segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Assim mesmo... - reflexão

Assim mesmo...
Madre Tereza de Calcutá

Muitas vezes as pessoas são egocêntricas,
ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-la de
egoísta, interesseira.
Seja gentil assim mesmo.

Se você é vencedora, terá alguns falsos
amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você é honesta e franca,as pessoas
podem enganá-la.
Seja honesta e franca assim mesmo.

O que você levou anos para construir,
alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

O bem que você faz hoje pode
ser esquecido amanhã.
Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor
de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.

Veja você que, no final das contas,
é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e as outras pessoas.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

MANIFESTO

MANIFESTO




Assinatura da Concessão de Belo Monte é mais uma ofensiva macabra para sentenciar a morte do rio Xingu





Os funcionários do Planalto ainda não terão limpado os restos da festança que comemorará o retorno do Presidente da República ao seu Palácio nesta quarta, dia 25, e o governo federal assinará a sentença de morte do Xingu e a expulsão de milhares de cidadãos de suas casas, o pouco que ribeirinhos e pequenos agricultores das barrancas do rio podem chamar de seu.





Num ato de escandalosa afronta a convenções internacionais de direitos humanos, à legislação brasileira e à Constituição do país, o governo firmará, nesta quinta, 26, o Decreto de Outorga e o Contrato de Concessão da UHE Belo Monte com o Consórcio N/Morte Energia no Palácio do Planalto.





A assinatura ocorrerá antes do Ibama ter concedido a Licença de Instalação à obra, que, por lei, deve anteceder mesmo o processo de licitação (artigo 4 da resolução 006 do CONAMA), e enquanto ainda tramitam na Justiça 15 Ações Civis Públicas contra a Licença Prévia, contra o leilão e por violação de Direitos Humanos e Constitucionais das populações ameaçadas.





Neste ato, serão rasgados acordos internacionais como a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas e a Convenção sobre Diversidade Biológica, que exigem o consentimento livre, prévio e informado dos Povos Indígenas e Comunidades Locais em caso de empreendimentos que afetem suas vidas.





Será consolidado um procedimento que ressuscitou um autoritarismo aterrador por parte do governo, que instou o Tribunal Regional Federal a derrubar sem a mínima avaliação dos argumentos jurídicos três liminares concedidas pela Justiça Federal contra a obra e o leilão, constrangeu procuradores do Ministério Público Federal através de ameaças abertas por parte da Advocacia Geral da União, e avalizou um projeto que custará mais de 19 bilhões de reais – a maior parte advinda de fundos públicos como o BNDES e de fundos de pensão - sem a menor garantia de viabilidade econômica, representando uma grave ameaça ao erário público.





Há mais de um ano atrás, em julho de 2009, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu em audiência representantes da comunidade científica, lideranças indígenas e sociais e o bispo da Prelazia do Xingu, Dom Erwin Kräutler, e garantiu textualmente a seus interlocutores que não lhes “enfiaria Belo Monte goela abaixo”. Também se comprometeu a responder algumas questões, que lhe foram enviadas por carta posteriormente:





O que diz Lula ao Brasil sobre a ineficiência energética da usina, que na maior parte do ano só produzirá 40% da energia prometida?


Que garantias Lula dá às populações do Xingu de que não serão construídas outras três usinas – Altamira, Pombal e São Felix do Xingu – no rio?


O que diz Lula sobre os impactos às populações indígenas?


Qual o número de atingidos pela obra que serão deslocados de suas casas?


O que será da população dos 100 km da Volta Grande do Xingu que secarão com Belo Monte?


O que diz Lula sobre a pressão populacional que a região sofrerá com a migração de milhares de pessoas para Altamira, em busca de emprego e oportunidade?


Qual é, afinal, o custo da usina?


Qual será a tarifa cobrada da população brasileira pela energia produzida por Belo Monte?


Estas perguntas nunca foram respondidas pelo presidente. Não foram respondidas satisfatoriamente por ninguém. As populações ameaçadas, todos nós brasileiros, fomos escanteados, desrespeitados em nossos direitos, tivemos nossas leis pisadas na lama e nossos direitos ridicularizados.



A assinatura do Decreto de Outorga e do Contrato de Concessão da UHE Belo Monte, um dos primeiros atos oficiais no reluzente e recém-reinaugurado Palácio do Planalto, deixará uma mancha macabra e feia. Mas não extinguirá a resistência de indígenas, ribeirinhos e pequenos agricultores que lutam por suas vidas no Xingu, e por tudo que o rio e as matas são para eles e para nós: garantia de futuro.



Vergonha sobre o governo! Belo Monte não passará!





Assinam:



Dom Erwin Kräutler, bispo da Prelazia do Xingu



Movimento Xingu Vivo para Sempre - MXVPS



Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB



Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira - COIAB



Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo - Apoinme



Aty Guasu



Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal - Arpipan



Articulação dos Povos Indígenas do Sul - Arpinsul



Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste - Arpinsudeste



Conselho Indigenista Missionário - CIMI



Rede Fórum da Amazônia Oriental - FAOR



Comitê Metropolitano Xingu Vivo para Sempre, Belém/PA



Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos – SDDH



Instituto Amazônia Solidária e Sustentável - IAMAS



Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé



Instituto Socioambiental - ISA



Society for Threatened Peoples International



Instituto de Estudos Socioeconômicos - INESC



Instituto Terramar



Justiça Global



Rede Brasileira de Justiça Ambiental



Instituto Humanitas



Associação Floresta Protegida - Mebengokré/Kayapó



Instituto Ambiental Vidágua



Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB



IBASE



Centro Legal de Defensores do Meio Ambiente - EDLC



Survival International



FASE AMAZÔNIA



Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia - MAMA



Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense - FMAP



Articulação de Mulheres Brasileiras - AMB



Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará – CEDENPA



Terra de Direitos



Fundação Tocaia



Campa - Cooperação Associativo Ambiental Panamazônica



Fórum Carajás



Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais



Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul - PACS



COMITÊ-DOROTHY



OPERAÇÃO AMAZÔNIA NATIVA – OPAN



Associação Civil Alternativa Terrazul



REDE SOCIAL DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS



Centro de Defesa dos Direitos Humanos



Educação Popular do Acre-CDDHEP



Articulação de Mulheres Negras da Amazonia Brasileira - FULANAS



Rede Jubileu Sul Brasil



Rede Jubileu Sul Américas



Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul - PACS



Forum Mudanças Climáticas e Justiça Social



Assembléia Popular Nacional



Grito dos Excluídos



Sindicato dos professores de Nova Friburgo e região

GTA



Associação Civil Alternativa Terrazul







“Toda vez que nos unimos reforçamos nosso movimento. Temos que continuar lutando pela vida, pela cultura e biodiversidade e floresta; os velhos, os jovens e as gerações futuras não desistirão nunca da luta contra Belo Monte!"



Cacique Raoni Metuktire, Altamira, agosto de 2008

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Con la noticia de que puede tomar hasta cuatro meses rescatar a los 33 mineros atrapados en la mina de cobre San José, en Chile, surge una pregunta: ¿cuáles son los efectos físicos y mentales que enfrenta el organismo humano en esas condiciones?

Los mineros han estado atrapados desde el 5 de agosto, cuando el derrumbe de un túnel los dejó confinados en un pequeño espacio -un refugio- totalmente oscuro y con una temperatura constante de 36 grados centígrados.

Información
Relacionada ArtículosMineros no saben que rescate tardará meses
Comienzan a rehidratar a mineros
Chile: el rescate de los mineros tomará meses
VideosPrimeras imágenes de los mineros atrapados en ChileEl lunes se informó que por medio de un ducto de 15 centímetros de diámetro se logró enviarles suministros médicos, alimentos y cápsulas de hidratación.

Ahora los planes incluyen la perforación de otros ductos para ventilación y comunicación, y eventualmente se planea llevar a cabo una perforación suficientemente grande para poder rescatar a los mineros uno por uno.

