que conta com 600 membros em toda a ilha.
Até julho de 2011, Cuba espera ter instalado cabos de fibra ótica para internet cubana, provida por um satélite emprestado pela Venezuela, que é utilizado para conexão.
Com informações do Opera Mundi
Cuba cria enciclopédia online com ponto de vista descolonizador
O site em espanhol da recém-criada enciclopédia colaborativa cubana se chama ecured.cu, e já possui 20 mil verbetes. O objetivo, segundo os organizadores, é propagar conhecimento e difundir informações sob o ponto de vista descolonizador: “preencher o vazio de informação para os cubanos, que têm acesso restrito devido ao bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba”, diz mensagem de boas vindas do site.
O artigo que se refere aos Estados Unidos, por exemplo, descreve o país como o "império de nosso tempo, que historicamente vem tomando por meio da força territórios e recursos naturais de outras nações para colocá-los a serviço de suas empresas e monopólios”.
O verbete diz também que Washington sempre quis assumir o controle de Cuba e que, há muito tempo, os líderes norte-americanos veem a ilha como "aqueles que admiram uma charmosa fruta que terminará por cair em suas mãos".
A EcuRed possui uma extensa biografia do ex-presidente cubano Fidel Castro, incluindo sua participação na política após a doença que lhe tirou do poder em 2006. "Hoje escreve e participa da luta de ideias a nível mundial. Por sua autoridade moral, influi em importantes e estratégicas decisões da Revolução", descreve o artigo.
Também há um artigo sobre o presidente, Raúl Castro, definido como combatente revolucionário, dirigente político, estadista e chefe militar. "Contribuiu com relevantes aportes às lutas do povo cubano em defesa de sua soberania e independência."
As atualizações devem ser autorizadas mediante aprovação de um moderador, que não está identificado no Ecured. A maior parte de suas páginas se divide entre artigos de história e biografias de personalidades, mas há também textos sobre geografia e divulgação científica.
O nome da enciclopédia é originado da palavra 'ecúmene' (ecúmeno, em português), e é usado no sentido de designar um conjunto de locais habitados por povos de várias culturas conhecidas.
Embora já esteja disponível na rede e tenha registrado 270 mil acessos até o momento, o site será lançado oficialmente nesta terça-feira (14) pelo Jovem Clube de Computação e Eletrônica, uma organização cubana que conta com 600 membros em toda a ilha.
Até julho de 2011, Cuba espera ter instalado cabos de fibra ótica para internet cubana, provida por um satélite emprestado pela Venezuela, que é utilizado para conexão.
Com informações do Opera Mundi
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Aguarda-se providências do Ministério Público - Concurso da UNIR - Rondônia
Segundo o Ministério Público em Porto Velho (confira abaixo), surgiram muitas queixas e termos de declarações, pessoalmente, e através de e-mails, o que considera-se que o Concurso deva ser revisto. Podem ser vistos, ainda, no site da UNIR - http://www.unir.br/ - os ínumeros recursos que foram impetrados durante o Concurso.
Tem-se informações que o Procurador baixou uma portaria de ICP (ainda não foi confirmada por nós).
Abaixo, refere-se à prova escrita, o que eliminou a candidata em questão. Entretanto, podem ser vistos outros recursos quanto à prova didática e também, a parte administrativa. Esperemos um posicionamento do Minstério Público e demais autoridades que foram acionadas: a própria UNIR, durante o concurso e a Justiça Federal em Rondonia - Porto Velho. Aguarda-se apurações,ações e decisões concretas.
Qualquer denúncia ou manifestação de apoio, favor enviar para preconceitonafalaenacor@bol.com.br.
"Escravizados derrubavam mata em fronteira agropecuária" - No Brasil??? Em Rondonia??? Porto Velho??? No Amazonas??? Em Lábrea-Am???
09/12/2010 - 23:43
Recebemos esse texto, seguido da seguinte mensagem de alguém que, no momento, preferimos não identificar:
"Realmente, algumas pessoas por aí (especificamente, em Lábrea - AM) têm certamente outros modos de ler o mundo e de se relacionar que em outros lugares não se encontra..."