Pero esta labor, dicen los expertos, podría tomar hasta cuatro meses.

"Creo que los principales desafíos en este caso, suponiendo que se consiga proporcionarles adecuadamente aire fresco, hidratación y alimentación, serán retos de orden psicológico", dice el profesor Pedro Arcos González, director de la Unidad de Investigación en Emergencia y Desastres de la Universidad de Oviedo, España.

"Porque 33 mineros son muchas personas y necesitarán de una supervisión psicológica constante", añade.

Según el experto, las condiciones ambientales en las que se encuentran los trabajadores podrían complicar su estado de salud, pero esto dependerá de su situación actual y de que no hayan sufrido heridas en el derrumbe.

"Por lo que sabemos, los 33 tienen un nivel de salud aceptable, excepto tres. Dos padecen de un trastorno pulmonar y creemos que otro de ellos es diabético, aunque ninguno de los tres es un enfermo grave".

Por eso, lo principal -afirma el experto- es, por un lado, mantenerlos adecuadamente hidratados y alimentados y, por otro, que tengan un nivel adecuado de comunicación con el mundo exterior, con sus familiares y con apoyo de profesionales.

Líderes naturales

Según el doctor James Thompson, psicólogo y codirector de la Clínica de Estrés Traumático de la Universidad de Londres, "la base en estas situaciones es la dinámica de grupo".

"Individualmente, cada uno de los mineros atravesará por malos momentos. Por eso es muy importante que los líderes naturales del grupo puedan mantener un apoyo constante con los demás".

Según el psicólogo, es probable que estos "líderes naturales" ya hayan surgido durante los pasados 18 días.

"Los líderes surgen desde el momento en que la gente se recupera del primer estado de shock y son los que toman la iniciativa de llevar a los demás a un lugar seguro, organizarlos y confortarlos, repitiendo que 'no hay que preocuparse, que seguro nos están ya buscando'".

Thompson cree que quizás el período más difícil ya ha pasado, que fueron las primeras horas de la catástrofe y los días posteriores, cuando los mineros no tuvieron ningún indicio del mundo exterior y no sabían si se los había ubicado.

Pasados esos momentos difíciles -añade- se puede decir que las condiciones están mejorando, ya que los hombres han logrado obtener, además de contacto exterior, alguna forma de sustento y nutrición.

"Como el infierno"

Pero ahora deberán enfrentar muchos días más en ese espacio confinado, oscuro y extremadamente caliente y en condiciones sanitarias bastante malas.

"En efecto, la situación en la que se encuentran es muy cercana a lo que podemos imaginar que es el infierno", expresa el doctor Thompson.

"Así que ahora será crucial mejorar sus circunstancias lo más que sea posible, por ejemplo, enviándoles suministros para higiene y evitando infecciones, además de incrementar la ventilación".

Según el experto español Pedro Arcos, "si se consigue mantenerlos con un nivel adecuado de hidratación y alimentación y si se logra renovar el aire de ese refugio, seguramente los principales retos en los próximos meses serán los psicológicos".

"Esto implica mantener un contacto permanente con sus familiares y darles apoyo constante, recordándoles que hay mucha gente que está haciendo todo lo posible para rescatarlos".

"Este respaldo es esencial para desactivar de alguna manera posibles conflictos o situaciones de estrés que se puedan ir produciendo", explica el profesor Arcos.

Por su parte, el doctor Thompson cree que los mineros necesitan concentrarse en las tareas diarias y no pensar a largo plazo, sino en los próximos dos o tres días.

"Con los sobrevivientes de campos de concentración hemos aprendido, por ejemplo, que nunca veían hacia un futuro lejano para soportar su situación", dice el psicólogo.

"Más bien se enfocaban en los siguientes días y en planear las rutinas diarias. Creemos que esa es la mejor forma de preparar psicológicamente al ser humano en desastres como estos".

FORO PERMANENTE DE REFLEXÃO SOBRE A AMÉRICA LATINA

FORO PERMANENTE DE REFLEXÃO SOBRE A AMÉRICA LATINA

2º PROGRAMA



O Memorial da América Latina e o Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da Universidade de São Paulo – PROLAM/USP convidam para o 2º encontro do projeto Foro Permanente de Reflexão sobre a América Latina.



Nesse encontro a pesquisadora Sônia Maria Geraldes discutirá a vulnerabilidade feminina à AIDS, no contexto da Síndrome no Brasil e no México . Tendo como plano de trabalho quatro momentos ou discursos: o médico, o jornalístico, o preventivo e o vivido (das portadoras), apresentará um olhar crítico sobre as contribuições dos diversos atores da Síndrome.





Conferencista : Dra. Sônia Maria Geraldes (Médica infectologista, com mestrado em Informação e Sociedade pelo PROLAM/USP, atua na Secretaria de Saúde do Distrito Federal, nas áreas de Planejamento e Assistência)



Coordenadora da mesa : Profa. Dra. Cremilda Medina (PROLAM/USP)



Debatedor : Prof. Dr. José da Rocha Carvalheiro (Médico, Professor Titular da USP, atualmente participa do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde – CDTS e é Assessor da OMS e do Presidente da Fiocruz)



30 de agosto de 2010 (segunda-feira), 19h

Anexo dos Congressistas/CBEAL



Fundação Memorial da América Latina

Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Metrô Barra Funda

São Paulo / SP

Entrada franca

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Matéria da Revista Forum é premiada -exclusão ambiental

Matéria de Fórum sobre exclusão ambiental é finalista em Prêmio de Reportagem
A matéria Ecologia ou Exclusão, de Camila Souza Ramos, publicada na edição 74 da revista Fórum, é uma das 5 finalistas na categoria mídia impressa da décima edição do Prêmio de Reportagem sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica. Releia o texto que fala sobre como o discurso ambiental, dissociado da questão social, serviu para criminalizar pobres na cidade do Rio de Janeiro.

Por Redação[17 de agosto de 2010 - 14h03]

terça-feira, 17 de agosto de 2010

“Entre a diversidade e a identidade: Encontros com a Literatura Brasileira Contemporânea”

Fundação Memorial da América Latina convida para o ciclo de palestras


“Entre a diversidade e a identidade: Encontros com a Literatura Brasileira Contemporânea”



23 de agosto – 19h30 às 22h (segunda)

LITERATURA E CRÍTICA

Palestrantes: Frederico Barbosa e Marcelo Tápia

Mediadora: Sônia Melchiori
Esse programa tem como objetivo principal trabalhar os aspectos sociais, lingüísticos e estéticos que fundamentam e conformam nossa produção literária recente, destacando seus relacionamentos com os processos midiáticos e outros modos de composição e institucionalização do sistema literário brasileiro. Desenvolvido há dois anos pelo Memorial, contará em sua terceira etapa com a participação de personalidades que são, ao mesmo tempo, críticos de literatura e autores de obras literárias, unindo, desse modo, os dois pilares de sustentação do sistema literário brasileiro.

Local: Biblioteca Latino-Americana Victor Civita

Entrada Franca





28 de agosto – 10h às 12h (sábado)

GIL VELOSO E AS FÁBULAS FARSAS

Palestrante: Gil Veloso

Mediador: Joel Rosa


A palestra, desenvolvida no âmbito do projeto “Entre a diversidade e a identidade: Encontros com a Literatura Brasileira Contemporânea”, tem por objetivo retratar as fábulas no universo literário brasileiro contemporâneo.

Local: Sala dos Espelhos do Auditório Simón Bolívar

Entrada Franca


Coordenação Acadêmica do Ciclo de Palestras: Professores Rita Couto, Murilo Jardelino

Grupo de estudos linguas africanas - USP

culturas negras, história, arte, educação, entretenimento
Uma mensagem a todos os membros de Aruanda Mundi

GRUPO DE ESTUDOS DE LÍNGUAS AFRICANAS

Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas

Universidade de São Paulo

Departamento de Linguística



MINIGELA: COMEMORAÇÃO DOS 10 ANOS



16/08 - 2ª feira

Local: ADM FFLCH – Salão Nobre



§ Defesa de Tese: 14h00

Fonologia segmental e supra-segmental do quimbundo: variedades

de Luanda, Bengo, Quanza Norte e Malange
Francisco da Silva Xavier





17/08 - 3ª feira

Local: ADM FFLCH – Salão Nobre



§ Defesa de Tese: 14h00

Morfologia verbal do lembaama
Bruno Okoudowa


18/08 - 4ª feira
Local: Sala 266 do Prédio de Letras - FFLCH-USP



* Mestre de Cerimônia: Bruno Okoudowa
* Abertura: 15h00 - Profª Drª Margarida Maria Taddoni Petter FFLCH/USP, coordenadora do Grupo de Estudos de Línguas Africanas
* Mesa-redonda: 15h15 às 17h00
Da África para a América: aspectos lexicais e sintáticos
Moderadora: Profª Drª Tania Maria Alkmim - Unicamp
Profª Drª Laura Álvarez - Stockholms universitet (Suécia)
Profª Drª Magdalena Coll - Universidad de la República (Uruguai)
Profª Drª Virgínia Bertolotti - Universidad de la República (Uruguai)
Prof. Dr. Juanito Avelar - Unicamp



19/08 - 5ª feira

Local: Sala 266 do Prédio de Letras - FFLCH-USP



* Conferência: 14h00 às 16h00

A criação do GELA à luz da história da linguística africana do

século XXI

Prof. Dr. Emilio Bonvini – CNRS-Paris

Debate entre os membros do GELA e o conferencista



20/08 - 6ª feira
Local: Sala 261 do Prédio de Letras - FFLCH-USP

§ Mesa-redonda: 14h00 às 16h00
Pesquisas do GELA
Elizabete Umbelino de Barros - Os desafios de se estudar a África em sala de aula
Dayane Cristina Pal - Descrição linguística de comunidades quilombolas
Bruno Okoudowa - A experiência de descrever uma língua como falante nativo
Francisco da Silva Xavier - O desafio da descrição de uma língua africana: o quimbundo no século XXI
Paulo Jeferson Pilar Araújo - Línguas rituais como campo de pesquisa
David Jemusse - Línguas banto-moçambicanas: atualidades e perspectivas

§ Intervalo: 16h00 às 16h20

§ Encerramento: 16h20

§ Desdobramentos das pesquisas do GELA

Profa. Dra. Márcia Santos Duarte de Oliveira (DLCV- GELIC)

Profª Drª Margarida Maria Taddoni Petter

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Férias remuneradas: um direito a ser conquistado no mundo

Férias remuneradas: um direito a ser conquistado no mundo
"Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente a uma limitação razoável da duração do trabalho e a férias periódicas pagas", estabelece o artigo 24 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada a 10 de dezembro de 1948. No entanto o direito a férias pagas não existe em muitos países do mundo.

Por Redação[15 de agosto de 2010 - 12h28]

"Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente a uma limitação razoável da duração do trabalho e a férias periódicas pagas", estabelece o artigo 24 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada a 10 de dezembro de 1948. No entanto o direito a férias pagas não existe em muitos países do mundo.

Esse direito foi uma conquista em primeiro lugar dos trabalhadores franceses em 1936, durante o governo da frente popular chefiado por Léon Blum. No mesmo ano, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) aprovou a convenção 52 na qual era estabelecido o direito a férias pagas, no mínimo de seis dias úteis. No entanto, esta convenção só foi ratificada por um pequeno número de países. A 2ª Guerra Mundial anulou o efeito prático desta convenção. Ainda assim, após o seu término, o direito a férias pagas foi garantido em muitos países, sobretudo na Europa.

Em 1952, a OIT aprovou a convenção 101 que estabelece férias pagas na agricultura e, em 1970, a OIT aprovou também a Convenção 132 sobre férias pagas, que revê a convenção 52 de 1936. A convenção 132 estabelece que:

- "Toda a pessoa à qual a convenção se aplique terá direito a férias anuais pagas de uma duração mínima determinada."

- "Todo o membro [Estado] que ratifique a convenção deverá especificar a duração das férias pagas numa declaração anexa à sua ratificação."

- "A duração das férias pagas não deverá em qualquer caso ser inferior a três semanas de trabalho para um ano de serviço."

Esta convenção aplica-se a todas as pessoas empregadas, exceto às "gentes do mar" para as quais foi aprovada uma convenção específica (146) em 1976 que estabelece como mínimo 30 dias de férias pagas.

A Convenção 132 no entanto só foi ratificada, até hoje, por 34 Estados: Alemanha, Arménia, Bélgica, Bósnia-Herzegovina, Brasil, Burkina Faso, Camarões, Chade, Croácia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, Guiné, Hungria, Iémen, Iraque, Irlanda, Itália, Letónia, Luxemburgo, Macedónia, Madagáscar, Malta, Moldávia, Noruega, Portugal, Quénia, República Checa, Ruanda, Sérvia, Suécia, Suiça, Ucrânia e Uruguai.

A União Europeia aprovou em 2003 a diretiva (*) 2003/88/CE do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece no artº 7º (Férias anuais):
"1. Os Estados-Membros tomarão as medidas necessárias para que todos os trabalhadores beneficiem de férias anuais remuneradas de pelo menos quatro semanas, de acordo com as condições de obtenção e de concessão previstas nas legislações e/ou práticas nacionais.
2. O período mínimo de férias anuais remuneradas não pode ser substituído por retribuição financeira, exceto nos casos de cessação da relação de trabalho."

Em muitos países não está ainda garantido o direito a férias remuneradas. É o caso dos Estados Unidos onde as férias pagas não são obrigatórias. Apenas 67% dos trabalhadores do aparelho de Estado e 80% dos trabalhadores do setor privado têm direito a férias pagas de duração variável. No Japão são garantidos 10 dias de férias, mas não remuneradas. Os trabalhadores chineses tiveram em 1999 pela primeira vez direito a uma semana. Atualmente têm direito a três semanas, mas este direito não se aplica em todos os setores.

A OIT calculava em cerca de 3,5 bilhões em 1980 e 4 bilhões em 2000 o número de pessoas com férias remuneradas no mundo.

(*) Esta diretiva da União Europeia estabelece ainda nos seus considerandos:
"(13) No caso dos pescadores à porcentagem que trabalhem por conta de outrém, cabe aos Estados-Membros determinar, nos termos da presente diretiva, as condições de aquisição do direito a férias anuais e da sua concessão, incluindo as modalidades de pagamento.
(14) As normas específicas previstas por outros instrumentos comunitários no que respeita, por exemplo, aos períodos de descanso, ao tempo de trabalho, às férias anuais e ao trabalho noturno de determinadas categorias de trabalhadores, devem prevalecer sobre as disposições da presente diretiva."

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A Filosofia da História em perspectiva

A Filosofia da História em perspectiva


De 16 a 20 de agosto, o Programa de Pós-Graduação em Filosofia promove mini-curso com o tema "A Filosofia da História em perspectiva: debates contemporâneos", que será ministrado pela Profa. Dra. María Inés Mudrovcic (Universidad Nacional del Comahue - Conicet, Argentina).

Veja mais informações em nossa página: www.ffch.ufba.br

No Líbano, discriminação é contemplada por lei

No Líbano, discriminação é contemplada por lei
Apesar de divergir de outros países do Oriente Médio em relação à liberdade da mulher, o Líbano também é conhecido e reconhecido por ser um país intolerante com mulheres estrangeiras. De acordo com integrante de ONG, discriminação é culpa da legislação.
Por Mona Alami
[11 de agosto de 2010 - 15h47]
O Líbano tem certa reputação de abertura devido à relativa liberdade que gozam suas mulheres em comparação com outros países do Oriente Médio. Porém, muitas estrangeiras sofrem uma grande discriminação. É comum ver em Beirute mulheres dirigindo caros veículos, acompanhadas de uma asiática ou uma africana no assento de trás. São suas empregadas domésticas, a maioria procedente de lugares como Etiópia, Filipinas, Nepal e Sri Lanka.