Escravizados derrubavam mata em fronteira agropecuária
Grupo de 11 que desmatava Floresta Amazônica estava “ilhado”. Vítimas dormiam em barracos de lona, sem alimentação adequada e em situação precária. Operação foi conduzida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT)
Por Bárbara Vidal
Operação coordenada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) encontrou 11 trabalhadores "ilhados" e escravizados no meio da Floresta Amazônica. Aliciados em Porto Velho (RO), eles estavam mais precisamente em Lábrea (AM) - município amazonense, na divisa com Acre e Rondônia, que vem apresentando altos índices de desmatamento nos últimos anos.
Para se ter ideia do isolamento, antes de ser libertado, um deles adoeceu e, para receber atendimento médico, teve primeiro que caminhar quase 80 km até chegar à Rodovia BR-364 para somente depois pegar uma carona que o deixou na cidade mais próxima, a mais de 200 km de distância. Os trabalhos da fiscalização foram concluídos em 1º de dezembro.
As vítimas, que tinham entre 18 e 35 anos e estavam no local há oito dias, atuavam no desmatamento de mata nativa em área de expansão da fronteira agropecuária. De acordo com o procurador do trabalho Audaliphal Hildebrando da Silva, que coordenou a ação, eles viviam em condições desumanas, com pouca comida à disposição, dormindo em redes sob barracas improvisadas de lona com abertura lateral, sem acesso a estruturas básicas (como instalações sanitárias e elétricas, bem como espaço de vivência), ou sejam completamente alheios às normas estabelecidas.
Eram ainda submetidos a longas jornadas de trabalho. Segundo o que teria ficado acordado com o arregimentador de empreitada (comumente chamado de "gato") Alcione Swenka, receberiam entre R$ 1,00 e R$ 2,00 por hectare (que tem proporção similar a um campo oficial de futebol) desmatado na propriedade pertencente ao fazendeiro Rafael Amaral.
Os trabalhadores utilizavam as águas de um igarapé próximo. Não estavam sendo utilizados equipamento de proteção individual (EPIs) regularmentares. "Estavam todos sem camisa e usando chinelos", descreve Audaliphal. O grupo tinha que pescar o seu próprio peixe para se alimentar e, segundo o procurador, "havia arroz e farinha, mas era muito pouco".
A previsão era que a derrubada da mata duraria por volta de 45 a 60 dias desde que foi iniciada. O ponto em que a situação foi flagrada, relata o representante do MPT, ficava a 350 km de Rio Branco (AC), capital estadual mais próxima. "O empreiteiro levou o grupo para lá e eles não tinham como sair. Estavam completamente ilhados", completa.
A propriedade, conforme checagem inicial promovida pela fiscalização trabalhista, está cadastrada perante órgãos ambientais: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) federal, e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
Independentemente do adiantamento de R$ 200,00 que as vítimas disseram ter recebido para começar a trabalhar, as condições degradantes e o isolamento geográfico contribuem para a caracterização do trabalho análogo à escravidão. A jornada começava às 8h e seguia até às 18h. Não havia qualquer comércio local nem as chamadas cantinas nas quais produtos são vendidos a preços superfaturados, típicos da servidão por dívida.
O "gato" Alcione Swenka e o proprietário Rafael Amaral foram localizados, por indicação das próprias vítimas, em Porto Velho (RO). O dono da área não fora autuado anteriormente por trabalho escravo.
Durante audiência sobre o caso, a fiscalização conduzida pelo MPT concluiu preliminarmente que o principal responsável pelo aliciamento da mão de obra e também pelo quadro encontrado teria sido o "gato", responsável direto pelo recrutamento e pela execução do desmatamento.
As verbas rescisórias (que somaram R$ 900,00) foram pagas e cada trabalhador recebeu mais R$ 1 mil por danos morais, além das parcelas do Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado. Para aprofundamento das investigações, Audaliphal conta que o relatório da operação será remetido à Polícia Federal, que participou da fiscalização fazendo a proteção dos agentes públicos, assim como ao Ministério Público Federal (MPF) e à Superintendência do Trabalho e Emprego do Amazonas (SRTE/AM).
Recebemos esse texto, seguido da seguinte mensagem de alguém que, no momento, preferimos não identificar:
"Realmente, algumas pessoas por aí (especificamente, em Lábrea - AM) têm certamente outros modos de ler o mundo e de se relacionar que em outros lugares não se encontra..."