Estas não são apenas maltratadas por seus empregadores, que retêm seus passaportes e as obrigam a trabalhar sete dias por semana, como também sofrem discriminação em lugares públicos. Nos balneários podem ser vistas babás estrangeiras completamente vestidas apesar do calor, enquanto as crianças sob seus cuidados brincam felizes na piscina. “Reservei um quarto para a babá da minha filha no ano passado em um dos balneários do norte do Líbano. Fiquei indignada quando soube que ela não poderia ir à piscina conosco”, contou Nayla Saab, que emprega uma filipina.

Práticas racistas também são vistas em clubes e restaurantes. No começo deste mês, Hussam Oueini foi impedido de entrar em um clube por causa da cor da pele de um amigo afro-norte-americano que estava de passagem pelo Líbano. “Reservei uma mesa para dez pessoas, mas o porteiro olhou para meu amigo negro e disse que a mesa estava completa, mesmo quando só haviam chegado sete pessoas”, contou Oueini, que se queixou ao gerente, mas este respondeu que o porteiro estava autorizado a impedir a entrada de clientes que não tivessem “certa aparência”.

Um estudo da organização não governamental IndyAct concluiu que, nos 20 balneários pesquisados, as trabalhadoras domésticas asiáticas e africanas eram impedidas de usar suas instalações. “Este é um sintoma do propagado racismo que existe no Líbano”, disse o diretor de comunicações do grupo, Ali Fakhri. Nenhum destes incidentes constituiu um crime, porque no Líbano não há legislação contra o racismo. “A Constituição estabelece que todos os libaneses são iguais perante a lei, mas nada fala sobre direitos dos estrangeiros”, explicou o advogado Amal Takiedine. Segundo Ali, a discriminação é socialmente aceita no país, e está presente até mesmo no governo.

O ativista contou que a IndyFact teve problemas com as autoridades quando pretendeu realizar uma conferência com a participação de profissionais asiáticos. “Pediram aos participantes, médicos da Índia, do Nepal e das Filipinas, que assinassem um acordo se comprometendo a não trabalhar ilegalmente nem se casar no país. Foi um insulto”, afirmou Ali.

No Líbano não só existe racismo para os estrangeiros, como também ocorre discriminação de classe e cultura, disse Ali. Por exemplo, uma mulher jovem que vestia “hijab”, tradicional véu islâmico, foi impedida de entrar em um show de música eletrônica. “Na emissora de rádio que organizava a apresentação disseram que não eram vendidos ingressos para pessoas com certo perfil”, acrescentou.

Há alguns dias, uma patrulha da Segurança Geral libanesa fez uma blitz em um salão de baile em Ouzai, subúrbio da capital, onde cerca de 150 refugiados de diferentes nacionalidades africanas realizavam uma reunião para arrecadar fundos contra o câncer. Os policiais teriam maltratado um grupo de sudaneses, vários deles sem autorização de residência. No Líbano, são muitos os imigrantes africanos ilegais, principalmente da Etiópia e do Sudão. “As penitenciárias têm fama de tratar brutalmente os prisioneiros, especialmente os imigrantes africanos, que, no geral, ficam presos por mais tempo do que estabelece a sentença, e também são obrigados a limpar as instalações policiais”, denunciou Ali.

Além de sofrer discriminação, os estrangeiros não gozam dos mesmos direitos com relação à propriedade. Há um limite para o que podem comprar. Os palestinos enfrentam restrições mais severas. Não podem ter bens de raiz nem herdar propriedades, mesmo de um familiar libanês. Amal afirmou que a discriminação é mantida devido à falta de uma lei civil unificada. “O sistema legal libanês contempla diferentes regras para as diferentes comunidades. Esta situação naturalmente leva à desigualdade”, afirmou.

* Por Envolverde/IPS / Foto Flickr de Jane Costa Lima

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

REFORCE SEU ACERVO GRATUITAMENTE, ACESSANDO A PÁGINA DO CIFEFIL

Ilustre Colega:

Estamos iniciando o segundo semestre letivo de 2010 !...

O Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos disponibiliza
diversos eventos e um excelente banco de textos teóricos para o aprofun-
damento de seus estudos.

Visite o portal http://www.filologia.org.br e utilize os serviços que lhe ofere-
cemos gratuitamente.

Mas não deixe de acessar a página do XIV Congresso Nacional de Lin-
guística e Filologia (http://www.filologia.org.br/xiv_cnlf) e participar desse
importante encontro de nossa área!...

Se desejar participar de outros eventos nacionais e internacionais de Letras,
acesse a página http://www.filologia.org.br/agendadeeventos.html, sempre
atualizada.

Mas se desejar consultar os textos para seus trabalhos acadêmicos, acesse
a página http://www.filologia.org.br/buscainterna.html, que lhe oferece milha-
res de sugestões e textos que podem ser baixados para o seu computador.


Atenciosamente,
José Pereira da Silva

PRECONCEITO NA UNIVERSIDADE

Preconceito na universidade
Seg, 09 de Agosto de 2010 07:46

Alunos que ingressaram por meio de cotas raciais relatam hostilidade de professores, funcionários e colegas
Carolina Rofre - DIÁRIO DA MANHÃ - GO

O professor entra na sala de aula da universidade, coloca a pasta sobre a mesa, puxa a lista de chamada e percebe que está sem caneta para escrever: "Alguém tem uma caneta?", diz aos alunos, e completa: "Mas, por favor, não me deem preta, porque essas entraram aqui por cota." Estas e outras formas de brincadeira, oriundas não apenas de professores, mas de alunos e funcionários se tornaram comuns no cotidiano das universidades públicas do Estado de Goiás depois que o sistema de cotas raciais foi adotado como forma de ingresso de alunos nessas instituições. É o que relata estudantes que conquistaram uma vaga por meio desse dispositivo.

As cotas raciais já são realidade na Universidade Federal de Goiás (UFG) há dois anos. Na Universidade Estadual de Goiás (UEG), elas existem desde 2006. Para evitar discriminações, as instituições garantem o sigilo sobre quem são os seus alunos cotistas. Somente alguns poucos funcionários, ligados ao processo seletivo e à coordenação dos cursos de graduação, sabem quem são esses alunos e não há como identificá-los a não ser que eles se revelem.

Edergênio Vieira, 24, é um deles. Estudante do curso de Letras da UEG, ele conta que o ambiente na universidade é hostil para os alunos que entraram por meio de cotas raciais. "Poucos aqui têm coragem de se identificar como cotista", diz o rapaz, que sempre estudou em escola pública, terminou o ensino médio com 18 anos, prestou vestibular para jornalismo na UFG e não passou, parou de estudar porque teve que trabalhar, entrou em uma universidade privada, mas teve que sair porque não conseguiu pagar e só entrou em uma instituição de ensino superior pública no ano passado, por meio das cotas raciais. "Na universidade há o mesmo tipo de preconceito que existe na sociedade em geral, velado, em tom de brincadeira. O negro é discriminado em todo canto, pela polícia, no mercado de trabalho, por que não seria aqui?"

Presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás, Lacy Machado ressalta que o aluno vítima de discriminação deve, em primeiro lugar, tentar conversar com o autor da discriminação. Caso isso não resolva o problema, ele deve comunicar o fato à coordenação do curso se, mesmo assim a discriminação persisistir, ele deve denunicar o fato à autoridade maior da universidade. Em último caso, deve acionar o Ministério Público.

Regulamentação deverá vir por decreto

A hostilidade contra o aluno cotista não está relacionada apenas ao preconceito racial. Ela se deve também à polêmica que envolve a questão das cotas raciais nas universidades públicas. Tal polêmica tem rendido debates acirrados entre os que são a favor e aqueles que são contrários às cotas raciais. O dissenso sobre a questão levou à exclusão do dispositivo de cotas do texto do Estatuto da Igualdade Racial para que o mesmo fosse aprovado, em junho deste ano, depois de sete anos de tramitação.

Autor do livro Uma gota de sangue, em que analisa a formação histórica do pensamento racial no Brasil, o sociólogo Demétrio Magnoli acredita que a hostilidade contra os alunos cotistas é resultado de um "sentimento de injustiça" que o sistema de cotas produz ao conceder privilégio com base na cor da pele. Para ele, as cotas vão de encontro a ideia preconizada pela Constituição Brasileira de que todos são iguais perante à lei. "Espero que o Supremo (Tribunal Federal - STF) restaure a vigência da constituição", diz.

Para o sociólogo, as cotas sociais são menos problemáticas porque possibilitam uma diferenciação dos indivíduos de forma mais obejtiva. Por isso, diz, bolsas de estudo e insenções de taxas para alunos pobres são aceitas pela sociedade. "Jovens vindos da mesma classe social não podem ser diferenciados pela cor da pele", defende.

Em junho do ano passado, o Partido dos Democratas (DEM) entrou com ação no STF pedindo a suspensão do sistema de cotas raciais da Universidade de Brasília. O partido também acredita que, além de inconstitucional, as cotas reforçam o preconceito racial. A ação, que ainda não foi julgada, é vista como decisiva para o futuro das cotas, uma vez que uma decisão contrária às cotas raciais abrirá precedentes para outras decisões semelhantes.

Cerca de 80 universidades públicas do País possuem algum tipo de sistema de ingresso diferenciado para alunos negros ou afrodescendentes. Além disso, as cotas raciais se tornaram instrumento da política de inclusão social do Governo Federal. Depois das eleições deste ano, o projeto de lei 73/99 que prevê as cotas raciais e sociais como formas de ingresso de alunos em universidades públicas, em trâmite há dez anos no Congresso, deve voltar à pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Para o presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), somente as cotas sociais têm chance de serem aprovadas. Contrário às cotas raciais, para o senador, não se pode negar a injustiça que os negros vêm sofrendo ao longo da história, mas o racismo não se combate com cotas.

Inicialmente, o projeto de lei 73/99 previa reserva de vagas apenas para alunos oriundos de escolas públicas. Durante a tramitação, o projeto recebeu substitutivos e agregou outras propostas, como a das cotas em universidades públicas para alunos negros. Autora da proposta inicial, a deputada Nice Lobão (DEM-MA) lamenta a mudança, por acreditar que a inclusão das cotas raciais prejudicou a aprovação de seu projeto.

Autor do projeto do Estatuto da Igualdade Racial, o senador Paulo Paim (PT-RS) acredita que falta mobilização social para as cotas ra-ciais serem aprovadas no Congresso. "Muitos reclamam do preconceito, mas poucos se mobilizam para mudar a situação", diz.

Diante da dificuldade de aprovar as cotas raciais no Congresso, o Governo Federal pretende regulamentá-las por meio de decretos. Segundo o ministro da Igualdade Racial, Elói Ferreira, um grupo constituído de representantes da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, do Ministério da Educação e da Advocacia-Geral da União, irá apresentar propostas nesse sentido ao governo até dia 20 de outubro.

Contrária às cotas raciais, a procuradora do Distrito Federal, Roberta Kaufmann, acredita que o preconceito contra os alunos cotistas é resultado de uma política que não se sustenta do ponto de vista objetivo. "Em vez de dizer que a diferenciação pela cor da pele é uma besteira, o Estado a legitima e acirra a tensão social", diz.

Injustiça social: problema não mais que remediado

Parte da equipe que implantou o sistema de cotas na UFG, o sociólogo Joaze Bernardino acredita que a polêmica das cotas precisa ser superada, uma vez que elas já estão consolidadas e que representam um número muito pequeno de vagas no quadro das universidades. Dos 637 alunos aprovados no último vestibular da UFG, 58 foram por meio de cotas raciais.

O sociólogo reconhece que o atual sistema de cotas não é o ideal para combater o racismo mas acredita que ele é necessário. "Precisamos de políticas públicas de distribuição de renda e de educação de qualidade, mas não podemos esperar por isso, não podemos ficar reféns da vontade política, as cotas são uma forma viável de agir contra o racismo", defende.

A hostilidade contra o cotista é relatada não apenas por estudantes universitários. Maicon Henrique Santos Silva, 19, que estuda em um curso pré-vestibular faz um ano e já tentou ingressar no curso de Medicina da UFG por duas vezes, diz que apenas dois colegas e a coordenadora do curso sabem que ele faz o vestibular pelo sistema de cotas desde que o mesmo foi implantado. "Muitos acham que você é inferior, que não é capaz, não estuda, não se esforça o suficiente e que está ocupando a vaga de outro aluno." O garoto teme que a discriminação seja ainda maior na universidade.

Maicon sempre estudou em escola pública e acredita que não passará no vestibular para Medicina, se não for por meio das cotas. Ele não dúvida de sua capacidade, mas tem certeza que o ensino da escola pública não lhe deu condições de concorrer com os alunos da escola privada.

"É triste, mas em um País tão injusto como o Brasil precisamos de cotas", diz Aloízio Arruda, presidente do Centro de Cidadania Negra do Estado de Goiás (Ceneg- GO), entidade em prol dos direitos dos negros. Para ele, as cotas raciais são uma forma de remediar a injustiça social histórica, que vitima principalmente os negros, no Brasil.

http://www.direitos humanos.etc. br/index. php?option= com_content&view=article&id=9345:preconceito -na-universidade -&catid=16:racismo&Itemid=167

Palestra James Moore

O Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências da UFBA/UEFS tem o prazer de convidar para a palestra:


DARWIN AND THE “SIN” OF SLAVERY
(Darwin e o ‘pecado’ da Escravidão)
Dr. James Moore
Open University, Inglaterra


Local: Salão Nobre, Instituto de Biologia, UFBA
Dia: 16/08/2010 (segunda-feira), 13:00 às 15:00h

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sobreviventes de Hiroshima estigmatizados no Japão

Sobreviventes de Hiroshima estigmatizados no Japão
As consequências do bombardeio e da exclusão social que duraram anos ainda perduram para sobreviventes e descendentes da tragédia. Além de doenças relacionadas com a radiação, como câncer e estresse, o preconceito é outra chaga terrível.
Por Suvendrini Kakuchi, da IPS
[05 de agosto de 2010 - 11h11]
A japonesa Toshiko Hamamako se ergueu trêmula e se dirigiu ao público, mas não por pânico diante das pessoas. Seu problema começou há décadas. No dia 6 de agosto de 1945, quando era menina, os Estados Unidos lançaram a bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, 700 quilômetros a oeste de Tóquio. Três dias depois lançaram outra sobre Nagasaki e pôs fim à agressão japonesa e ao conflito no Pacífico.

Toshiko só recentemente se atreve a falar em público sobre sua vida, 60 anos após o ocorrido. “Ficava aterrorizada ao falar de pé, diante do público, mas também foi uma experiência pessoal importante”, disse a mulher de 66 anos, na conferência sobre o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TPN), realizada em maio em Nova York. Junto a ela havia outros hibakusha, sobreviventes da bomba atômica. Seus relatos sobre doenças e tratamentos dolorosos continuam sendo uma prova poderosa da devastação causada por essa arma letal.

Seu sofrimento não foi apenas pelas queimaduras da radiação e os consequentes problemas médicos, mas pela estigmatização e discriminação que sofrem os sobreviventes e suas famílias. “Somos evitados porque estávamos contaminados”, contou Toshiko. Os filhos dos sobreviventes também são estigmatizados. “Contei o quanto é horrível ser uma hibakusha”, relatou Toshiko, que agora vive com o marido e a filha em Saitama, bairro da zona oeste de Tóquio.