Escravizados derrubavam mata em fronteira agropecuária
Grupo de 11 que desmatava Floresta Amazônica estava “ilhado”. Vítimas dormiam em barracos de lona, sem alimentação adequada e em situação precária. Operação foi conduzida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT)
Por Bárbara Vidal
Operação coordenada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) encontrou 11 trabalhadores "ilhados" e escravizados no meio da Floresta Amazônica. Aliciados em Porto Velho (RO), eles estavam mais precisamente em Lábrea (AM) - município amazonense, na divisa com Acre e Rondônia, que vem apresentando altos índices de desmatamento nos últimos anos.
Para se ter ideia do isolamento, antes de ser libertado, um deles adoeceu e, para receber atendimento médico, teve primeiro que caminhar quase 80 km até chegar à Rodovia BR-364 para somente depois pegar uma carona que o deixou na cidade mais próxima, a mais de 200 km de distância. Os trabalhos da fiscalização foram concluídos em 1º de dezembro.
As vítimas, que tinham entre 18 e 35 anos e estavam no local há oito dias, atuavam no desmatamento de mata nativa em área de expansão da fronteira agropecuária. De acordo com o procurador do trabalho Audaliphal Hildebrando da Silva, que coordenou a ação, eles viviam em condições desumanas, com pouca comida à disposição, dormindo em redes sob barracas improvisadas de lona com abertura lateral, sem acesso a estruturas básicas (como instalações sanitárias e elétricas, bem como espaço de vivência), ou sejam completamente alheios às normas estabelecidas.
Eram ainda submetidos a longas jornadas de trabalho. Segundo o que teria ficado acordado com o arregimentador de empreitada (comumente chamado de "gato") Alcione Swenka, receberiam entre R$ 1,00 e R$ 2,00 por hectare (que tem proporção similar a um campo oficial de futebol) desmatado na propriedade pertencente ao fazendeiro Rafael Amaral.
Os trabalhadores utilizavam as águas de um igarapé próximo. Não estavam sendo utilizados equipamento de proteção individual (EPIs) regularmentares. "Estavam todos sem camisa e usando chinelos", descreve Audaliphal. O grupo tinha que pescar o seu próprio peixe para se alimentar e, segundo o procurador, "havia arroz e farinha, mas era muito pouco".
A previsão era que a derrubada da mata duraria por volta de 45 a 60 dias desde que foi iniciada. O ponto em que a situação foi flagrada, relata o representante do MPT, ficava a 350 km de Rio Branco (AC), capital estadual mais próxima. "O empreiteiro levou o grupo para lá e eles não tinham como sair. Estavam completamente ilhados", completa.
A propriedade, conforme checagem inicial promovida pela fiscalização trabalhista, está cadastrada perante órgãos ambientais: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) federal, e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
Independentemente do adiantamento de R$ 200,00 que as vítimas disseram ter recebido para começar a trabalhar, as condições degradantes e o isolamento geográfico contribuem para a caracterização do trabalho análogo à escravidão. A jornada começava às 8h e seguia até às 18h. Não havia qualquer comércio local nem as chamadas cantinas nas quais produtos são vendidos a preços superfaturados, típicos da servidão por dívida.
O "gato" Alcione Swenka e o proprietário Rafael Amaral foram localizados, por indicação das próprias vítimas, em Porto Velho (RO). O dono da área não fora autuado anteriormente por trabalho escravo.
Durante audiência sobre o caso, a fiscalização conduzida pelo MPT concluiu preliminarmente que o principal responsável pelo aliciamento da mão de obra e também pelo quadro encontrado teria sido o "gato", responsável direto pelo recrutamento e pela execução do desmatamento.
As verbas rescisórias (que somaram R$ 900,00) foram pagas e cada trabalhador recebeu mais R$ 1 mil por danos morais, além das parcelas do Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado. Para aprofundamento das investigações, Audaliphal conta que o relatório da operação será remetido à Polícia Federal, que participou da fiscalização fazendo a proteção dos agentes públicos, assim como ao Ministério Público Federal (MPF) e à Superintendência do Trabalho e Emprego do Amazonas (SRTE/AM).
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