“Minha mãe nunca me falou daquela época porque não gostava de recordar o prolongado sofrimento que viveram ela, minha irmã e toda a vizinhança. A radiação as afetou muito, têm queimaduras que nunca se curaram”, acrescentou. Quando Toshiko se casou, seu marido a fez prometer manter segredo de sua condição para não serem discriminados. “Respeitei seu desejo. Foi há dois anos que decidi falar e estou contente por isso. Agora me dou conta da importância que tem minha história para o mundo”, acrescentou.

“Sabia que chegava a eles”, disse Hiroshi Nakamura, de 67 anos, que falou na mesma conferência que Toshiko. “Minha mensagem sobre os horrores da bomba atômica teve muito mais efeito do que muitos livros e filmes”, afirmou. Os relatos dos sobreviventes não serão sobre a catástrofe propriamente dita porque eram muito jovens, mas os ativistas afirmam que realçam as consequências do bombardeio e da exclusão social que duraram anos. “Pessoas como Toshiko são fundamentais para que o mundo aprenda a lição de Hiroshima”, disse o professor Mitsuo Okamoto, responsável pelo Centro para a Paz e a Não Violência, de Hiroshima. “Seus relatos são uma continuação do trabalho desempenhado pela geração mais velha de sobreviventes, cujas narrações daquele dia fatídico impulsionaram ações globais pela paz”, acrescentou.

Segundo as estatísticas, são 162 mil sobreviventes reconhecidos oficialmente, mais de 60% têm entre 70 e 80 anos, e sofrem de doenças relacionadas com a radiação, como câncer e estresse. A bomba de urânio, lançada por aviões norte-americanos sobre Hiroshima, criou uma enorme nuvem de radiação na forma de cogumelo e deixou 140 mil mortos, 40% da população da cidade. O número de vítimas em Nagasaki foi semelhante, 73.884 desapareceram na hora e outras 74.909 ficaram feridas.

Dos 1.500 hibakusha, de aproximadamente 60 anos, entrevistados para uma pesquisa realizada em julho pelo jornal Asahi, 61% disseram que começaram a se abrir e contar suas histórias depois de 2005. Muitos analistas afirmam que o prolongado silêncio se deve ao estigma social e ao medo de não poder casar porque numerosos japoneses acreditam que a saúde dos filhos e netos de hibakusha não é boa. Hiroshi, de fato, compara sua situação com a de uma condenação à morte porque não sabe quando terá diagnosticada uma doença relacionada com a radiação.

Este ano, Hiroshi se sente animado com a notícia de que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, decidiu participar da cerimônia de 65 anos do lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima. Também participarão, pela primeira vez, representantes dos Estados Unidos, da França e da Grã-Bretanha. “Nos dá uma grande força para seguir adiante”, disse Hiroshi, que perdeu sua mãe para o câncer.

A reação de seus compatriotas é um dos grandes obstáculos a ser vencido pelos hibakusha. Sobreviventes e ativistas se queixam de que os livros não fornecem informação suficiente sobre o conflito no Pacífico nem sobre a Segunda Guerra Mundial, em especial sobre o papel do Japão e sua cruel colonização dos países da região. “Muitas vezes sinto que os japoneses acreditam que fomos um aborrecimento porque sempre revivemos o papel do Japão na Segunda Guerra Mundial. É triste, “lamentou Toshiko. “Mas, continuaremos falando”, finalizou.

Por Envolverde/IPS. Foto por BlatantNews.com.

Palestra no CEAO - hoje, sexta feira, dia 06.08.2010 às 17.30h

PALESTRANTE: PROF. SETH RACUSEN - DIA 06/08, SEXTA, 17:30 HS.

Seth Racusen estuda a questão racial no Brasil e nos Estados Unidos. Publicou um capítulo do livro do professor Kabengele Munanga, Estratégias e Políticas de Combate À Discriminação Racial, analisando os procedimentos de apuração e classificação dos casos de discriminação racial levantados pela Delegacia Especializada em Crimes Raciais (DCS) de São Paulo. Publicou outros artigos sobre a tema e também sobre ação afirmativa no Brasil no livro do Bernd Reiter e Gladys Mitchell, Brazil´s New Racial Politics.

Lançamento - Sidney Falcão

A Livraria LDM, Fundo de Cultura e Sidney Falcão de Carvalho



convidam para o lançamento da obra:



MIUDINS

30 anos

de periferia.





Sábado, 14 de Agosto de 2010, a partir das 10h, na Livraria LDM.

(Rua Direita da Piedade, nº22, Piedade. Próximo à Secretaria de Segurança Pública e ao Banco do Brasil.).





Mais informações:

71 2101-8007/ 8000

eventos@livrariamulticampi.com.br

HTTP://ldmcultural.blogspot.com/



A Obra:

MIUDINS, série de tiras em quadrinhos de Sidney Falcão, retrata a vida na periferia, com seus tipos, linguajares, cenários e situações; um material criado a partir da vivência pessoal do autor, um artista plástico morador da periferia soteropolitana há 30 anos.

Além de um projeto de produção e circulação de História em Quadrinhos, “MIUDINS – 30 anos de periferia” propõe uma ação de inclusão cultural participativa, na medida em que abre espaço para a população da periferia expor seu pensamento nas páginas dos livros, através da publicação de depoimentos de 12 moradores, que poderão falar de assuntos do local onde moram ou trabalham, em nível pessoal ou geral, introspectivo, social, reflexivo; com humor ou seriedade... enfim, com a liberdade para se expressar artisticamente.

Complementando o caráter social deste projeto, TODOS os livros produzidos – excetuando-se cotas governamentais, de divulgação e da equipe de produção – serão doados para a ONG de Utilidade Pública “CENTRO DE INTEGRAÇÃO FAMILIAR – CEIFAR”, sediada no bairro de Tancredo Neves / Beiru, que ficará responsável pela viabilização da venda dos mesmos, arrecadando assim recursos para suas atividades sociais.

“MIUDINS – 30 anos de periferia” é muito mais do que um projeto cultural de publicação de livros de Quadrinhos, é a síntese da vivência e produção artística de Sidney Falcão, um autor com vasta experiência e reconhecimento da crítica especializada. Há anos, Sidney é um dos desenhistas da Turma do Xaxado, de Antonio Cedraz, ajudando a conquistar todos os prêmios nacionais dados a este trabalho. Com “MIUDINS...” Sidney tem a oportunidade de levar ao público um trabalho plenamente pessoal, autoral, construído ao longo dos anos.

A série MIUDINS já é conhecida no Brasil e no exterior, através de publicação em Fanzines e sites especializados. Com estes livros, o autor pretende dar mais visibilidade ao seu trabalho, penetrando em outras mídias e no mercado. Trata-se de divulgar um trabalho baiano, feito por um autor da periferia que retrata esta mesma periferia e valoriza aspectos locais da cultura soteropolitana, muitas vezes deixados à margem do processo cultural.

Por conta disto tudo, este projeto também abre espaço para a publicação de depoimentos de 12 moradores de Tancredo Neves / Beiru e adjacências, dando oportunidade para a comunidade falar de si mesma, com voz própria, em um processo real de co-autoria na construção da obra “MIUDINS – 30 anos de periferia”. Estas pessoas serão selecionadas através de critérios a serem definidos, de tal forma que se consiga uma amostra o mais representativa possível da comunidade



O Autor:



SIDNEY FALCÃO DE CARVALHO

Bacharel em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Sidney Falcão é ilustrador, arte-finalista e quadrinhista, desenvolvendo trabalhos em diferentes técnicas artísticas.

Com seus cartuns e quadrinhos, participou de diversos Salões de Humor do Brasil e exterior. Em 2001, ganhou Menção Honrosa no Salão de Humor de Volta Redonda, no Rio de Janeiro. No mesmo ano, recebeu Menção Especial no 1º Salão Internacional de Humor da Bahia.

Em 2007, ilustrou a coleção infanto-juvenil “Circo Imperial de Contentamentos”, utilizando técnica mista de aqualera, lápis de cor e nanquim. Na Editora Cedraz, produziu capas e ilustrações para livros de diversos autores baianos – Sérgio Mattos, Ceci Alves, João José de Oliveira e outros – entre coletâneas de contos e romances.

Sidney é o criador da série de tiras em quadrinho MIUDINS, personagens bastante conhecidos no meio dos quadrinhos alternativos, inclusive em sites especializados do exterior. A série tem uma longa história de publicação em fanzines e revistas, de forma independente e em circuitos não-comerciais, inclusive fora do país.

No Brasil, MIUDINS teve recentemente uma tira em quadrinhos publicada na versão on line da Revista CULT, importante publicação cultural do país.

Sidney Falcão foi cartunista do Jornal Correio da Bahia. Atualmente, é um dos ilustradores das histórias em quadrinhos da Turma do Xaxado, de Antonio Cedraz.

Seminário “Povos de Terreiros: Diversidade Étnica na Convenção nº 169 da OIT”

Seminário “Povos de Terreiros: Diversidade Étnica na Convenção nº 169 da OIT”


Data: 09 de Agosto de 2010, das 9h00 às 17h00
Local: Ilê Iyá Omin Asé Iyá Massê – Terreiro do Gantois – Federação – Salvador - Bahia.
Realização: Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu – ACBANTU
Apoio: Terreiro do Gantois, Povos de Terreiro do Estado da Bahia, Rede KÔDYA, Rede de Educação Cidadã, IPAC, Fundação Pedro Calmon, Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza.

A Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu – ACBANTU é membro titular da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais - CNPCT, e nesse espaço vem atuando para a inserção dos Povos de Terreiro, enquanto Povos Tradicionais, na elaboração e implantação de políticas públicas que respeitem suas identidades, realizem a preservação de seus patrimônios materiais e imateriais e, especialmente promovam ações de desenvolvimento social sustentável em todo o Brasil.

Nesse sentido, visando fortalecer esta luta e compartilhar os conhecimentos com os Povos de Terreiro da Bahia sobre este tema é que estaremos realizando o Seminário “Povos de Terreiros: Diversidade Étnica na Convenção nº 169 da OIT”, no dia 09 de Agosto de 2010, das 9h00 às 17h00, no Ilê Iyá Omin Asé Iyá Massê – Terreiro do Gantois - Federação – Salvador - Bahia.

Participarão do evento aproximadamente 80 (Oitenta) pessoas:
a. 70 (Setenta) representantes dos Povos de Terreiro da Região Metropolitana de Salvador e Recôncavo Baiano;
b. Representantes dos Povos de Terreiro na CNPCT;
c. Representante da OIT no Brasil: Dr. Christian Veloz;
d. Governo Federal: SEPPIR, Ministério de Desenvolvimento Social, Ministério do Meio Ambiente e Fundação Cultural Palmares;
e. Governo Estadual: Secretaria de Desenvolvimento Social, Secretaria da Cultura: Fundação Pedro Calmon, Assembléia Legislativa.

O Seminário será composto por 03 Painéis:
1º Painel: 9h00 às 12h30 - Palestrantes serão convidados para relatarem as especificidades étnicas de seus Ancestrais contendo informações gerais sobre espiritualidade, línguas utilizadas, normas e modo de vida. São convidados para esta mesa: A própria Mãe Carmem do Terreiro do Gantois, Ilê Axé Opó Afonjá, Terreiro do Bogum, Humpame Huntoloji, Unzó Tanuri Junçara, Unzó kwa Mpaanzu.

2º Painel: 14h00 – 16h00 – Os representantes governamentais irão dialogar com os presentes a partir da vivência da manhã, expondo as estratégias que vem sendo realizadas para a inserção dos Povos de Terreiro na Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. São convidados para esta Mesa: OIT, MDS, MMA, SEPPIR, Fundação Palmares, Governo do Estado, SEDES, Assembléia Legislativa da Bahia e ACBANTU. Também convidaremos Mãe Carmem para estar presente nesta mesa.

3º Painel: 16h20 – 17h00 – Sistematização Coletiva do Seminário para que as suas conclusões possam ser divulgadas amplamente no Brasil.

Está sendo divulgado o texto abaixo, Anexo I, para os participantes lerem e terem um maior conhecimento a respeito da Convenção 169 da OIT.

Informações: 33215135 / 91563358
www.acbantu.org.br

Falar com: Taata Konmannanjy e Luciana

Nzaambi, Bakulu bawoonso ye Teempu wutusaambulwa!


Taata Raimundo Nonato Konmannanjy
Presidente

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

VI COLÓQUIO O PRAZER DO TEXTO - Programação completa

ATIVIDADE DE EXTENSÃO PROMOVIDA PELO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UFBA, COM APOIO DO PRONEX FILOSOFIA E CIÊNCIAS (FAPESB/CNPq)

– 09 a 13 de agosto de 2010, no Auditório do CRH/FFCH, em São Lázaro –

A filosofia guarda uma relação singular com sua história, sempre retornando a seus textos clássicos para afirmar sua identidade e possível sentido. Com efeito, na leitura dos textos filosóficos (e ademais na leitura filosófica de certos textos), constituem-se problemas, vocabulários e mesmo estilos próprios e distintos. Lançamos, assim, com este ciclo de palestras, diversos convites à leitura de textos relevantes para a filosofia. Afinal, bem o sabemos, o prazer de um texto clássico cuidadosamente lido é parte substancial do que, em nosso caso, alimenta e realiza a unidade entre competência profissional e vocação filosófica.

ABERTURA
(às 10 horas do dia 09 de agosto de 2010):

Apresentação do Colóquio, por João Carlos Salles (UFBA).

Conferência de abertura: “Contraponto Nietzsche Wittgenstein”, por José Arthur Giannotti (USP/CEBRAP).

PALESTRAS


09 de agosto - 14 às 17 horas

“A poética, de Aristóteles”, por Sílvia Faustino de Assis Saes (UFBA).
“A brevidade da vida, de Sêneca”, por Marina Cavicchioli (UFBA).


10 de agosto - 09 às 12 horas

“O mestre, de Agostinho”, por Eduardo Chagas Oliveira (UEFS).
“Ente e essência, de Tomás de Aquino”, por Márcio Damin Custódio (UFBA).


10 de agosto - 14 às 17 horas

“Sermões alemães, de Mestre Eckhart”, por Nancy Mangabeira Unger (UFBA).
“Mensageiro das estrelas, de Galileu”, por Júlio Celso Ribeiro de Vasconcelos (UEFS).


11 de agosto - 09 às 12 horas

“Tratado das sensações, de Condillac”, por Carlota Ibertis (UFBa).
“Ser e ter, de Gabriel Marcel”, por Luciano Costa Santos (UNEB).


11 de agosto - 14 às 17 horas

“A democracia na América, de Tocqueville”, por Paulo Fábio Dantas Neto (UFBA).
“A origem das espécies, de Darwin”, por Charbel El-Hani (UFBA).


12 de agosto - 09 às 12 horas

“A origem da família, da propriedade privada e do estado, de Engels”, por Mauro Castelo Branco de Moura (UFBA).
“O eu despertado, de Roberto M. Unger”, por José Crisóstomo de Souza (UFBA).


12 de agosto - 14 às 17 horas

“Teoria atômica e a descrição da natureza, de Niels Bohr”, por Olival Freire Jr. (UFBA).
“Os chistes e sua relação com o inconsciente, de Freud”, por Sérgio Fernandes (UFRB).


13 de agosto - 09 às 12 horas

“A vontade de saber, de Foucault”, por Ricardo Calheiros Pereira (UFBA).
“O princípio responsabilidade, de Hans Jonas”, por Lourenço Leite (UFBA).


13 de agosto - 14 às 17 horas

“O conflito das faculdades, de Kant”, por Daniel Tourinho Peres (UFBA).
“A transfiguração do lugar comum, de Arthur Danto”, por Rosa Gabriella Castro Gonçalves (UFBA).


Inscrições e informações: de 16 de junho a 09 de agosto de 2010, das 8:30 às 12:30 horas, na Secretaria da FFCH, em São Lázaro. Tel. 3283.6431.

Café científico - agosto/2010

O Café Científico, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (UFBA/UEFS) e pela LDM - Livraria Multicampi, tem o prazer de convidá-los para o evento do mês de Agosto de 2010:



13 de Agosto de 2010 – 18:

30h

Haroldo Sá (IG-UFBA):

Minério: Base material da trajetória humana



Para maiores detalhes, ver o resumo abaixo.



O Café Científico é um local em que qualquer pessoa pode discutir desenvolvimentos recentes das várias ciências e seus impactos sociais. Ele oferece uma oportunidade para que cientistas e o público em geral se encontrem face a face para discutir questões científicas, numa atmosfera agradável.



O evento é inteiramente gratuito e não necessita de inscrição. O local é a LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade.



Para mais informações, ligue 71 2101-8000 (LDM) ou 71 3283-6568 (UFBA).



Maiores informações sobre o café científico de Salvador podem ser encontradas em http://cafecientificossa.blogspot.com



Informações gerais sobre a iniciativa dos Cafés Científicos podem ser conseguidas no seguinte sítio: http://www.cafescientifique.org.



Att

Comissão Organizadora do Café Científico:



Charbel Niño El-Hani (Instituto de Biologia, UFBA. Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências, UFBA/UEFS. Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento , UFBA).



Primo Maldonado (LDM).

Luana Maldonado (LDM)

Marcello Soares (LDM)

Liziane Martins (Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências, UFBA/UEFS)

Nei de Freitas Nunes Neto (Instituto de Biologia, UFBA).

Sidarta Rodrigues (Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, UFBA)

Valter Alves Pereira (Colégio da Polícia Militar. Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências, UFBA/UEFS)

Vanessa Carvalho dos Santos (Instituto de Biologia, UFBA).

Anna Cassia Sarmento (Colégio da Polícia Militar)

Yupanqui Julho Muñoz (Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências, UFBA/UEFS)

Minério: Base Material da Trajetória Humana



Haroldo Sá (IG-UFBA)



Durante milênios, os fragmentos de rocha, os galhos de árvores e o barro foram, praticamente, as únicas matérias primas que nossos antepassados sabiam utilizar para atender suas necessidades básicas: caçar a comida, cortar um alimento, fazer fogo, construir um abrigo, defender-se do inimigo ou atacá-lo. Mas, sua capacidade de observação e aprendizado - e alguns acasos iniciais - levaram o homem a descobrir que era possível extrair metais das rochas e, com eles, fabricar utensílios bem mais eficientes. A combinação do cobre com o estanho deu origem à liga conhecida como bronze e, assim, inaugurou-se um novo estágio no desenvolvimento da civilização, conhecida como a idade do bronze. Por volta de 1.300 a .c., em alguns lugares da Ásia, já se produziam armas, arados e outros objetos de ferro, bem mais resistentes que os equivalentes feitos de bronze.



No século XIX, mais de 30 elementos da tabela periódica eram extraídos de diversos tipos de minério para fabricar pontes, casas, veículos, armas etc. Hoje, praticamente todos os elementos químicos, inclusive os isótopos artificiais, estão, direta ou indiretamente, presentes em todos os objetos e recursos que nos cercam e que utilizamos na vida moderna: aviões, celulares, alimentos, embalagens, equipamentos médicos, próteses e outros exemplos que fariam uma lista interminável.



Para a maioria das pessoas, os termos idade da pedra lascada (paleolítico), idade da pedra polida (neolítico), idade do bronze, idade do ferro são bem entendidos como estágios do desenvolvimento da civilização. Hoje, fica difícil nomear o nosso tempo: idade do alumínio (?), do silício (?). Entretanto, todos esses estágios têm um vínculo essencial com a matéria prima mineral extraída de um minério, a base material da trajetória humana.



Projetando essa trajetória surge a pergunta:

Nosso planeta tem reservas de minério suficientes para atender as demandas futuras de uma crescente população mundial?





Referências básicas:



STREET, A. & ALEXANDER, W. – 1994 – “ Metals in the Service of Man”. 10th ed., 309 p., Penguin Books.



WEINER, J> - 1988 – “ O Planeta Terra” , trad., 361 p., Livraria Martins Fontes Editora Ltda.



TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R.; TAIOLI, F. – 2000 - “Decifrando a Terra” 557 p., Oficina de Textos.



BLAINEY, G. – 2004 – “Uma Breve História do Mundo” , trad. 2ª. ed., 342 p., Editora Fundamento.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

KIZOMBA NKISI KITEMBO

Amigos (as),

A comunidade do Terreiro Mokambo participa a todas(os), a celebração em homenagem ao Nkisi Kitembo.

Sejam bem vindos! A presença de vocês nos trará alegria.

Data: 10 de agosto às 19h.

Endereço: Rua Heide Carneiro, 89 - Vila Dois de Julho - Salvador - Bahia

Taata Anselmo Santos Minatojy

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Carta aberta da APNB

CARTA ABERTA DA ABPN À SOCIEDADE BRASILEIRA


A Assembléia do VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores (as) Negros(as), no dia 29 de julho de 2010, na cidade do Rio de Janeiro, vem a público apresentar o seu posicionamento em relação às ações sociais e institucionais para o fortalecimento dos direitos da população negra, a saber:

1 – Investir e construir politicamente 2011 - Ano Internacional das/os Afro descendentes, instituídos pela Assembléia Geral das Nações Unidas, nos marcos dos 10 anos da Conferencia de Durban, para consolidar o intercâmbio e laços entre afrodescendentes da diáspora e africanas/os, na continuidade da luta pela construção de sociedades sem racimo, sexismo e dominação de classe.

2 – Reafirmar as diretrizes da Plataforma Brasil sem Racismo, a partir da qual:
- cobramos posicionamento dos/as presidenciáveis de 2010 acerca das propostas que garantam o fortalecimento dos direitos da população negra;

- cobramos a manutenção de um órgão executivo federal com plena capacidade financeira e técnica para articulação e deliberar políticas de promoção da igualdade racial;

- cobramos a participação equitativa de mulheres e homens negros nos espaços de articulação e decisão, como forma de implantação e implementação de Política de Ação Afirmativa em todos os ministérios, prioritariamente, nos Ministérios da Saúde, Educação, Cultura, Cidade, Reforma Agrária, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Defesa e na Casa Civil;

3 – Que a SEPPIR garanta a divulgação da importância do censo de 2010 para a população negra;

4 – À luz da conjuntura atual e da releitura política do Estatuto da Igualdade Racial, afirmamos que a retirada de concepções que embasam a resistência histórica de mulheres e homens negros, tais como a construção sociológica do conceito de raça; a escravidão como crime contra a humanidade, ratificado pelo Estado Brasileiro na Declaração e Programa de Ação de Durban; o racismo como instrumento de poder que determina as condições desiguais para a população negra; bem como o impedimento do reconhecimento do dever do Estado e da Sociedade Brasileira em implementar políticas publicas, à exemplo de cotas que garantam os direitos de cidadania plena de mulheres e homens negros nos bens e riqueza coletivamente construídos, a retirada é de inteira responsabilidade das forças conservadores representadas pelo DEM; e que os avanços ali contidos são fruto da luta histórica do movimento negro.

C
onclamamos a sociedade a firmar um pacto pela desconstrução do racismo e que se manifeste favoravelmente pela aprovação do Projeto de Lei de Cotas, que garante acesso e permanência da juventude negra no ensino superior, dentre outras medidas de política de igualdade racial.

A
nossa resistência vem dos saberes e dos poderes de nossos ancestrais e guerreiras que nos dão a vida, da força das nossas/os yalorixas e babalorixas, da juventude que reinventa caminhos de inclusão; de mulheres e homens negros desde sempre resistindo e se afirmando, de pesquisadores (as) negras (os) que se tornam os “rebeldes do saber” para garantir e recriar o legado da afrodiáspora.


Associação Brasileira de Pesquisadores Negros